Trabalhadores rurais do MST em Juazeiro estão sob ameaça de despejo durante pandemia, mesmo em plena produção

Em plena produção de frutas,  cerca de 80 famílias moradoras do acampamento Palmares, localizado no norte da Bahia, estão correndo o risco de serem expulsas das terras que vivem há mais de 11 anos, onde cultivam uva, macaxeira e feijão, além da criação de caprinos, ovinos, avicultura e bovinos.

As terras, que hoje são cultivadas pelas famílias eram utilizadas antes para facilitar o tráfico de entorpecentes para o exterior. A fazenda faz parte do grupo Mariad Importação e Exportação de Gêneros Alimentícios, a qual seu ex-proprietário, o colombiano Gustavo Duran Bautista, a utilizava para traficar cocaína dentro das caixas de uvas que eram transportadas para diversos países, não cumprindo de tal forma a função social da fazenda.

LEIA MAIS

Live aborda conflitos no campo na região Centro-Norte da Bahia

Na próxima terça-feira (27), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) Centro-Norte/BA realizará uma Live sobre Conflitos no Campo na região. A roda de conversa, que será transmitida ao vivo através do Youtube e Facebook da CPT Bahia, terá início às 19h. Pesquisadores sobre a questão agrária e trabalhadoras e trabalhadores rurais participarão do momento.

A Live tem como objetivo apresentar os dados do Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2019, com foco na região centro-norte baiana. O Caderno é uma publicação anual da CPT Nacional, que há mais de trinta anos reúne registros de conflitos no campo do país. No ano passado, a CPT registrou 1.833 conflitos no campo no Brasil, número 23% maior que em 2018 e o maior registrado pela Pastoral nos últimos 14 anos. Esse número equivale a uma média de 5 conflitos a cada dia.

LEIA MAIS

Live aborda situação das comunidades rurais durante pandemia

sexta-feira (19), o Fórum de Entidades Populares de Campo Alegre de Lourdes (BA) irá realizar a Live “Defesa da vida nas comunidades rurais em tempos de pandemia”.

Em um momento que o novo coronavírus avança nos pequenos municípios e nas comunidades rurais do Brasil, a transmissão ao vivo tem o objetivo de chamar a atenção para a importância das medidas protetivas capazes de impedir a propagação da doença e preservar a vida das populações que estão mais vulneráveis.

A Live terá início às 19h e poderá ser assistida através da página da Diocese de Juazeiro no Facebook. O bate-papo vai contar com o filósofo e agente pastoral Roberto Malvezzi (Gogó), a doutora em Saúde Pública e professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)  Ângela Carneiro e o pároco de Campo Alegre de Lourdes, Pe. Bernardo Hanke.

“Não existe decreto para suspender atividades dos trabalhadores da fruticultura irrigada”, diz Miguel Coelho durante coletiva

(Foto: Jonas Santos/PMP)

Durante coletiva realizada nesta quinta-feira (26), através de redes sociais, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, afirmou que vai reeditar os decretos para estender o prazo do isolamento social e fechamento de escolas, comércio, eventos e instituições públicas e privadas a partir da terça-feira (31). Porém, o gestor deixou claro que as novas determinações não atingirão os trabalhadores da fruticultura irrigada.

“Não existe nenhum decreto nesse sentido e nem vai existir, até porque estamos conversando com os sindicatos patronais, inclusive hoje eu soube que eles fizeram uma reunião com o sindicato dos trabalhadores rurais e decidiram por unanimidade manter as atividades”, disse Miguel.

O prefeito explicou que pediu aos sindicatos patronais e aos proprietários das empresas, que mantenham os ônibus higienizados, aumentem os espaços entre as pessoas dentro dos veículos, higienizem dos locais de trabalho e mantenham os trabalhadores a uma distância segura um dos outros.

“Nós fizemos esse pedido e temos recebido fotos diariamente que eles vêm cumprindo o acordo, então não há porque suspender as atividades”, concluiu o prefeito de Petrolina.

STTAR inaugura Centro Médico para atender trabalhadores e trabalhadoras assalariados rurais de Petrolina

Na tarde do último sábado (9), o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina(STTAR) inaugurou o Centro Médico para atender trabalhadores e trabalhadoras associados. No local serão ofertados atendimentos nas seguintes especialidades: Ginecologia, Odontologia,Clínico Geral, Ortopedia e Dermatologia.

Saúde é um dos setores que recebe atenção especial da Diretoria do Sindicato. No ano passado foram aplicados 45,3% das receitas que dobraram os atendimentos em mais de 150%, somando mais de 3 mil atendimentos na saúde.

“Esta obra faz parte de um contexto daquilo que nos propusemos a mudar na vida dos trabalhadores e trabalhadoras Assalariados de Petrolina, com o objetivo de propiciar um melhor atendimento aos pacientes melhorando a qualidade de vida a toda a Classe”, enfatizou a Presidenta Lucilene Lima (Leninha).

LEIA MAIS

Profissionais da SESAU levam informações e cuidados para trabalhadoras rurais de Juazeiro

(Foto: Ascom)

A psicóloga e superintendente de gestão de pessoas Lorena Pesqueira, a Gerente de Educação Permanente Clenilda Ananias e o médico da Atenção Básica Salvador Carvalho, participaram, nesta sexta-feira (8) de uma roda de conversa com as trabalhadoras rurais da horta comunitária do bairro João Paulo II em Juazeiro (BA).

O momento foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais e contou com a participação da Secretaria da Saúde onde os profissionais fizeram um acolhimento com mulheres e homens que estavam presentes. Após o acolhimento tanto o médico como a psicóloga explicaram alguns cuidados para com o corpo e a mente.

“A mulher e o homem do campo trabalham debaixo de sol forte e precisam de cuidados com a pele. Vivemos em região de altas temperaturas e é de extrema importância a hidratação e acima de tudo o cuidado consigo mesmo. Temos muita preocupação com a saúde dos outros e esquecemos a nossa, mas o cuidado deve ser individual e coletivo”, explicou o médico Salvador Carvalho.

LEIA MAIS

Campanha salarial é encerrada em Petrolina e salário de trabalhadores rurais chega a R$ 1.041

(Foto: Ascom)

Após 23 dias e nove rodadas de negociações, chegou ao fim nesta sexta-feira (15) a 25ª Campanha Salarial da Fruticultura Irrigada do Vale do São Francisco, com um acordo entre produtores e trabalhadores. Entre as cláusulas econômicas, um dos pontos mais importantes foi o anúncio do novo salário base, que ficou definido em R$ 1.041, retroativo a 1º de janeiro.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2019) ocorreu no auditório do Petrolina Palace Hotel e mobilizou 17 entidades, a exemplo do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR) e representações patronais e de trabalhadores de 13 municípios: Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Cabrobó e Orocó, em Pernambuco; e Juazeiro, Casa Nova, Sento Sé, Sobradinho, Curaçá e Abaré, na Bahia.

LEIA TAMBÉM:

Trabalhadores rurais de Petrolina ameaçam paralisar atividades

Durante os encontros, essas entidades apresentaram demandas de 130 mil trabalhadores rurais e de 3.500 pequenos, médios e grandes produtores agrícolas. Na convenção, foram negociadas 63 cláusulas de ordem econômica e social, como carga horária, aumento salarial e datas de pagamento.

LEIA MAIS

Agricultores familiares de Petrolina ocupam Fazenda Copa Fruit

(Foto: Reprodução/ Whatsapp)

A ocupação da área que fica próxima ao N-4 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, ocorreu na manhã desta sexta-feira (15) por aproximadamente 80 pessoas, que querem que o Incra adquira a fazenda para fins de reforma agrária.

Segundo o Sindicato dos Agricultores Familiares (Sintraf), que coordena os trabalhadores que ocuparam o local, a Copa Fruit tem cerca de 190 hectares e está sem produção há 10 anos.

Ainda de acordo com o Sintraf, o movimento é pacífico e os proprietários do imóvel e o Incra foram comunicados da ocupação.

Codevasf ganha na justiça mandado de reintegração de posse de área ocupada no Projeto Pontal e Trabalhadores têm 10 dias para deixar o local

A Justiça de Pernambuco concedeu na noite desta quarta-feira (6), mandado de reintegração de posse a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) da área do Acampamento Dom Tomás, localizado no Projeto Pontal. O local foi ocupado novamente por Trabalhadores Rurais Sem Terra no último dia 26 de maio.

De acordo com o documento, os Trabalhadores têm 10 dias para deixar o local de forma pacífica sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais). A decisão determina, ainda, o imediato corte do fornecimento de água e energia elétrica da área, além da “comunicação, à Policia Federal, da possível prática de crime cometido pelos ocupantes”.

Segundo a Codevasf, ainda nesta quarta-feira (6), a Polícia Militar de Pernambuco apreendeu um transformador elétrico, que havia sido furtado do Projeto Pontal Sequeiro e estava sob a posse de um dos trabalhadores que reocuparam o assentamento Dom Tomás. O ocupante foi autuado em flagrante e a polícia está à procura de outras duas pessoas envolvidas no furto.

O MST informou que ainda não foi notificado da decisão.

MST volta a ocupar terras do Projeto Pontal em Petrolina

Cerca de 300 famílias do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) voltaram a ocupar terras do Projeto Pontal, em Petrolina, neste sábado (25). Segundo Cleidemar de Souza, uma das líderes da ocupação que falou por telefone com a reportagem deste blog, os trabalhadores chegaram de forma pacífica e pediram que um guarda Codevasf que estava no local se retirasse.

As famílias estão no acampamento Dom Tomás, não chegaram a ocupara a área do acampamento Democracia. Hoje a tarde, policiais do GATI estiveram no local tentaram retirar os trabalhadores, mas eles resistiram, conversaram com os comandantes das guarnições e convenceram os PM´s a irem embora. O MST informou que não vai deixar o acampamento porque não tem para onde ir.

Deputado Odacy Amorim grava vídeo no projeto Pontal lamentando retirada dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do local

O deputado estadual e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Odacy Amorim (PT), acompanhou nesta terça-feira (09), a retirada pela polícia, dos Trabalhadores Rurais Sem Terra dos acampamentos Dom Tomás e Democracia, montados no projeto Pontal desde 2014. Os policiais cumpriram uma ordem judicial expedida em fevereiro desse ano.

Odacy gravou um vídeo mostrando que o trabalhadores estavam plantando na área e lamentou a expulsão do MST do Pontal. Veja.

Trabalhadores Rurais Sem Terra se preparam para deixar Projeto Pontal por ordem da justiça

Cerca de 600 famílias de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se preparam para deixar os acampamentos Dom Tomás e Democracia, montados em uma área do Projeto Pontal em Petrolina (PE), há quatro anos. Segundo um trabalhador que está no local e conversou com a redação deste blog por telefone, cerca de 150 policiais chegaram aos acampamentos nas primeiras horas desta terça-feira (8), para cumprir uma ordem de reintegração de posse expedida pela justiça no mês de fevereiro.

LEIA TAMBÉM

Polícia está no Projeto Pontal para retirar Trabalhadores Rurais Sem Terra que ocupam o local

A ordem de despejo não tinha sido cumprida ainda por falta de efetivo policial suficiente para a ação. A justiça havia dado prazo até o fim do mês de fevereiro para que o MST deixasse a área de forma pacífica, mas alegando não ter para aonde ir, eles resistiram. O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Florisvaldo Araújo, diz que mesmo sendo uma ordem judicial, a reintegração de posse fere um acordo que o movimento teria feito com a Codevasf para eles permanecerem no local.

Os acampados acusam a polícia de usar balas de borracha e spray de pimenta para dispersar os trabalhadores. Segundo eles, algumas pessoas chegaram a passar mal por causa do spray. Agora, os manifestantes chegaram ao entendimento com o comandante das tropas, que deixou que os trabalhadores tirem seus pertences do interior dos barracos, antes de serem destruídos.

Desde fevereiro a Codevasf havia cortado o abastecimento de água no canal do pontal por ordem da justiça.

Polícia está no Projeto Pontal para retirar Trabalhadores Rurais Sem Terra que ocupam o local

(Foto: Internet)

Cerca de 150 policiais da PM, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal estão no Projeto Pontal, em Petrolina (PE), desde o início da manhã desta terça-feira (8) para fazer a reintegração de posse de duas áreas ocupadas por 600 famílias de Trabalhadores Rurais Sem Terra, desde 2014. Elas estão nos acampamentos Dom Tomás e Democracia.

Segundo pessoas que estão no local, tem muitas máquinas retroescavadeiras e até um helicóptero dando apoio a operação. Os trabalhadores reclamam que os policiais estão usando spray de pimenta para afastar as pessoas e evitar confronto. Mais informações a qualquer momento.

Petrolina: INCRA e MST não chegam a acordo e ocupação na sede da entidade continua

(Foto: MST Petrolina)

Na noite desta terça-feira (20) uma reunião entre representantes do INCRA do Médio São Francisco, com sede em Petrolina (PE) e representantes do MST, terminou sem acordo. Os trabalhadores rurais sem-terra continuam acampados nas dependências do prédio da entidade governamental continua.

O MST ocupou a sede do INCRA na manhã dessa terça-feira (20) fazendo várias reivindicações, entre elas uma revisão no edital da Codevasf para a aquisição de lotes no Projeto Pontal.

Segundo o Gestor do INCRA em Petrolina, Bruno Medrado, não houve entendimento entre o órgão e os manifestantes, porque o MST solicitou a presença de um diretor para tratar dos pontos de reivindicações.

O superintende está, desde então, em contato com o presidente do Incra, Leonardo Góes, tentando viabilizar uma reunião entre o movimento e o diretor de Obtenção de Terras do Incra, Clóvis Figueiredo Cardoso.

MST ocupa a sede do INCRA em Petrolina

(Foto: Arquivo)

Trabalhadores Rurais ligados ao Movimento Sem Terra ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Petrolina (PE), na manhã desta terça-feira (20). Eles chegaram ao prédio por volta das 10h30 da manhã e “tomaram” as dependências da unidade.

Estamos em contato com os manifestantes para informarmos o motivo da ocupação. Também entraremos em contato com a assessoria do INCRA, para saber que providências serão tomadas. Em breve mais informações.

12