Fórum discute ampliação do acesso aos serviços de saúde para o público LGBT

(Foto: ASCOM)

Nesta quinta-feira (25), a Secretaria de Saúde de Juazeiro (Sesau), por meio da Superintendência de Gestão de Pessoas, realizou o I Fórum de Saúde da População LGBT. O evento ocorreu na Câmara de Vereadores e contou com representantes da Sesau, da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedis), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), além dos profissionais de saúde e das lideranças do movimento.

Na ocasião, foram discutidas políticas públicas para promover o cuidado integral com a saúde deste grupo. De acordo com Ariane Sena, vice-presidente do Conselho Estadual LGBT, a política nacional da população LGBT diz que os determinantes sociais, como o preconceito, afetam a saúde, por exemplo.

“A sensibilização das categorias, desde o segurança da unidade até o médico, é o mais importante. Muitos transexuais e travestis deixam de procurar as Unidades Básicas de Saúde porque temem o preconceito que já sofrem no seu cotidiano. Isso faz com que a saúde seja um caos”, afirma.

Segundo o coordenador de Equidade em Saúde da Sesab, Antônio da Purificação, Juazeiro se destaca pelo pioneirismo entre os municípios da região. “É um passo importante para a qualificação das equipes. Conhecer a população LGBT é importante, porque ela está dentro do SUS. É preciso ter outro olhar, entender que a orientação sexual não é sincronizada com a identidade de gênero, para que todos sejam tratados com respeito”, pontua.

A superintendente de Atenção Básica Rosa Miguelino, garantiu ações voltadas para os profissionais da rede, para fomentar a promoção à saúde do segmento LGBT. “O nosso objetivo será eliminar a discriminação institucional, a fim de ampliar o acesso deste público específico aos serviços de saúde da rede municipal”, informa.

Para o estudante Thiago Emerson, as discussões levantadas no Fórum foram muito produtivas. “Existem muitas coisas que estão impregnadas na população. Pensamentos pré-formados que não têm nada a ver com a realidade do LGBT. Aprendi aqui, coisas que, mesmo sendo parte integrante desse público, não conhecia”, constata.

O I Fórum de Saúde da População LGBT também faz parte da programação do Maio da Diversidade, promovido pela Sedis. De acordo com a diretora de Diversidade da pasta, Luana Rodrigues, as atividades começaram no dia 16 e seguem até o dia 31 deste mês. “Conseguimos fazer uma discussão ampla que deu uma nova dimensão. Precisávamos mobilizar órgãos de saúde, educação e assistência para discutir cidadania, pois não existe cidadania sem a garantia dos direitos essenciais”, diz.

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