Contratação temporária para o Natal deve ser menor do que em 2017

(Foto: Ilustração)

Com a expectativa de venda reduzida para o Natal deste ano, o comércio varejista deve colocar o pé no freio também em relação ao número de contratações temporárias em todo o País. De acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no fim de 2018 o comércio deve criar 72,7 mil vagas temporárias, recuo de 1,7% em relação aos 73,9 mil postos criados em 2017.

O número menor de pessoas contratadas deve-se, sobretudo, à perspectiva de empresários e lojistas em relação às incertezas econômicas e à percepção de que este será um Natal de ‘lembrancinhas’. Enquanto em 2017 as vendas de fim de ano cresceram 3,9%, em 2018, o percentual não deve passar dos 2,3%. “A lentidão na queda da taxa do desemprego é uma marca de 2018, além do avanço dos preços administrados, como energia e plano de saúde. Tudo isso sacrifica o consumo e deixa o consumidor cauteloso, principalmente na compra a prazo”, diz o economista chefe da CNC, Fábio Bentes.

Até mesmo a temporada de oferta de vagas deve ser ampliada. Diferente de outros anos, quando pelo menos 20% dos temporários eram efetivados ainda em outubro, as contratações devem se estender até dezembro. “Temos expectativa moderada. O fim do ano tem injeção do 13º salário, as vendas obviamente aumentam e iremos contratar, mas nada grande”, afirma o presidente da CDL-Recife, Cid Lobo.

Os maiores volumes de contratação se concentram no segmento de vestuário (47,9 mil vagas) e hiper e supermercados (11,5 mil vagas). O salário deve alcançar R$ 1.230, avançando 3,9% em termos nominais na comparação com 2017.

Shoppings do interior

O interior do Estado também prevê a abertura de novas vagas. No River shopping, em Petrolina, os últimos três meses do ano devem ser marcados por um aumento de 12% no número de funcionários. Já no Moda Center, em Santa Cruz do Capibaribe, pelo menos 50 pessoas devem ser incorporadas à equipe de 300 colaboradores. “O próprio condomínio (do Moda Center), reforça o quadro, mesmo com a economia mais fraca. Ainda é pouco cedo para fazermos análise das vendas de Natal, mas com certeza iremos ultrapassar o total contratado no ano passado, quando convocamos 40 pessoas”, diz o síndico do Moda Center, Allan Carneiro. (Com informações do Jornal do Commercio)

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