Povo Pankararu denuncia incêndio em escola e UBS; Polícia Civil descarta intolerância política

(Foto: Reprodução/Facebook)

O povo Pankararu, residente do município de Jatobá, Sertão de Pernambuco utilizou suas redes sociais para denunciar um ataque sofrido por eles na madrugada de segunda-feira (29). Segundo a publicação, uma escola e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) foram incendiados e os indígenas alegam motivação política para o ataque.

Os indígenas alegam que o crime é consequência do discurso de violência propagado pelo presidente eleito no domingo (28), Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, a Polícia Civil afirma que o crime está sendo investigado e pode ter havido a participação de posseiros que foram retirados do local.

“Não tem motivação política ou eleitoral nenhuma. Apesar de ser preliminar, a gente suspeita de ser uma consequência do procedimento de expulsão dos posseiros da comunidade indígena. O juiz determinou a reintegração de posse em favor dos indígenas e posseiros que moravam lá foram expulsos e não tiveram indenização por benfeitorias”, explicou o delegado Daniel Angeli.

Segundo o delegado, no local incendiado, foram encontrados recipientes contendo álcool e uma das janelas da UBS foi quebrada na ação. Equipes da perícia farão análise do local durante a manhã dessa terça-feira (30).

Indígenas e posseiros disputam na justiça o direito à terra por mais de 25 anos. Em junho deste ano, a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou provimento a um agravo de instrumento e determinou o cumprimento de decisão do Juízo da 38ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco (SJPE), na qual se estabeleceu a desocupação da Terra Indígena Pankararu, no prazo máximo de 90 dias, pelos ocupantes não índios.

No dia 13 de setembro, a Polícia Federal de Pernambuco (PF) com apoio de policiais militares, realizou a Operação Pankararu e desocupou 12 imóveis indígenas na região localizada entre Tacaratu, Jatobá e Petrolândia.

Com informações do JC Oline

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