Senhor do Bonfim: OAB critica ação da PM de “reprimir as manifestações culturais pacíficas”

(Foto: Ilustração)

Através de uma nota a Subseção da OAB de Senhor do Bonfim (BA) afirmou que tomará decisões a respeito da atuação da Polícia Militar durante o São João da cidade. Uma estudante acabou ferida após disparos efetuados pelos policiais durante o tradicional espetáculo da Guerra de Espadas.

Uma decisão da Justiça determinou a proibição da manifestação, mas mesmo assim os bonfinenses deram seguimento com o espetáculo que faz parte da tradição da cidade. “A OAB entende que o fatídico episódio gerou perdas não apenas para a quase centenária Guerra de Espadas, mas ao São João de Senhor do Bonfim em geral. Cenas de truculência, turistas aterrorizados, uma parte da economia gerada pelos festejos juninos atingida. Tudo isso trouxe malefícios e não a pretendida segurança para a população bonfinense”, afirma em nota.

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Ainda segundo a OAB, “o uso da força física estatal deve ser utilizada somente em último caso e para reprimir atos reais de violência e graves ameaças, e não reprimir as manifestações culturais pacíficas de um povo, que foi o caso”.

Confira a seguir a nota:

A Subseção da OAB de Senhor do Bonfim junto à Seccional do Estado da Bahia, através de sua Diretoria e comissões, em defesa da sociedade bonfinense, vem, através desta, informar que está tomando todas as decisões pertinentes junto ao Comando Geral da Polícia Militar e demais instituições, para apuração do lamentável episódio que, longe de proteger e dar segurança, causou danos físicos jamais ocorridos não só aos participantes do tradicional espetáculo da Guerra de Espadas de Senhor do Bonfim, bem como aos cidadãos que passavam pelo local, inclusive crianças.

A OAB entende que o fatídico episódio gerou perdas não apenas para a quase centenária Guerra de Espadas, mas ao São João de Senhor do Bonfim em geral. Cenas de truculência, turistas aterrorizados, uma parte da economia gerada pelos festejos juninos atingida. Tudo isso trouxe malefícios e não a pretendida segurança para a população bonfinense.

Por fim, a OAB lamenta profundamente o ocorrido no último dia 23 e entende que o uso da força física estatal deve ser utilizada somente em último caso e para reprimir atos reais de violência e graves ameaças, e não reprimir as manifestações culturais pacíficas de um povo, que foi o caso.

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