A sessão dessa quinta-feira (8) tinha em pauta dois Projetos de Lei, um do Executivo e outro do Legislativo, mas o que chamou atenção do público presente foi a saída do presidente da Câmara de Vereadores, Osório Siqueira (PSB). O edil recebeu durante a sessão um ofício do prefeito Miguel Coelho para que assumisse a Prefeitura.

Os edis da atual legislatura aprovaram uma matéria do Executivo que tirava da Câmara de Vereadores a prerrogativa de autorizar as viagens do prefeito, nos casos de duração inferior a 15 dias. E conforme Osório informou no plenário, a viagem de Miguel será de 10 dias.

“O prefeito viajou hoje e a gente está sendo comunicado para assumir a prefeitura, também a vice-viajou e como diz a lei a cidade não pode ficar sem prefeito. Por lei não posso deixar de assumir o município, a cidade está sem prefeito desde uma hora atrás”, explicou Osório.

Oposição critica decisão e fala em constrangimento do Legislativo

A saída repentina de Osório repercutiu de forma negativa entre a oposição. Cristina Costa (PT) e Paulo Valgueiro (MDB) questionaram a notícia “de supetão” durante a sessão. “Como manda a Lei é preciso que o Poder Executivo notifique o Poder Legislativo, que notifique o presidente da Mesa e a Mesa Diretora. Podia ser Julio Lóssio, Odacy [Amorim], Miguel e quem for”, disse Cristina.

Valgueiro criticou as leis aprovadas pelos vereadores, consideradas “bobas”, a fim de evitar “fazer pixotada” e constranger o Legislativo durante as sessões. Ele pediu cuidado e zelo dos companheiros da situação e defendeu Cristina Costa: “é mulher e tem muito mais coragem que os machos dessa casa”, afirmou.

No entanto, o presidente da Câmara precisará viajar à Casa Nova (BA) nesse final de semana e sem ele, Miguel e Luska Portela, a gestão nesse final de semana deverá ficar a cargo do procurador do município. Gilberto Melo (PR) atuou como presidente em exercício até o final da sessão.