Acusados de assassinar promotor de justiça vão a júri popular

PROMOTOR

Os acusados de assassinar o promotor de Justiça Tiago Faria Soares, de 36 anos, vão à júri popular.

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5 negou os recursos impetrados pela defesa dos réus. Mentor do crime, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como Zé Maria de Mané Pedo, e os supostos executores, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva, responderão pela morte do promotor e pelas tentativas de homicídio contra a noiva dele, Mysheva Freire Ferrão Martins, e o tio dela, Adautivo Elias Martins.

O crime, de repercussão nacional, aconteceu em 14 de outubro de 2013, no Km 19 da Rodovia PE-300, no município de Águas Belas, Interior de Pernambuco. O promotor seguia com a noiva e o tio dela para Itaíba quando teve o carro interceptado. Os acusados desceram e dispararam vários tiros, que atingiram apenas Tiago.

O desembargador federal Manuel Maia de Vasconcelos Neto, relator da decisão, destacou que “a gravíssima repercussão dos crimes perpetrados, o modo de execução utilizado, o abalo sofrido no meio social, tudo está a exigir a manutenção das prisões cautelares (dos acusados)”.

Segundo a acusação do Ministério Público Federal (MPF), formulada na denúncia, no dia do crime os réus José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Antonio Cavalcante Filho, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva mataram dolosamente Thiago Faria e tentaram matar as vítimas Mysheva Freire Ferrão Martins e Adautivo Elias Martins, por motivo torpe e mediante recurso que tornou impossível ou dificultou a defesa das vítimas.

Com a decisão de pronúncia do Juízo da 37ª Vara, a Justiça Federal decidiu levar a julgamento, em sessão do Tribunal do Júri, os acusados do crime. A motivação teria sido desavenças do suposto autor intelectual José Maria Rosendo e o casal de noivos, que disputavam, na Justiça Estadual, o direito de propriedade da Fazenda Nova, localizada em Águas Belas.

Federalização

A investigação sobre a morte de Thiago Faria foi marcada por uma crise institucional entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Enquanto a polícia seguia a linha de que o crime foi motivado por disputa de terras, promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) consideravam que o homicídio poderia ter relação com vingança ou ciúmes. A queda de braço  resultou na federalização do caso. (Fonte: NE10)

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