Hospital da Mulher do Recife abre as portas na próxima terça-feira

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Neste primeiro mês, serão realizados 11,1 mil exames.

Coberto de expectativas e com uma série de serviços inexistentes até então na rede de saúde pública municipal, o Hospital da Mulher Doutora Mercês Pontes da Cunha abrirá as portas ao público nesta terça-feira. A primeira unidade de saúde construída pela gestão municipal ampliará a oferta de partos da rede em 40% e terá inclusive banheira para parto humanizado dentro d’água. A abertura, porém, acontecerá de forma gradual. Nos primeiros 30 dias, o hospital funcionará para ambulatório especializado e realização de exames. O pleno funcionamento acontecerá em 90 dias.

“Ninguém pretende abrir um serviço e ter risco de retrocesso. Então seguimos uma lógica no cronograma de abertura. A equipe foi montada para esse hospital e precisa aprender a trabalhar dentro dela”, explicou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.

Neste primeiro mês, serão realizados 11,1 mil exames. Isso inclui tomografia e ressonância magnética, procedimentos antes inexistentes na própria rede, e a duplicação da capacidade instalada de ultrassonografia do Recife, com 5 mil exames mensais. “Montamos equipamentos que dialogam com as principais filas e demandas da espera da recifense”, afirmou o secretário. Além disso, o hospital também inicia com 3,5 mil consultas médicas mês (47% do estimado com a abertura total) e 1,4 mil consultas com outros profissionais.

Até o início de junho, será iniciado o serviço de parto de complexidade habitual e então o hospital começará a funcionar 24 horas. Em 60 dias, serão realizadas as cirurgias ginecológicas (200 por mês) e as atividades do Centro de atenção à mulher vítima de violência. “É um espaço acolhedor para a mulher em situação de vulnerabilidade, onde ela poderá realizar desde a coleta de vestígios até, quando indicado, o uso de medicação antiretroviral”, acrescentou o secretário. Esse espaço terá a presença de um médico legista, fruto de uma parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS), e permitirá às mulheres realizar as coletas necessárias sem precisar ir ao Instituto de Medicina Legal (IML).

Dentro de três meses da data de inauguração, o hospital abrirá a estrutura de alto risco, o que inclui as UTIs. Desse modo, serão realizados por mês 67 mil procedimentos. O Hospital da Mulher tem 30 mil metros quadrados de área, dos quais 13 mil metros quadrados de área construída. São 150 leitos, incluindo alojamento conjunto, Unidade de Terapia Intensiva adulto e neonatal, para gestação de alto risco, canguru e três do Centro de Parto Normal.

A estrutura arquitetônica, que segue o conceito de humanização do atendimento do hospital, também abriga um banco de leite humano, um serviço de assistência à população LBT (lésbicas, bissexuais e mulheres transexuais – transgenitalizadas) – que já começa a funcionar com um profissional nesta terça-feira – e a 10ª base descentralizada do SAMU.

O hospital terá urgência com acolhimento e classificação de risco, de acordo com a proximidade do parto e situação do quadro da mulher. A estrutura também comporta uma Casa das Mães, local para hospedagem daquelas mulheres com filhos internados e que receberá atividades de empoderamento e empreendedorismo.

Os atendimentos no Hospital da Mulher serão 100% regulados, ou seja, as pacientes serão encaminhadas através das outras unidades e serviços da rede, com marcação prévia. O que já começou a acontecer. A obra foi iniciada em 2013.

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