Alepe discute possibilidade de greve dos militares de Pernambuco

(Foto: Internet)

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Durante reunião plenária, os deputados que compõem a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) discutiram a possibilidade de greve dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado. O líder da oposição, o deputado Silvio Costa Filho (PRB) afirmou que o tema exige responsabilidade da bancada, que não deve torcer para que a PM entre em greve e, assim, prejudique o Governo.

Joel da Harpa (PTN) destacou que a categoria está insatisfeita porque o Governo do Estado encerrou o fórum permanente de negociação. “O comandante geral foi dar várias entrevistas, afirmando que as negociações, daqui pra frente, seriam apenas com ele. Entendemos que ele é o comandante da instituição, mas ele é um cargo comissionado. A categoria não confia num cargo comissionado, que está ali para cumprir ordens do Governo do Estado.”

O parlamentar Henrique Queiroz (PR) argumentou que a quantidade de associações de policiais e bombeiros militares dificulta o processo de negociação. O deputado criticou as ameaças de greve. “Nós não aceitamos o discurso de que o Estado vá pegar fogo, se não forem atendidas as reivindicações. Intimidação nenhum Poder democrático pode aceitar.”

Em resposta, Joel da Harpa disse que são quatro associações e que a diversidade é positiva, para que os policiais escolham aquela que melhor os representa. Ele disse ainda que não há intimidação, mas um alerta à sociedade. O vice-líder do Governo, Tony Gel (PMDB) leu uma nota dos comandos da PM e dos bombeiros. O texto afirma que o diálogo entre a categoria e a gestão estadual é permanente, mediado pelos comandantes.

O deputado Edilson Silva (PSOL) disse acreditar que a carta tira das associações a prerrogativa de representar os policiais e bombeiros. “Eles têm o direito de exigir a sua capacidade de se organizar politicamente para defender seus interesses. Porque nós estamos cansados de ver, em outros órgãos: a cúpula desses Poderes negocia seus interesses e, não, o interesse daqueles que estão lá embaixo.”

Nesta sexta-feira (9), os policiais e bombeiros militares vão se reunir novamente para cobrar do Governo do Estado o retorno da mesa de negociação permanente e avaliar a possibilidade de paralisação.

Com informações da Alepe

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