Psicóloga do HDM/IMIP pontua cuidados com saúde mental da mulher e da criança

(Foto: Arquivo)

Neste “Janeiro Branco”, o Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina (PE) traz como foco a saúde mental de crianças, grávidas e puérperas. Para isso, a psicóloga Ralliny Soares pontua os principais pontos ligados a este público. “O período de gestação e puerpério é uma fase de grande incidência de transtornos psíquicos, sendo este um momento importante de acolhimento e promoção de cuidado em sua saúde mental. Dessa forma, visa-se prevenir adoecimentos futuros ligados a ansiedade e depressão pós-parto”, disse.

De acordo com a literatura, estudos mostram que as alterações psicológicas, nestes casos, dependem muito de fatores familiares, conjugais, sociais, culturais e da personalidade da gestante. Mas, a rede de apoio à sua volta é determinante para a promoção da sua saúde emocional.

“Muitas vezes a mulher sente que deixa de existir enquanto indivíduo. Então, o mais importante é lembrar que ela também deve ser cuidada, não só o bebê. Acredito que o acompanhamento profissional correto, amor e a paciência sejam a chave”, esclarece. Transtornos psicológicos não tratados na gravidez podem ser causa, inclusive, de baixo peso, prematuridade e reação maior da criança ao estresse.

Já com relação aos pequenos, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia ressalta que os principais problemas psicológicos podem estar ligados aos transtornos de aprendizagem, de conduta, de depressão, de desenvolvimento, do apego, da ansiedade, da socialização e até alimentares.

Segundo Ralliny, os pais devem ficar sempre atentos. “Tristeza, choro, mudança de comportamento, distúrbios físicos, adoecimento frequente, compulsão por comida, dificuldade de interagir socialmente, intolerância e agressividade, agitação, falta de concentração e dificuldade na aprendizagem; podem ser sinais de que as coisas não vão bem”, relata.

O “Janeiro Branco” proporciona uma reflexão maior sobre o tema, que muitas vezes é deixado de lado pelas famílias e a sociedade. “Muitas vezes, sozinhos, temos dificuldade de encarar o problema de frente”. Então, momentos como os proporcionados por essa campanha são muito importantes. A discussão sobre saúde mental em todos os públicos deve ser constante e viva”, finaliza a psicóloga.

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