Rede de Mulheres Negras de Petrolina apresenta demandas ao Ministério Público para combater a discriminação racial

(Foto: Divulgação)

No dia 21 de março de 1960, 20 mil negros foram mortos no Massacre Shaperville, na África do Sul. Na ocasião, o grupo protestava pacificamente contra a Lei do Passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles poderiam transitar.

As tropas do exército sul-africano abriram fogo contra os manifestantes, ferindo dezenas de pessoas. Nove anos após o massacre, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.

E nessa quarta-feira em Petrolina, ao Rede de Mulheres Negras da cidade realiza um ato em comemoração da data. Logo mais às 16h elas se reúnem no Ministério Público, onde irão apresentar uma carta com demandas do movimento.

“O evento trata-se de entregar uma carta ao MP visibilizando e pautando o Dia Internacional. As demandas apresentadas são bandeiras de luta do movimento negro”, afirma a representante da Rede em Petrolina, Viviane Costa Santos.

As demandas foram coletadas em reuniões e encontros da Rede de Mulheres Negras em Petrolina e se somam à pedidos do movimento a nível nacional. “Hoje é mais um dia que precisamos enfatizar, promover e pautar a luta do povo negro, de combater o racismo intrínseco na estrutura social e desconstruir preconceitos”, destaca Viviane.

Nessa data emblemática, a Faculdade Uninassau de Petrolina realiza às 19h a Feira da Cultura Negra, um momento de promoção do diálogo e valorização da cultura afro. E a Rede de Mulheres estará presente, participando de uma roda de conversa.

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