Governo quer dar 6 meses para estados e municípios reformarem Previdência

O objetivo é fazer com que as mudanças ocorram mais rápido em todo o país. (Foto: Internet)

O presidente Michel Temer pretende dar prazo de seis meses para que os governos estaduais e municipais aprovem uma reforma previdenciária para seus servidores. O governo federal fará uma emenda ao texto que tramita no Congresso Nacional,adicionando essa sugestão.

De acordo com a nova proposta, estados e municípios se submeterão à regra federal, conforme proposta que atualmente tramita na Câmara dos Deputados, caso não façam a própria reforma no tempo determinado.

Na semana passada, Temer anunciou que estados e municípios seriam retirados do projeto de reforma que tramita na Câmara, por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016.

A avaliação do Planalto e dos deputados federais é que os governadores estavam “muito à vontade”, sem precisar passar pelo desgaste de rever seus próprios sistemas de Previdência. Na avaliação do governo, a saída dos servidores municipais e estaduais poderá acelerar os debates e a tramitação do projeto.

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Governadores vão debater reforma da Previdência

(Foto: Internet)

Após ser pego de surpresa com a decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de repassar parte da reforma previdenciária para os Estados, o gover­­­­nador Paulo Câmara (PSB) se prepa­­­­ra para discutir o projeto com chefes do Executivo estadual de todo o País.

O gestor chegou a externar, publicamente, que faltava diálogo no debate sobre os pontos da reforma que tramita no Congresso Nacional. A expectativa, a partir de agora, é ampliar o diálogo.

Os gestores do Nordeste planejam uma reunião no começo de abril. Os administradores estaduais de todo o País deverão se encontrar, em Brasília, para debater o impacto da proposta nos Estados. Segundo o gestor, a reforma chegou em um ponto onde foram envolvidas muitas controvérsias e é preciso repensar as mudanças.

“É preciso ver o que vai acontecer, a reforma está em um momento que precisa da reavaliação de tudo. É uma reforma que abrange todas as pessoas. Não é uma coisa que possamos fazer só pensando no imediato, vai exigir de cada um de nós um diálogo. É preciso definir qual o formato disso e nós estamos junto com os governadores buscando encontros, justamente, para discutir isso tanto no âmbito do Nordeste como também em nível nacional”, relatou, após o terceiro seminário do programa Pernambuco em Ação, em Arcoverde, no Sertão do Moxotó, no último sábado.

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CNBB entra na luta contra reforma da Previdência e pede mobilização

Protesto contra a reforma da Previdência, em 15 de março, em São Paulo. Luta ganha adesão de mais um setor relevante da sociedade brasileira e pressiona governo Temer a ampliar debate sobre o tema

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio do seu Conselho Permanente, divulgou ontem (23) uma nota na qual convoca “os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados”.

A entidade faz dura crítica à Proposta de Emenda à Constituição do governo de Michel Temer. “Nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores éticos-sociais e solidários. Na justificativa da PEC 287/2016 não existe nenhuma referência a esses valores, reduzindo a Previdência a uma questão econômica.”

No documento, em que manifesta “apreensão” em relação à proposta, a CNBB menciona o artigo 6º da Constituição Federal de 1988. “Não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os direitos sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio.”

A nota é assinada pelo arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, pelo arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, e pelo secretário-geral da entidade, dom Leonardo Ulrich Steiner.

As “informações inseguras, desencontradas e contraditórias”, nas quais o governo Temer, seus porta-vozes e aliados no Congresso Nacional se baseiam para tentar a aprovação da PEC a toque de caixa também são alvo da nota. Os bispos defendem iniciativas que facilitem o conhecimento da realidade e o “total” envolvimento da sociedade. Essas iniciativas devem ser adotadas “particularmente pelo Congresso Nacional”. “O debate sobre a Previdência não pode ficar restrito a uma disputa ideológico-partidária, sujeito a influências de grupos dos mais diversos interesses. Quando isso acontece, quem perde sempre é a verdade”, enfatizam os católicos.

Para a CNBB, “a opção inclusiva que preserva direitos não é considerada na PEC”. A instituição defende a necessidade de auditar a dívida pública, taxar rendimentos das instituições financeiras, rever a desoneração de exportação de commodities, identificar e cobrar os devedores da Previdência. “Essas opções ajudariam a tornar realidade o Fundo de Reserva do Regime da Previdência Social – Emenda Constitucional 20/1998, que poderia provisionar recursos exclusivos para a Previdência.”

A nota termina com uma exortação aos parlamentares, citando o papa Francisco: “A vossa difícil tarefa é contribuir a fim de que não faltem as subvenções indispensáveis para a subsistência dos trabalhadores desempregados e das suas famílias.” A citação termina com a referência explícita do papa ao tema previdência: “Não falte o direito à aposentadoria, e sublinho: o direito — a aposentadoria é um direito! — porque disto é que se trata”.

Senado terá CPI da Previdência para investigar contas do setor

Com votos da base de Temer, oposição protocola CPI da Previdência

O Senado terá uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a contabilidade e a situação fiscal da Previdência Social. O requerimento pela instalação da comissão, lido nesta terça-feira (21) em Plenário, foi do senador Paulo Paim (PT-RS), e teve o apoio de mais 57 senadores, cerca de 70% da casa. Ela terá sete membros titulares e até oito meses de duração.

Paim quer verificar as dívidas de grandes empresas com a Previdência, a sonegação e a concessão de anistias, desonerações e desvinculações tributárias que teriam provocado o desabastecimento do caixa do setor nos últimos anos. Segundo o requerimento, o foco da CPI será não apenas sobre os valores que deixaram de ser aplicados, mas também sobre quem se beneficiou com isso.

Além dos sete membros titulares, a CPI terá cinco suplentes. O prazo de funcionamento da comissão é de 120 dias, prorrogável por mais 120. Ela terá uma dotação orçamentária de até R$ 100 mil para custear suas despesas.

Os líderes partidários já podem indicar seus representantes na CPI. No entanto, eles não têm prazo definido para fazê-lo. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, pode, a seu critério, indicar os nomes caso entenda que há demora excessiva. Uma vez nomeados todos os membros, a comissão poderá ser instalada. Também não há prazo para isso.

Temer retira policiais e professores estaduais da reforma da Previdência

Proposta abarcará apenas os servidores federais. Estados e municípios definirão regras próprias

Em um pronunciamento de última hora, o presidente Michel Temer disse, na noite desta terça-feira, que a reforma da Previdência abarcará apenas servidores federais. Caberá aos estados e municípios, segundo ele, a adequação de suas legislações e a realização de normas próprias em relação ao assunto. Temer disse que faz isso para evitar uma “invasão de competência” e pra fortalecer o princípio federativo.

“Surgiu com grande força a ideia de que nós deveríamos obedecer a autonomia dos estados e, portanto, fortalecer o princípio federativo e, assim sendo, fazer a reforma da Previdência apenas referentemente aos servidores federais, ficando portanto aos estados e municípios a edição de normas relativas a essa matéria”, disse Temer.

Temer fez o comunicado cercado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do senador Romero Jucá, do ministro da secretaria geral da Presidência, Moreira Franco, e do relator e presidente da comissão que analisa a PEC da Previdência na Câmara, deputados Arthur Maia e Carlos Marun, respectivamente.

Comissão da Câmara recebe 164 emendas ao texto da reforma da Previdência

(Foto: Ilustração)

Com o fim do prazo para a apresentação de emendas, a comissão especial que analisa a reforma da Previdência recebeu 131 sugestões válidas ao texto encaminhado pelo governo. As propostas visam alterar pontos específicos ou até mesmo suprimir ou modificar a totalidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata do tema.

O prazo, que havia terminado na última terça-feira (14), foi prorrogado até sexta (17), às 18h30, pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No total, foram apresentadas 164 emendas ao texto, das quais 33 não conseguiram o número regimental suficiente de assinaturas para continuar tramitando, o que deixou um total de 131 emendas válidas para serem analisadas pelos deputados integrantes da comissão especial que analisa o assunto.

Dentre os pontos que mais receberam emendas estão: a idade mínima de 65 anos; o fim das aposentadorias especiais, como a de professores e pessoas com deficiência; as regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC);  a questão do não acúmulo de aposentadorias; e as alterações para a concessão da aposentadoria rural.

Veja as alterações:

Parlamentares de partidos da base aliada do governo são os recordistas em número de emendas ao texto originário do Executivo. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) aparece como o “campeão”, com 25 emendas. Integrante da base aliada e da comissão especial, ele tem sido um dos mais contundentes críticos da reforma.

Em seguida vem Roberto de Lucena (PV-SP), com nove alterações, e Lincoln Portela (PRB-MG) com oito. Na sequência, vem Danilo Cabral (PSB-PE) com quatro e os deputados Betinho Gomes (PSDB-PE), Major Olímpio (SD-SP) e Bacelar (PTN-BA), com três cada.

Pela oposição, o líder do PT, deputado Carlos Zaratini (SP), vem na frente com 15 emendas, seguido pelo também petista Pepe Vargas (RS), com quatro. Depois aparece o líder do PDT, Weverton Rocha (MA), e o deputado Pedro Uczai (PT-SC), cada um com três emendas.

Com informações do EBC

Deputados têm até hoje para apresentar emendas à reforma da Previdência

O texto da reforma da Previdência fixa, entre outros pontos, a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, com contribuição mínima de 25 anos. (Fonte: Internet)

Termina hoje (17) o prazo para que os deputados apresentem emendas à comissão especial que analisa a proposta de reforma da Previdência. O prazo, que havia terminado na última terça-feira (14), foi prorrogado até esta sexta (17), às 18h30, pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia reabriu o prazo depois de sucessivos pedidos de deputados que não conseguiram as 171 assinaturas de apoio às suas emendas.

As propostas visam a alterar pontos específicos, suprimir ou modificar a totalidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata do sistema previdenciário. Até o início da noite de ontem (16) foram apresentadas 151 emendas.

O texto da reforma da Previdência fixa, entre outros pontos, a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, com contribuição mínima de 25 anos, e estabelece regras de transição para o novo regime.

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Paulo Paim pede que Temer retire proposta de Reforma da Previdência

Senador Paulo Paim (PT-RS)/Foto: Jefferson Rudy da Agência Senado

Em pronunciamento nesta quinta-feira (16), o senador Paulo Paim (PT-RS) alertou que a reforma da Previdência é “cruel” e “inviável”, avaliando que o texto não tem chance de ser aprovado. Segundo o senador, a reforma trará prejuízo a todos, inclusive para a Previdência Social, pois reduzirá o estímulo ao recolhimento de contribuições. Ele considera indispensável uma CPI capaz de revelar a sonegação no sistema e mostrar quem são os grandes devedores da seguridade social.

Paim chamou atenção para as manifestações contra as mudanças na Previdência, argumentando que o povo enxerga a “realidade nua e crua”. Ele apelou ao presidente Michel Temer para que admita seu erro e retire a atual proposta de reforma.

“Retire essa proposta. Retire e chame para uma grande conciliação. Vamos sentar, vamos discutir o que é possível ajustar ou não, mas com essa reforma não dá. Lhe venderam um peixe podre”, frisou.

Presidente do Senado diz que reforma da Previdência fará o Brasil crescer

Eunício relatou que a conversa ocorreu em um jantar de confraternização em que Temer expressou seu desejo de se aproximar da bancada e do parlamento. (Foto: Internet)

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse hoje (16) que o papel do Congresso Nacional é aprovar as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo para ajudar o Brasil a crescer. A declaração foi dada depois da primeira reunião da bancada do PMDB do Senado com o presidente Michel Temer, realizada ontem à noite, em Brasília.

Eunício afirmou que Temer conversou sobre as reformas com os parlamentares, chamando a atenção para a necessidade de manter a reação da economia e retomar a geração de empregos. “Foi neste sentido que conversamos um pouco sobre as reformas, sobre o papel que temos no Congresso Nacional de ajudar o Brasil a incluir esses 13 milhões de brasileiros que estão fora do mercado de trabalho”, declarou o presidente do Senado.

Jantar reuniu parlamentares com Temer

O líder do partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem se manifestado de forma contrária ao encaminhamento dado pelo governo sobre a tramitação das reformas da Previdência e trabalhista, também participou da reunião.

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Parlamentares apoiam mobilização contra Reforma da Previdência

Em pronunciamentos na Reunião Plenária de ontem (15), os deputados Teresa Leitão (PT) e Odacy Amorim (PT) declararam apoio ao Dia Nacional de Paralisação e à Greve Nacional da Educação, em protesto contra a Reforma da Previdência e a favor do cumprimento da lei do piso salarial nacional. Os petistas defenderam o debate parlamentar e a mobilização popular como caminhos para garantir a manutenção dos direitos dos trabalhadores.

Teresa acredita que os impactos negativos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 287/2016, cujo texto trata da Reforma da Previdência, são amplos e afetarão todos, especialmente os trabalhadores da educação. Um desses pontos é o fim da aposentadoria especial, que hoje garante uma idade mínima e um tempo de contribuição diferenciados para os professores. “Também fez parte da pauta da Greve Nacional a implantação do piso salarial profissional, cujo reajuste foi anunciado em janeiro e poucos Estados e municípios estão seguindo”, alertou.

A parlamentar lembrou, ainda, que a Reforma da Previdência será pauta de uma audiência pública promovida pela comissão especial instalada pela Casa, no dia 20 de março. “A reforma é um desmonte do conceito de previdência pública previsto na Constituição Federal”, avaliou.

O entendimento foi compartilhado pelo deputado Odacy Amorim. “Registro meus agradecimentos àqueles que foram às ruas lutar pela manutenção dos nossos direitos”, afirmou. “Neste momento de tensão social, crise e ameaças de direitos que o Brasil vive, é preciso que a classe política dê respaldo ao que as ruas estão dizendo”, defendeu. O parlamentar acredita que a crise econômica foi provocada por “grupos de influência”, para criar instabilidade política e trocar o comando do País. Segundo ele, os prejuízos dessa prática não podem ser pagos pelos trabalhadores. “O déficit da previdência é questionável, porque sabe-se que ela foi superavitária por mais de dez anos”, concluiu.

Evento em Petrolina – Amorim destacou, ainda, a realização do seminário “Convivência Produtiva com a Seca: Soluções Tecnológicas e Estratégicas de Ação”, que teve início na terça (14) e continuou nesta quarta, na Embrapa, em Petrolina, Sertão do São Francisco. “O evento reuniu representantes de vários municípios para discutir ações importantes para lidar com a seca”, disse o petista, que criticou o atraso no pagamento de uma emenda parlamentar, de sua autoria, direcionada a fomentar a plantação de palma no Sertão.

Maia prorroga até sexta-feira prazo para apresentação de emendas à reforma da Previdência

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou em Plenário que acolheu um pedido do PSB e decidiu prorrogar até a próxima sexta-feira (17), às 18h30, o prazo para a apresentação de emendas ao texto da reforma da Previdência (PEC 287/16).

Até ontem (prazo anterior), foram apresentadas 146 emendas; destas, 44 não começaram a tramitar por haver divergência nas assinaturas. A maior parte das emendas está relacionada a pontos específicos como benefícios assistenciais, professores, trabalhadores rurais, policiais, servidores públicos e mulheres.

Novas regras

A PEC altera regras em relação à idade mínima e ao tempo de contribuição para se aposentar. Além disso, modifica a forma de cálculo dos benefícios, entre outros pontos.

De acordo com a proposta, a nova regra geral para a aposentadoria passará a exigir idade mínima de 65 anos e 25 anos de contribuição, sendo aplicada a homens e mulheres que, na data de promulgação da nova emenda à Constituição, tiverem, respectivamente, menos de 50 anos e menos 45 anos.

Petrolina: Sindsemp realiza manifestação contra reforma da previdência nesta quarta

Servidores se reúnem na praça do bambuzinho para iniciar caminhada contra PEC da reforma da previdência. (Foto: Blog Waldiney Passos)

O Sindicato do Servidores Públicos Municipais de Petrolina (Sindsemp) está, desde às 8h da manhã dessa quarta-feira (15), realizando um protesto e aderindo ao manifesto nacional contra a PEC da reforma da Previdência. Vários servidores e trabalhadores começaram a se reunir na praça do bambuzinho para mostrar o seu descontentamento com proposta da reforma.

A mobilização conta com a presença de outros sindicatos e do Movimento da Frente Brasil Popular. Os manifestantes seguirão em caminhada pelo centro de Petrolina. A manifestação deve acontecer em vários pontos do país.

Lucenildo Lima, Didi do Sindsemp, diretor de saúde do trabalhador, falou sobre o protesto e afirmou que será impossível alguém conseguir se aposentar no Brasil, caso a reforma seja aprovada.

“Hoje o sindicato está aderindo à greve geral contra a PEC da reforma da previdência. A PEC está destruindo os direitos dos trabalhadores do Brasil e não dará direito, caso seja aprovada, à aposentadoria, porque nenhum ser humano vai ter a capacidade de se aposentar. Depois de 65, 70 anos para se aposentar, acho que a pessoa já está debilitada e quem conseguir se aposentar, não terá dinheiro nem para os remédios”, criticou.

Pernambuco: agências da previdência social fechadas contra a reforma da previdência nesta quarta

(Imagem ilustrativa)

As Agências da Previdência Social (APS) de Pernambuco estarão fechadas nesta quarta-feira em adesão ao Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência, 15 de março. No estado, os servidores do INSS farão protestos e passeata para pressionar o governo e sensibilizar a população sobre os danos da aprovação da PEC 287.

Trabalhadores do Ministério da Saúde também farão um ato público contra o desmonte previsto pela reforma em frente à Geap Autogestão em Saúde, na Praça Chora Menino, na Ilha do Leite, região central do Recife.

A mobilização foi aprovada em assembleia da categoria na última sexta-feira, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social de Pernambuco (Sindsprev-PE).

As manifestações denunciam a retirada de direitos que tem sido feita pelo Governo Temer e o fim da aposentadoria com enriquecimento de bancos e incentivo à previdência privada.

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“Eles que paguem a conta” declara deputado Gonzaga Patriota

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Na última sexta-feira (10), uma audiência pública requerida pelo vereador Osinaldo Souza (PTB) sobre a Reforma da Previdência contou com a participação do deputado Gonzaga Patriota (PSB), que declarou ser contrário a reforma.

O deputado enviou um vídeo para a audiência informando que não poderia marcar presença devido a sua participação na cerimônia de abertura da comporta de Campos, em Sertânia. Através do vídeo, Patriota declarou seu posicionamento contra a reforma e o seu voto.

“Eu nunca votei contra o trabalhador, nunca votei contra aposentado e não seria agora que votaria contra. Eu não posso aceitar que façam a reforma da previdência social. Roubaram o país? Roubaram, foram vocês trabalhadores? Foram vocês aposentados? Não! Então eles que paguem essa conta” declarou o deputado Gonzaga Patriota.

A proposta apresentada pelo governo passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que considerou, na madrugada de 15 de dezembro de 2016, que não fere a Constituição.

Deputado Rodrigo Novaes participou da sessão extraordinária na Câmara de Vereadores de Petrolina nesta sexta

(Foto: Blog Waldiney Passos)

O relator da Frente da Reforma da Previdência, Deputado Rodrigo Novaes (PSD) participou nesta sexta (10), do debate sobre a PEC 287/16 da reforma da Previdência Social. O deputado acredita que a reforma não será aprovada.

Este ano, o Deputado Rodrigo Novaes foi escolhido como relator para a Frente Parlamentar sobre a Reforma da Previdência, durante a instalação do colegiado, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
“Estou em Petrolina, para representar a comissão para discussão da reforma da previdência, criada na assembleia legislativa, onde eu fui escolhido como relator. Na assembleia estamos ouvindo especialistas e as posições divergentes, de quem é a favor e de quem é contra. A partir dos primeiros estudos, já identificamos de maneira muito clara que estão querendo jogar uma conta para o povo brasileiro, que isso é uma grande injustiça. Não há informações de como realmente está a previdência, não se tem certeza sobre a questão do déficit – se é verdadeiro – e as saídas que foram encontradas, pelo o projeto que foi apresentado, são saídas extremamente injustas com o povo trabalhador”, afirma o deputado.

A reforma da previdência propõe a mesma idade de aposentadoria para os trabalhadores rurais e urbano. “Quem fez esta minuta, nunca fez cerca debaixo de um sol quente de meio-dia, nunca carregou um saco de milho para dar a criação e nem nunca foi pegar o gado na caatinga. Isso é uma maluquice, tentar igualar a idade quando as condições de trabalho são tão distintas, não sou eu quem estou inventando, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) tem dados de que a trabalhador rural vive seis anos e meio menos, do que um trabalhador que vive na cidade. Então tratar de forma igual os desiguais, isso é injusto. Se a reforma é realmente necessária é preciso encontrar saídas justas, que não comprometam o nosso povo”, completa Rodrigo Novaes.

Os tucanos defendem a reforma, entretanto iniciam uma flexibilização dos termos do projeto, principalmente diante das aposentadorias especiais e rurais, em busca de aprovação. Entretanto o deputado Rodrigo Novaes, não acredita que a reforma seja aprovada, devido a repercussão negativa e a grande mobilização popular.

“Não consegue de jeito nenhum (a reforma), os deputados não aguentam a mobilização, poderiam até ter a vontade por conta da sintonia do partido, mas há uma mobilização em todo o país e o governo federal já percebeu isso e já começou a querer negociar alguns pontos. Não vamos aceitar um “remendo” desta reforma. Essa reforma precisa zerar e discutir como se deu a gestão nos últimos anos da previdência social para se ter um diagnóstico verdadeiro e transparente, para que aí a gente possa partir do zero e discutir uma reforma, se é que ela é necessária”, finaliza Novaes.