Fernando Filho no ministério Temer seria decisão “pragmática” do peemedebista

Para o grupo de Fernando Bezerra Coelho e de seu filho, que tem base no sertão e sonha com voos mais altos em Pernambuco, o ministério serviria sob medida/Foto:JC Imagem

Para o grupo de Fernando Bezerra Coelho e de seu filho, que tem base no sertão e sonha com voos mais altos em Pernambuco, o ministério serviria sob medida/Foto:JC Imagem

Uma avaliação “pragmática” pode definir a ida do deputado federal Fernando Filho (PSB) para o ministério de um eventual governo Michel Temer (PMDB). A decisão do partido sobre o ingresso na possível gestão peemedebista ocorrerá nesta terça-feira (10). Se o grupo pró-ministério vencer o debate interno, crescem as chances do parlamentar pernambucano comandar a pasta da Integração Nacional.

Fernando Filho vem sendo cotado como ministeriável junto ao ex-deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) e ao ex-governador Renato Casagrande (PSB-ES). O pernambucano ganhou terreno por reunir  condições que seriam mais favoráveis a Temer.

Em reserva, socialista destaca que Temer vai precisar de apoio para aprovar  medidas no Congresso assim que tiver a caneta de presidente em mãos. Ciente dessa situação, ele tentará prestigiar alguns parlamentares com a convocação direta ou convidando quem eles indicarem. Fernando Filho ganha força por ser o líder da bancada do PSB na Câmara  e também pelo poder de articulação do seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Um outro socialista diz que Temer será calculista para ñão criar atrito com os parlamentares. “Temer é um homem do parlamento, foi três vezes presidente da Câmara. Ele sabe que as negociações que se fizeram à margem das bancadas deram errado. Tem essa visão”, fala.

Entre os socialistas pernambucanos, as articulações em torno de Fernando Filho são avaliadas de maneira distintas. Uns apontam a indicação como natural pela boa relação do pernambucano na bancada. Outros acreditam que o parlamentar tem pensado pouco no partido e mais em si mesmo de olho nos ganhos políticos que o ministério da Integração Nacional pode oferecer.

Curiosamente, a pasta pretendida por Fernando Filho é a mesma que seu pai já ocupou na gestão de Dilma Rousseff. A Integração Nacional tem uma grande capilaridade no Nordeste, sobretudo por tocar obras de infraestrutra hídrica, ações contra a seca e projetos de irrigação.

Para o grupo de Fernando Bezerra Coelho e de seu filho, que tem base no sertão e sonha com voos mais altos em Pernambuco, o ministério serviria sob medida.

OUTROS NOMES – Nessa sexta-feira (6), os socialistas se reuniram em Brasília para o seminário Cidades Inclusivas, voltado aos pré-candidatos do PSB à prefeitura. As conversas em torno do futuro governo Temer também tiveram espaço, embora sem nada conclusivo.

O nome do senador Roberto Rocha (MA) surgiu como um possível substituto de Fernando Filho na Integração Nacional. Há também quem defenda os deputados federais Tereza Cristina (MS) e Luciano Ducci (PSB) como ministeriáveis para outras pastas do governo federal.

Com informações do JC

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