Representante do MST critica postura da Codevasf no tratamento aos assentados do Pontal

(Foto: MST/Divulgação)

Os assentados do Movimento dos Sem Terra que estavam ocupando o prédio do Incra até a quinta-feira (22), podem continuar as ocupações na próxima semana. A informação foi dada pelo representante do MST ontem, caso a Codevasf não apresente soluções definitivas em relação às famílias assentada no Projeto Pontal.

De acordo com o representante do MST, Florisvaldo Alves, a Codevasf Petrolina vem descumprindo o acordo entre as famílias dos acampamentos Dom Tomás e Democracia e está vem ameaçando os trabalhadores rurais. “A Codevasf continua amedrontando os trabalhadores de que vão utilizar do corte de água e de energia, nós vamos resistir porque nós temos legitimidade para ficar no pontal, nós estamos trabalhando e nós queremos respeitar a lei, mas também queremos que o direito dos trabalhadores esteja em primeiro lugar” afirmou Florisvaldo em entrevista à Rádio Jornal Petrolina.

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As famílias que moram no Pontal estão, segundo Florisvaldo, cadastradas na própria Codevasf e possuem direito para cultivar as terras. A instituição emitiu uma nota, lida no programa Revista da Tarde de ontem, afirmando que a desocupação do Pontal deve ser feita até o dia 28 desse mês e caso necessário, será utilizada a força policial na remoção das famílias.

Segundo o representante do MST, a terra para onde a Codevasf pretende remover as famílias não possui água ou energia e na visão de Florisvaldo “a Codevasf está tentando fazer é forçar um desfecho que não tem legitimidade alguma, as famílias jamais vão sair pra uma área que não tem condições de receber a gente”.

Codevasf

Nós contactamos a Codevasf Petrolina no final dessa tarde, para esclarecer as informações prestadas por Florisvaldo e também confirmar se a situação das famílias assentadas no Projeto Pontal está legitimada pela justiça. Fomos informados pela assessoria de comunicação que a instituição prestará as informações o mais breve possível.

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