Salário base dos Assalariados Rurais do Vale do São Francisco será de R$ 1.041,16

Trabalhadores participaram de várias convenções até alcançar o salário base desejado. (Foto: ASCOM)

Após dez dias de intenso debate com a com a classe patronal, os Assalariados Rurais do Vale do São Francisco conseguiram avançar nas negociações, que se encerraram na última sexta-feira (15), e alcançar suas metas.

A negociação coletiva da hortifruticultura irrigada teve início no final do mês de janeiro, sendo discutidas a manutenção de cláusulas da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) 2019 e as novas reivindicações dos trabalhadores.

A partir deste ano, o salário base passa a ser R$ 1.041,16, com 4,43%, ou seja, 1% de ganho real. Além disso, foram conquistadas a proibição do trabalho das mulheres gestantes e lactantes em atividades insalubres e o direito ao mínimo de cinco consultas para a realização do pré-natal.

Algumas cláusulas da CCT, que estavam ameaçadas de serem retiradas, foram mantidas, a exemplo da homologação das rescisões de contrato de trabalho no Sindicato, a garantia de direitos da CCT para os trabalhadores terceirizados, a jornada de apenas seis horas, em dias de pagamento do salário, dentre outras.

Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina, Lucilene Santos, a conquista desses direitos foi importante para a classe. “Conseguimos manter toda a nossa Convenção Coletiva e trazer ganhos para as nossas companheiras gestantes, com a licença maternidade, que na pauta patronal seria excluída”, disse.

“Atualmente, a classe trabalhadora do país está sofrendo duramente com os efeitos da reforma trabalhista, que retirou muitos direitos. A nossa CCT é a única unificada em dois estados da Federação e beneficia cerca de 130 mil trabalhadores e trabalhadoras no Vale do São Francisco”, afirmou José Manuel dos Santos, presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados (STTA) de Juazeiro (BA).

Participaram da negociação coletiva da hortifruticultura irrigada, a comissão patronal BA/PE, os sindicatos de Pernambuco, das cidades  de Petrolina, Lagoa Grande, Belém do São Francisco, Inajá, Santa Maria da Boa Vista, e da Bahia, das cidades de Juazeiro, Abaré, Curaçá, Sobradinho, Casa Nova e Sento Sé, além do SINTAGRO, da CTB, da CONTAR, da FETAEPE, da FETAG-BA e da FETAR-BA.

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