Paciente do Hospital Universitário denuncia suspensão de cirurgias eletivas; unidade de saúde culpabiliza superlotação

(Foto: Internet)

Um leitora, chamada Espedita Maria da Conceição Silva, moradora do bairro São Gonçalo, em Petrolina (PE), entrou em contato com a nossa produção, para denunciar a suspensão de cirurgias eletivas, realizadas no Hospital Universitário (HU).

Espedita é portadora de câncer na tireoide, e desde que descobriu a doença enfrentou diversos problemas na rede pública de saúde. Contudo, a notícia de que as cirurgias no HU estão suspensas é a mais preocupante no momento, já que o procedimento deve ser feito com urgência.

“Recentemente fui diagnosticada com câncer na tireoide e fui encaminhada para uma fila de urgência de cirurgia, mas ontem quando fui me informar como estava a fila da cirurgia, tive a terrível notícia que as cirurgias estavam suspensas por falta de anestesista”, contou a paciente.

Diante da denúncia, o Blog Waldiney Passos procurou o Hospital Universitário, para confirmar a veracidade da informação, bem como saber quais providências estão sendo tomadas no intuito de resolver a suspensão dos procedimentos cirúrgicos.

Em nota, o HU confirmou que Espedita está na lista de cirurgias eletivas do Hospital aguardando por uma tireoidectomia total. No entanto, a Unidade de Saúde afirma que não tem condições de realizar os procedimentos, tendo em vista a superlotação do Hospital.

“Infelizmente, a unidade não tem tido condições de efetuar os procedimentos eletivos com a velocidade desejada, pois, em razão do estado de superlotação, o hospital precisa priorizar os atendimentos de urgência e emergência, já que estes acarretam risco imediato de morte aos pacientes”, explica em nota.

“Devido, principalmente, ao grande número de vítimas de acidentes de trânsito, o HU tem operado muito acima da sua capacidade física e de pessoal. A taxa de ocupação, semana após semana, tem registrado percentuais acima de 170%. Para garantir a disponibilidade da estrutura do bloco cirúrgico para os atendimentos emergenciais, o hospital reduziu o número de cirurgias eletivas realizadas semanalmente”, diz um trecho da nota.

Ainda segundo a nota, “no momento, não é possível estipular uma data para a cirurgia da paciente, contudo, é importante ressaltar que a paciente poderá buscar a Secretaria de Saúde do seu município para articular outros fluxos para o seu tratamento, inclusive, via programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD).”

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