Concursos públicos estão proibidos em Pernambuco até o fim de 2016, segundo TCE

(Foto: Nando Chiappetta)

Concursos públicos estão proibidos em Pernambuco. (Foto: Nando Chiappetta)

184 municípios de Pernambuco receberam um alerta de responsabilização do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) que informou a proibição da realização de concursos públicos até o fim de 2016, ano de eleições para prefeito e vereador. De acordo com o alerta, aprovado pelo Pleno do TCE na quinta-feira (21), as prefeituras também devem suspender os certames em andamento.

Aquelas prefeituras que se encontram desrespeitando a despesa com pessoal, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), são as que devem ter maior atenção à determinação. Atualmente, 128 cidades do estado extrapolam essa norma e gastam com servidores mais de 54% das receitas líquidas correntes. O alerta informa que até mesmo as prefeituras que estiverem enquadradas do ponto de vista da gestão fiscal só poderão abrir e  homologar a seleção pública ou nomear os aprovados a partir de janeiro de 2017.

Pela LRF, os municípios poderão comprometer, no máximo, 54% de sua receita corrente líquida com a folha de pessoal. A justificativa da maioria das prefeituras para extrapolar essa barreira, de acordo com o TCE, é  a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Conforme o presidente do Tribunal, conselheiro Carlos Porto, trata-se de uma exigência prevista no parágrafo único do artigo 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo o TCE,  o alerta foi enviado em função do período eleitoral e dos últimos meses da gestão municipal. O parágrafo único do artigo 21 da LRF veda aumento de despesa com pessoal nos últimos seis meses do mandato do prefeito.

A assessoria de comunicação do Tribunal de Contas informou que a Coordenadoria de Controle Externo acompanhará o cumprimento do alerta. Ele será obrigatoriamente analisado nas contas de 2016. As penalidades para quem descumprir o limite são a possível rejeição das contas pelo TCE e a aplicação de multas ao gestor.

Com informações do G1

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