Potencial da palma hortaliça para consumo humano será debatido por pesquisadores da Embrapa Semiárido e México

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Há variedades apropriadas para o consumo dos animais e outras para o consumo humano./ Foto: internet

A Embrapa Semiárido e a Embaixada do México no Brasil vão promover nesta quarta-feira (20), em Petrolina, Sertão de Pernambuco,  o workshop “Uso da palma hortaliça – Nopal – na alimentação humana”.  O objetivo é apresentar a espécie como alternativa de consumo na dieta das pessoas que residem no semi-árido, onde o clima e a vegetação, são propícios para o cultivo desta planta.

O evento acontecerá no Hotel Quality e terá a presença da embaixadora da República do México, Beatriz Paredes, e de especialistas de instituições de pesquisa desse país da América do Norte.

A experiência brasileira de cultivo da espécie é voltada quase que exclusivamente para produção de forragem no abastecimento da criação pecuária nas áreas dependentes de chuva da região Nordeste do Brasil. Entre os mexicanos, além do emprego no alimento dos rebanhos, a planta costuma ter empregos mais diversos: restauração de solos, medicina, indústria de cosméticos e, também, na culinária.

De acordo com o pesquisador Carlos Gava, da Embrapa Semiárido e coordenador do evento, uma importante vantagem da palma, em geral, e do nopal, em particular, é a adaptação que possui em regiões com pouca disponibilidade de água e temperaturas extremas.

“As raízes captam a água da chuva e se acumulam nas folhas, e tanto o fruto como a raquete da planta são fontes de fibra, minerais e vitamina C. Alguns estudos realizados no México revelam que a palma possui propriedades antioxidantes, anticancerígenas, antiinflamatórias e antivirais”, diz.

Especificamente, a palma hortaliça ou Nopal tem grande potencial nutricional: é rica em vitaminas (A, C, K, B2 e B6) e grande fonte de minerais,  principalmente cálcio, potássio e magnésio.

Vários estudos apontam a espécie como planta muito versátil. Há variedades apropriadas para o consumo dos animais. Outras têm largo uso como hortaliças ou para a produção de frutos. Aquelas destinadas ao cultivo para colheita de frutos e de hortaliças têm sido usada como alimento humano no México e América Central desde antes do descobrimento, principalmente pelos Astecas.

Nesta terça (19), a comitiva da embaixada mexicana se reúne com o Chefe Geral, Pedro Carlos Gama da Silva, e a equipe na sede da Embrapa Semiárido, em troca de informações e conhecimentos técnico-científicos gerados nas instituições dos dois países, além de assistirem à palestra “Cultivo e uso da palma no Semiárido brasileiro” proferida pelo pesquisador Gherman Garcia Leal Araújo.

À tarde irão visitar áreas experimentais da Embrapa e a uma propriedade de agricultor familiar produtor de palma-forrageira.

Com inrformações de Marcelino Lourenço Ribeiro Neto/ Ascom Embrapa Semiárido

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