Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco discute prevenção a enchentes durante Audiência Pública

Mesmo no período de seca, o tema enchente chegou à Câmara de Vereadores de Petrolina na manhã dessa segunda-feira (17), em uma Audiência Pública promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco (CBHSF). Essa já é a segunda reunião aberta ao público e a programação será encerrada em Pirapora (MG) em outubro.

Entidades como Agência Nacional de Águas (ANA), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a CHESF, Defesa Civil estiveram na reunião. Representando os poderes Executivos, o prefeito de Lagoa Grande, Vilmar Capellaro e do Legislativo, apenas o vereador Gilmar Santos (PT) marcaram presença na Audiência.

Presidente do CBHSF, Anivaldo de Miranda Pinto destacou a importância de se discutir a prevenção de enchentes durante a estiagem. “Esse é o momento certo, se você esperar que as águas cheguem aí não vai dar tempo para nada. Numa seca tão prolongada as pessoas ficam imaginando que não haverá mais cheia e no século do aquecimento global, as secas cada vez serão mais prolongadas e as cheias mais concentradas e destrutivas”, afirmou.

Sociedade civil e acadêmica também esteve no evento (Foto: Blog Waldiney Passos)

Cultura do planejamento

Segundo Anivaldo, não é possível prever o acontecimento das cheias, por isso é necessário criar uma cultura de prevenção na região. Isso porque não há apenas perdas humanas e materiais, mas também destinação errada de verbas.

“Se você planejar, se você prevenir você evita a maior parte desses prejuízos. Cabe sobretudo às prefeituras municipais [o planejamento], por isso nós estamos convidando os municípios para que possa interagir”, destacou o presidente do CBHSF.

Submédio São Francisco

Coordenador da Câmara Consultiva Regional (CCR) do Submédio São Francisco, o reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Julianelli Tolentino ressaltou a importância do debate. “O caráter é preventivo, é reunir várias instituições e consequentemente discutir a implantação e adoção de políticas que possam minimizar os riscos após uma ocupação inadequada às margens do rio”, disse ao Blog.

Ainda de acordo com Julianelli, a Audiência Pública é um momento para definir em conjunto quais medidas serão tomadas nesse trabalho preventivo, em especial para evitar as perdas humanas e materiais.

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