Representantes dos taxistas e motoristas de aplicativos têm opiniões divergentes sobre Projeto de Lei

Rafael Ferreira e José Nildo analisam matéria proposta pelo Poder Exectivo (Foto: Blog Waldiney Passos)

Os vereadores de Petrolina continuam reunidos para analisar o Projeto de Lei n° 40/2018, proposta enviada pelo Poder Executivo para regulamentar o serviço de transporte de passageiros via aplicativos, como o Uber. A matéria não constava na Ordem do Dia, mas acabou entrando na sessão dessa terça-feira (28).

Enquanto os edis analisavam as 19 emendas do projeto, representantes dos taxistas e do Uber em Petrolina conversaram com a nossa equipe. Para Rafael Ferreira, que é motorista do Uber da forma como foi proposta, a matéria só vem a prejudicar esses profissionais.

“Se passar, da maneira que alguns outros planejaram e estão fazendo a redação, prejudica totalmente a categoria. É uma maneira que encontraram de acabar com o Uber na cidade. Estão criando vias para tornar o produto inviável na cidade”, disse Rafael.

Um dos pontos criticados pelo motorista do aplicativo é o ano do veículo, fato já determinado pelo próprio Uber e pela matéria de hoje, deveria ser de apenas cinco anos. Ainda segundo o motorista, nenhum ponto do PL beneficia a categoria e somente houve um avanço com as emendas apresentadas pelo vereador Ronaldo Silva (PSDB).

Taxistas acreditam na aprovação da matéria

Vice-presidente da Associação dos Taxistas de Petrolina (ASTAPE), José Nildo está otimista com a votação e crê na aprovação da matéria. Segundo ele, o maior interesse da categoria é o cumprimento da lei. “A alegação do órgão [AMMPLA] é que não podem punir aqueles motoristas clandestinos sem que tenha uma lei, para punir tem que ter uma regulamentação. Nosso interesse maior é que hajam as punições”, relatou.

Na opinião do taxista, o projeto será aprovado e alguns pontos apresentados nas emendas devem cair. “Acredito que as emendas, boa parte delas será tirada. Posteriormente nós podemos conversar com o prefeito e tentar colocar os pontos para que deixe bem amarrado para que a clandestinidade seja punida”, disse.

Fiscalização contra os clandestinos

Entre tantos pontos divergentes, a fiscalização contra os motoristas clandestinos é o tema responsável por unir taxitas e motoristas de Uber. Os dois representantes cobram do município essa fiscalização. “Nós que trabalhamos de forma correta precisamos de fiscalização. A partir do momento em que haja essa fiscalização, vai inibir esse tipo de atitude e a própria Uber ela pune o parceiro se ela tiver essa informação”, destacou Rafael Ferreira.

Apesar de ser favorável ao projeto, José Nildo fez uma crítica a falta de mecanismos de punição aos clandestinos. “No Projeto ele fala sobre a proibição de estar parando em ponto de táxi e estar pegando passageiro fora do aplicativo, só que fica uma falha porque não tem dizendo a penalidade”, analisou.

Um Comentário

Deixe um comentário para paulo Cancelar resposta