Empresários tentam reverter restrição a captação da água do rio São Francisco nas quartas-feiras

A pouco mais de uma semana do início da proibição para que indústrias e mineradoras façam a captação da água do rio São Francisco nas quartas-feiras, empresários tiveram uma reunião com a Agência Nacional de Águas (ANA) nesta segunda-feira (10) para pedir que reveja a medida.

De acordo com a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), a proposta para que as empresas tenham 70 dias para adaptação foi rejeitada, mas o órgão da União marcou um novo encontro para esta terça-feira (11), em Petrolina, no Sertão, para debater outra sugestão: de que, em vez de proibir o uso da água durante um dia inteiro, seja analisada a possibilidade de reduzir em 14% o consumo por dia.

Segundo a Fiepe, a proposta foi acatada de forma parcial. Deverão ser autorizadas a captar nas quartas-feiras as empresas de fluxo contínuo, ou seja, que precisam da água para o processo industrial 24 horas. Nelas, os empresários afirmam que a restrição durante um dia inteiro poderia gerar a paralisação das atividades entre dois e três dias, em média. A mudança, porém, ainda está sendo elaborada.

Pelos cálculos da ANA, 58 empresas serão afetadas pela medida, da forma que ela está hoje. A resolução publicada no Diário Oficial no último dia 5 determina que entre 19 de julho e 30 de novembro, período que pode ser prorrogado de acordo com o período de estiagem na região, a água só poderá ser captada do rio São Francisco para consumo humano e animal.

A medida foi tomada por causa da seca no Nordeste. “As afluências para o reservatório de Sobradinho no período úmido 2016/2017 foram as piores do histórico já registrado e há dúvidas sobre o comportamento do próximo período chuvoso, aumentando a necessidade de se preservar os volumes estratégicos nos reservatórios e aumentar a segurança hídrica da bacia”, argumenta a resolução da ANA.

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