Janeiro também é o mês de conscientização sobre o câncer do colo do útero

(Foto: Internet)

Janeiro também é tempo de falar sobre o câncer do colo do útero, o 3º tumor maligno mais frequente na população feminina e a 4ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, ficando atrás somente do câncer de mama e do colorretal.

Por isso, o coordenador médico do setor de Alto Risco do Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina, Marcelo Marques, faz uma alerta e adere à campanha ‘Janeiro Verde’. “O câncer do colo do útero é facilmente prevenível e depende de políticas públicas eficientes justamente que atuem nessa prevenção”, esclarece.

Esse tumor em questão é causado pela infecção persistente de alguns tipos do Papalomavírus humano – HPV oncogênicos. A infecção genital do HPV é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. “Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo, conhecido como Papanicolau, e são curáveis quase que na totalidade dos casos. Nessa perspectiva, um simples exame periódico pode afastar a doença”, informa Marques.

O câncer de colo do útero não apresenta sintomas em sua fase inicial. Mas, com o passar do tempo a mulher pode notar: sangramento vaginal anormal; dor na relação sexual; dor pélvica  e aumento na secreção vaginal. “Procure sempre um serviço de saúde quando houver dúvidas”, recomenda o médico.

Vacina

A prevenção primária do câncer deve ser feita com o uso de camisinha nas relações sexuais. Mas, a prevenção mais efetiva está na vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Infelizmente, essas vacinas têm tido baixa adesão da população e as campanhas não obtiveram o índice de cobertura esperado pelo Ministério da Saúde.

“A vacinação e a realização do Papanicolau se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. É bom salientar que mesmo as mulheres vacinadas, deverão fazer o exame periodicamente a partir dos 25 anos, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV”, alerta Marcelo.

Deixe um comentário