Com chuvas abaixo do esperado, Sobradinho pode ter vazão reduzida

Nos primeiros 19 de dias de janeiro foram registrados somente 19 milímetros de chuvas, cerca de 10% da média esperada para o mês. (Foto: Internet)

Após uma reunião da Sala de Crise do Rio São Francisco, realizada nessa segunda feira (21), foi acordada uma nova política de operação para definição da vazão das usinas hidrelétricas de Sobradinho (BA) e Xingó (AL/SE).

Os técnicos dos órgãos de operação e acompanhamento devem ficar atentos para as projeções dos níveis dos reservatórios para o final de abril de 2019 e, se houver piora nas expectativas, medidas de restrição das vazões poderão ser adotadas.

A magnitude dessa eventual redução de vazão deverá ser acordada em nova reunião da Sala de Crise do São Francisco, que deve acontecer 4 de fevereiro de 2019.

Pela regra definida entre os participantes da reunião, sempre que as simulações da evolução do reservatório equivalente do Sistema Hídrico do Rio São Francisco indicarem um volume superior ou igual a 50% de seu volume útil ao final de abril de 2019, fica mantida a atual defluência de 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) em Xingó e de aproximadamente 950 m³/s em Sobradinho.

Os participantes da reunião decidiram também que sempre que as simulações de evolução do armazenamento de Sobradinho indicarem um volume útil inferior a 45% no final de abril será necessário aumentar as vazões liberadas pelo reservatório de Três Marias (MG), de forma a buscar um maior equilíbrio entre os reservatórios do Sistema Hídrico do Rio São Francisco.

A necessidade de prever medidas mais restritivas para reservar mais água nesses reservatórios foi tomada após análise de informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que apontam que a precipitação acumulada que vem sendo observada em janeiro de 2019 está consideravelmente abaixo da média do mês.

Nos primeiros 19 de dias de janeiro foram registrados somente 19 milímetros de chuvas, cerca de 10% da média esperada para o mês, que é o segundo mais chuvoso na bacia historicamente.

Ainda segundo o Cemaden, a existência de uma zona de alta pressão no centro do País inibe a precipitação e a passagem de sistemas frontais que alcancem a bacia do rio São Francisco. Nos próximos 15 dias é esperado que a precipitação acumulada permaneça abaixo da média.

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