Polícia Civil de Pernambuco abre inquérito para investigar casos de “agulhadas” durante carnaval

(Foto: TV Jornal/Reprodução)

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) instaurou inquérito policial para apurar a série de vítimas de “agulhadas” no Carnaval de Olinda e do Recife desse ano. O crime teria feito mais de 25 vítimas durante a folia momesca. Os casos começaram a ser registrado no Sábado de Zé Pereira.

Uma das vítimas é um policial recifense, de 27 anos, atingido por agulhadas em Olinda, onde pelo menos outros cinco casos também foram contabilizados. Ele foi atendido no Hospital Correia Picanço (HCP), na capital pernambucana, unidade referência para doenças infectocontagiosas.

“Fiz todo o procedimento que eles fazem no hospital – primeiro exames para ver se você já tem alguma doença e depois comecei a tomar o coquetel anti-aids. Vou ter que tomar por 28 dias uma medicação forte, que impõe uma série de restrições, como não consumir bebida alcoólica. Dali eu já fiquei morgado. Pedi às pessoas que postassem, compartilhassem a história. Minhas amigas que estavam comigo fizeram isso. Pra mim o Carnaval acabou”, disse.

Secretaria de Saúde acompanha casos

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que todos os os pacientes admitidos no HCP passaram pela profilaxia pós-exposição (PeP), tratamento padrão usado na prevenção da infecção pelo HIV, e foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento.

Inquérito

Segundo a Polícia Civil, as vítimas podem comparecer às delegacias para registar um Boletim de Ocorrência. “A Polícia Civil de Pernambuco já instaurou inquérito policial, com base nas informações da Secretaria Estadual de Saúde e no que fora divulgado pelos veículos de imprensa, para apurar suposto crime de expor a risco a vida de outrem por transmissão de moléstia grave, capitulado no artigo 131 do Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão, em regime fechado, de até 4 anos, não descartando a hipótese do cometimento de crimes ainda mais graves”, disse em nota.

Com informações do JC Online e Folha de Pernambuco

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