Medicamentos: reajuste de 12,5% é acima da inflação

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O preço dos medicamentos poderá subir até 12,5% a partir desta sexta-feira (1º). É a primeira vez, em dez anos, que o valor fica acima da inflação.

O novo índice foi definido pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), composta por representantes de cinco ministérios, e publicado no “Diário Oficial da União”.

O percentual é calculado com base nos critérios que, junto com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), compõem a fórmula adotada pelo governo para fixar o reajuste máximo do preço dos remédios.

Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. Segundo a indústria, o aumento, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. A previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a três meses, com a reposição dos estoques.

Indústria e farmácias também podem optar por praticar um reajuste menor que o permitido, principalmente nos casos de produtos mais procurados pelos pacientes e fabricados por um maior número de empresas.

PROJEÇÕES

O índice anunciado nesta sexta-feira (1º) confirma as projeções da indústria, divulgadas no início deste mês. Além do IPCA, cuja taxa acumulada entre março de 2015 e fevereiro de 2016 ficou em 10,36%, o cálculo leva em conta fatores como a produtividade da indústria, a concorrência do setor farmacêutico e o custo dos insumos.

Segundo a Interfarma, que divulgou as primeiras estimativas, a baixa produtividade, a oscilação do câmbio e o aumento da energia elétrica influenciaram no cálculo.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que o impacto no consumidor, historicamente, tem ficado abaixo do índice anunciado, o que também deve ocorrer neste ano, devido à prática de descontos existentes no mercado, informa.

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