“Não há nada contra Alisson e, portanto, a gente sustenta a inocência dele”, diz advogado de suspeito de apagar imagens do caso Beatriz

Wank Medrado discursa na Tribuna da Câmara de Petrolina em defesa de Alisson Henrique. (Foto: Jean Brito)

A Câmara Municipal de Petrolina (PE) foi, na manhã desta terça-feira (8), palco para mais um fato que envolve o “Caso Beatriz”. Após apresentar requerimento ao poder Legislativo, Wank Medrado, advogado de defesa de Alisson Henrique, suspeito de apagar imagens de segurança do Colégio Maria Auxiliadora, usou a Tribuna para esclarecer a versão de seu cliente.

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“Alisson é detentor de uma empresa micro que prestava serviços de informática ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora há mais de 14 anos, um sujeito de bem, uma pessoa muito bem conceituada na sociedade, mas que por erro, que nós atribuímos a uma investigação deficiente, terminou sendo apontado como uma pessoa que teria contribuído para o desaparecimento das imagens”, disse Medrado em discurso para o plenário.

Em coletiva de imprensa, ainda na Casa Plínio Amorim, Wank afirmou que Alisson está em Petrolina, na companhia de familiares. Questionado sobre a ausência do suspeito na Câmara, o advogado afirmou que Alisson não está em condições emocionais favoráveis.

Alisson não é mais procurado, o Tribunal revogou e nós estamos buscando que este mandado de prisão seja retirado do banco nacional de mandados de prisão, e ele possa a medida do possível ir retomando sua vida que foi destroçada por essa acusação injusta”, ressalta Wank Medrado.

Durante o momento de fala, o advogado de defesa reafirmou a inocência de Alisson e questionou medidas policiais e jurídicas que atingiram seu cliente, assim como ressaltou a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco que no dia 5 de setembro desta ano decidiu, por 7 votos a 3, revogar a prisão de Alisson.

“A gente fica extremamente preocupado em ver um inquérito com dez volumes e não se chegar à conclusão alguma. O que a gente quer enquanto cidadão de Petrolina, enquanto cidadão do Vale do São Francisco, é uma resposta pra esse fato. A gente quer que identifique quem matou, por que matou e quais foram as circunstâncias da morte pra poder a gente identificar algo que tenha paralelamente a isso, e punir, se for o caso, agora, até então, não há nada contra Alisson e, portanto, a gente sustenta a inocência dele”.

Protesto

Mais uma vez, os pais de Beatriz nãos se calaram diante dos desdobramentos do caso que teve como vítima, a filha caçula do casal, brutalmente assassinada em dezembro de 2015.

Lucinha Mota, familiares e amigos, assim como membros do grupo “Somos todos Beatriz”, estiveram na porta da Câmara questionando o espaço dado à defesa de Alisson e cobrando justiça.

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