Presídio de Caruaru tinha 1.542 presos acima da capacidade, diz sindicato

João Carvalho diz que superlotação atrapalha trabalho dos agentes penitenciários no presídio de Caruaru (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

João Carvalho diz que superlotação atrapalha trabalho dos agentes penitenciários no presídio de Caruaru (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária, João Carvalho, disse que o presídio Juiz Plácido de Souza em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, tinha 1.542 presos acima da capacidade. Detentos fizeram uma rebelião no sábado (23) e seis pessoas morreram, de acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização.

Carvalho, em entrevista à TV Asa Branca, afirmou que existiam 1.922 detentos na unidade, que tem capacidade para abrigar 380. “Tem seis ou sete [agentes penitenciários] quando era para ter 80”, explicou o presidente do sindicato. Ele detalhou que os agentes se sentem prejudicados “pelas condições mínimas de trabalhar em uma unidade com uma superpopulação carcerária”.

Segundo ele, além da superlotação, outro problema do presídio em Caruaru é a presença dos “chaveiros”. Ele explicou que os chaveiros (presos que cuidam de celas e ficam com as chaves de alguns setores) dificultam o trabalho dos agentes penitenciários.

“Se não tivessem os ‘chaveiros’ não teriam esses problemas de presos ganhando dinheiro em cima de outros presos. Eles [os chaveiros] têm o controle do tráfico e da prostiuição dentro do presídio, porque têm mais poder do que os outros”, afirmou João Carvalho.

O comandante do 4º Batalhão, tenente-coronel Roberto Galindo, disse que a Polícia Militar vai realizar rondas no presídio. “Apesar da situação de normalidade vamos manter esse reforço. Eles [os presos] entregaram alguns materiais, como paus, pedras e facões artesanais”, afirmou.

Fonte G1

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