Corpo do médico Denirson Paes é enterrado em Campo Alegre de Lourdes na Bahia

Corpo chegou ao município na manhã deste sábado (28) e foi velado na casa de seu pai. (Foto: Cortesia/Blog do Lucas Nunes)

Após 21 dias de sofrimento e angústia, familiares puderam, enfim, realizar o enterro do médico e advogado Denirson Paes Silva, encontrado esquartejado na cacimba de sua residência, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, no último dia 4. O sepultamento ocorreu por volta das 17h40. O corpo de Denirson chegou por volta das 8h deste sábado (28) no município de Campo Alegre de Lourdes, sua cidade natal.

Os restos mortais da vítima foram liberados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) no final da tarde desta sexta-feira (27). Logo pela manhã deste sábado, familiares e amigos do cardiologista seu reuniram para o velório, que foi realizado na casa do seu pai. Ao longo do dia, foi providenciado um culto e uma missa e, em seguida, um cortejo até o cemitério do município. Por volta das 16h, o corpo de Denirson foi levado à Igreja Matriz da cidade, onde houve uma solenidade de corpo presente.

O sepultamento no cemitério de Campo Alegre de Lourdes, sob forte comoção. Consternados, familiares acompanharam as últimas homenagens ao médico.

“Foi um alivio a liberação dos restos mortais de Denirson porque são praticamente sessenta dias depois do ocorrido. Primeiramente veio o desaparecimento, segundo a confirmação do óbito e terceiro, esse sofrimento de juntar os pedaços do corpo. É um alívio acompanhado com muita dor e sofrimento para toda a cidade porque Campo Alegre [de Lourdes] é uma cidade pequena em que todos nós somos amigos e irmãos”, comentou Auristela Ferreira Paes, prima de Denirson.

Entenda o Caso
O desaparecimento do médico cardiologista Denirson Paes da Silva vinha sendo investigado desde o início de junho. Em um Boletim de Ocorrência registrado no último dia 20 de junho sobre o desaparecimento do marido, a farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, alegava que a vítima teria viajado para fora do País e que não teria retornado. A delegada Carmem Lúcia, de Camaragibe, desconfiou do envolvimento dos familiares e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio em que eles moravam.

Para a polícia, há indícios suficientes da participação de mãe e filho na ocultação do cadáver do médico, encontrado no último dia 4 de julho dentro de uma cacimba na casa onde morava, no condomínio Torquato Castro, na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Os dois estão presos.

Vizinhos do médico afirmaram que dois funcionários dele prestaram depoimento. Um deles teria afirmado que a esposa da vítima o chamou dias atrás para fechar, com cimento, uma cacimba que já estaria fechada com uma tampa “bastante pesada para ser carregada por uma pessoa só”. O homem teria notado um mau cheiro, mas a farmacêutica alegou que um gato tinha morrido dentro da cacimba.

O segundo funcionário contou à polícia que o médico, pouco antes de desaparecer, tinha explicado a ele que não precisaria mais de seus serviços porque estaria se separando e iria morar no Recife.

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