Paulo Câmara defende ‘enxugamento’ do governo em debate na Rádio Jornal

Geraldo Freire

Além de Paulo, participaram do debate Geraldo Freire (apresentador da Rádio Jornal), Laurindo Ferreira (diretor de redação do JC) e Franco Benites (repórter de política do JC) Foto: Renata Monteiro/ JC

Em debate realizado na manhã desta quarta-feira (20) na Rádio Jornal, o governador Paulo Câmara afirmou que o PSB, partido em que ocupa o cargo de vice-presidente, não pretende indicar nomes para ocupar ministérios no caso de um provável governo Temer. No programa, Paulo ainda tratou de temas como aumento para os servidores, novas eleições e refinanciamento da dívida do Estado.

“Entendo que a sociedade quer um governo mais enxuto, com menos cargos, funcionando melhor. O PSB tem essa convicção, que pode ajudar o ‘presidente’ Temer encaminhando propostas, aprovando no Congresso o que a gente entende que é fundamental, o que é importante para o Brasil sair da crise, mas sem ocupar cargos. Essa prática de negociar ministérios nos partidos tem que ser exaurido”, afirmou o governador.

Ainda tratando de temas nacionais, Paulo Câmara se colocou favorável à realização de novas eleições, no entanto, disse não acreditar que essa possibilidade vá se concretizar. “Em tese, ter novas eleições seria a melhor solução para o Brasil. Mas as possibilidades de um novo pleito são muito limitadas, ou pela renúncia da presidente e do vice ou pelo julgamento e condenação, por parte do TSE, da chapa que concorreu às eleições em 2014. São duas hipóteses que não estão hoje no centro das discussões, então temos qe trabalhar com o que a gente tem”, explicou.

Sobre possíveis aumentos de salário para os servidores do Estado, Paulo foi direto ao dizer que o cenário atual não é favorável para isso. “Quase 47% das nossas despesas são comprometidos com a folha de pagamento de Pernambuco. Fora isso, nós temos o pagamento da dívida, temos que fazer repasses aos poderes, temos repasses aos municípios, ou seja, o que sobra para a manutenção da máquina é muito pouco. Nós precisamos garantir esse pouco para o funcionamento das escolas, hospitais, delegacias, para manter os programas sociais, temos muito o que fazer. É o momento de se esperar, de ter prudência de ter serenidade porque o poder público tem poucas ferramentas para dimunuir despesas”.

O governador também afirmou ser de fundamental importância solicitar o recálculo das dívidas do Estado para ajudar Pernambuco a sair do vermelho. “Não se calcula nada no Brasil com juros simples, mas como outros Estados conseguiram é importante nós tentarmos”, comentou, lembrando que a decisão ainda está em análise pelo Superior Tribunal Federal (STF).

Com informações do NE10

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