Lula completa um ano preso na Operação Lava-Jato, apoiadores fazem atos em todo país

Ex-presidente foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão (Foto: Folha de São Paulo/Reprodução)

A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completa um ano nesse domingo (7). Desde 2018, quando foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão na Operação Lava-Jato, Lula ocupa uma cela improvisada na sede da Polícia Federal (PF) de Curitiba (PR).

Com direito a solicitar prisão domiciliar, segundo o jornal Folha de São Paulo, Lula se nega a mostrar-se submisso e mantém o discurso de perseguição política. Aliados e seguidores do Partido dos Trabalhadores realizam nesse domingo atos do ‘Lula Livre’ em todo país.

Em Petrolina a programação iniciada às 7h consiste em panfletagem e gravação de vídeos, com mensagens ao ex-presidente. Durante a semana os apoiadores de Lula darão prosseguimento com mais panfletagem e um ato público na quarta-feira (10), às 18h na Praça 21 de Setembro, Centro de Petrolina.

Relembre o caso de Lula

Lula foi condenado a prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no famoso caso do tríplex do Guarujá. Dois anos antes de ir para a cadeia da Lava Jato, Lula foi conduzido coercitivamente pela Operação Aletheia ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Ainda em 2016 veio a primeira acusação formal da Lava Jato do Paraná contra Lula.  Também foram acusados a ex-primeira dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o empresário Léo Pinheiro, da OAS, dois funcionários da empreiteira e outros dois investigados.

Em março de 2018 Lula foi condenado pela 2ª instância da operação. Os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) aumentaram por unanimidade a sentença do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão em um julgamento que durou mais de nove horas.

No dia 5 de abril o Supremo Tribunal Federal negou por 6 votos a 5, o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Lula e abriu caminho para a prisão do petista. Nessa mesma data Moro mandou prender Lula e deu um prazo de 24 horas para que Lula se apresentasse espontaneamente.

Durante todo o processo, iniciado em 2018, a defesa de Lula alegou contradições e falta de provas da Justiça Federal. Os advogados contratados pelo ex-presidente alegaram perseguição política contra o petista, já que segundo eles o direito de defesa do petista era cerceado por pressão de Moro e outros juristas contrários a sua candidatura em 2018.

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