Pernambuco é o 8º pior no ranking de estradas do Dnit

O levantamento leva em conta a ocorrência e a frequência de defeitos no pavimento. (Foto: Internet)

Após rodar por mais de 52 mil quilômetros de estradas pavimentadas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) concluiu que 67,5% das rodovias federais brasileiras estão em bom estado de conservação.

Em Pernambuco, no entanto, este número é de 59%. O Estado tem o oitavo pior Índice de Condição da Manutenção (ICM) do País, ficando atrás de estados como Tocantins, Roraima e Paraíba. O levantamento leva em conta a ocorrência e a frequência de defeitos no pavimento, além de critérios de conservação como a sinalização, a drenagem e altura da vegetação que beira as BRs.

É uma avaliação feita quilômetro a quilômetro, com a ajuda de satélites e aplicativos, que indicou condições ruins e péssimas em 15% das rodovias federais que cortam Pernambuco. Outros 26% da malha rodoviária foram considerados regulares no Estado.

“Consideramos deficientes as rodovias de avaliação péssima, ruim e regular. Então, o número de rodovias deficientes não é pequeno”, avaliou o professor de engenharia civil de estradas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Pina, dizendo que os números apresentados pelo Dnit não são muito diferentes da última pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), de novembro de 2016. No relatório, que também inclui rodovias estaduais, 52,9% das rodovias pernambucanas foram consideradas ótimas; 6,8%, boas; 33,1%, regulares; e 0,7%, péssima.

No Nordeste, a avaliação pernambucana só supera a de Alagoas e a de Sergipe no ranking do Dnit. Na Paraíba, por exemplo, 82% das BRs foram consideradas boas. A avaliação é a mesma na Bahia e ainda melhor no Piauí: 83%. “Pernambuco está praticamente empatado com Alagoas, Ceará e Sergipe, perdendo também para o Maranhão”, disse o presidente da Associação Nordestina de Logística (Anelog), Fernando Trigueiro.

Segundo Trigueiro, outros estados melhoraram a sua avaliação por meio de concessões rodoviárias à iniciativa privada, que ainda são tímidas em Pernambuco – no Estado, as concessões se limitam à Rota do Atlântico, em Suape, e à Rota dos Coqueiros, no Paiva. Ele disse ainda que, aqui, os principais problemas estão na BR-101 e na BR-232, que estão esburacadas no entorno do Recife e no caminho para Caruaru, respectivamente.

São problemas que tiram a paciência dos motoristas e também geram desperdícios à economia local, segundo Trigueiro. “Os caminhões demoram muito para passar por essas áreas devido às condições ruins da estrada. Isso aumenta o tempo, o preço do frete, o consumo de combustível e a depreciação do veículo. E o impacto vai para o custo final do produto”, alertou, concluindo que o custo chega ao bolso do consumidor.

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