Cansada do “rolo compressor” na Câmara, Cristina Costa aciona MPPE; Ronaldo Silva rebate atitude de colega

Vereadores tiveram embate na sessão de hoje (Foto: Blog Waldiney Passos

Com a Lei Orçamentária (LOA) e o Plano Plurianual (PPA) colocados em pauta nessa terça-feira (4), o clima foi de embate entre oposição e situação na Câmara de Vereadores de Petrolina. Isso porque 22 das 24 emendas rejeitadas pela Comissão de Finanças foram de autoria da oposição.

Descontente com a Mesa Diretora que não aceitou a discussão das emendas no Plenário da Casa Plínio Amorim, Cristina Costa (PT) acionou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para denunciar o trabalho dos colegas. Segundo a edil, ela estava resguardada regimentalmente em debater suas emendas.

“Eu nunca concordei com o percentual de 40% e sempre respeitei o processo democrático dessa Casa de que as emendas sejam apreciadas e sejam aprovadas ou não. Dos 40% que foi dado no ano de 2018 quanto foi aplicado, se o prefeito aplicou os 40 total ou se usou [um pedaço]”, disse.

Questionada pela imprensa sobre a decisão de acionar o MPPE, Cristina revelou ter chegado ao seu limite por enfrentar diariamente o “rolo compressor” da situação, que sempre acata as ordens do Executivo. “O que eu tô vendo é um rolo compressor, [a situação acha que] por ter uma minoria, acha que a minoria tem que ser desrespeitada”, desabafou.

Ronaldo Silva rebate colega

Projeto vem sendo discutido durante toda manhã (Foto: Blog Waldiney Passos)

Presidente da Comissão de Finanças, Ronaldo Silva (PSDB) também foi entrevistado durante a sessão e criticou o “teatro” da colega de Câmara. Para o vereador Cristina tem o direito de questionar, mas faltou desatenção da oposição durante a leitura do projeto.

“As emendas estão sendo discutidas e vão ser aprovadas. Tem que ler mais o Regimento Interno, a Comissão de Finanças tem o poder de rejeitar todas as emendas, de todos os vereadores, antes de ir para o plenário. Ela não pode ir nem pro plenário quando é rejeitada”, explicou.

Após a confusão instalada durante a votação o presidente da Câmara, Osório Siqueira (PSB) colocou as emendas em discussão e votação, a fim de evitar mais desgaste entre os edis. Silva também foi perguntado a respeito da demora em colocar a matéria em votação, já que as matérias deram entrada há mais de um mês.

“Tivemos 45 dias, quem tem boca fala o que quer. Colocamos hoje porque nós temos até o dia 5 para colocar, não vamos prejudicar o orçamento do município por causa de birra de vereador. Com fé em Deus o prefeito vai sancionar esse projeto para que ele possa trabalhar tranquilamente em 2019”, cutucou.

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