Dilma vai promover campanha na TV e nas escolas para combater o Aedes aegypti

DILMA FLORESTA

Após dar início a uma campanha de mobilizações contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite os vírus da dengue, chikungunya e Zika, a presidenta Dilma Rousseff fará um apelo nas próximas semanas a diferentes atores da sociedade civil no combate ao inseto. O objetivo é sensibilizar lideranças para que se envolvam no que a presidenta tem chamado de “guerra” para eliminar todos os focos do mosquito.

O governo está preocupado com o aumento do número de casos de microcefalia, malformação no cérebro de recém-nascidos, e que tem relação com o vírus Zika. Na última quarta-feira (27), foram confirmados o nascimento de 270 crianças com microcefalia no país, e a existência de mais de 3.400 casos suspeitos. Na última semana, teve ínicio um calendário de limpeza de órgãos públicos, que terão periodicamente o Dia da Faxina, para eliminar criadouros do mosquito. Além disso, 220 mil militares vão visitar casas e orientar moradores em 356 cidades no próximo dia 13.

O Palácio do Planalto acredita que a principal estratégia é conscientizar a população, e que se as pessoas não colaborarem, o trabalho do governo vai ficar ainda mais difícil. Apesar de a presidenta ter dito, nessa sexta-feira (29), que “não pode faltar dinheiro” e que “não haverá contingenciamento” de recursos para o combate “que é uma questão de saúde pública”, a avaliação interna é de que as verbas para a publicidade não são suficientes para passar a mensagem de combate ao mosquito, já que tem alcance limitado.

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Militares na guerra contra o Aedes Aegypti em Afrânio-PE

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Em guerra contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, o Governo Federal colocou o Exército em campo para combatê-lo em todo o país. No Sertão pernambucano, o município de Afrânio é o primeiro que está recebendo os militares. Uma de 18 soldado do 72° BIMtz chegou ao município para realizar a “Operação Águas Limpas”.

O Exército visitou as casas durante toda a semana, orientando a população sobre as medidas necessárias para eliminar os focos do mosquito. A tropa está Afrânio desde segunda-feira (25) e visitou mil residências até o momento.

Os militares do 72° BIMtz, sediado em Petrolina, receberam capacitação e desde dezembro de 2015 estavam realizando atividades de orientação da população. Os militares também atuam com a identificação e eliminação dos focos do mosquito.

Vírus zika deve contaminar 1,5 milhão de pessoas no Brasil

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou ontem que quatro milhões de pessoas nas Américas serão infectadas pelo vírus zika. Desse total, 1,5 milhão de casos devem se dar no Brasil. A expansão é considerada “explosiva” pela Organização, que realizou na manhã de ontem um encontro com os países-membros em Genebra, na Suíça, para discutir a epidemia.

A expansão das infecções no Brasil repercutem no exterior principalmente em função das Olimpíadas, que ocorrem em agosto, no Rio de Janeiro. O jornal norte-americano New York Times, publicou ontem em seu portal na internet que há risco de o zika se espalhar para o mundo a partir do evento, que deve trazer ao país até de 500 mil pessoas, segundo estimativa da Embratur.

Na próxima segunda-feira, um comitê de emergência da OMS se reúne para discutir a epidemia de zika. A OMS analisa se a epidemia do vírus se configura como emergência em saúde pública de importância internacional, como foi a do ebola no ano passado.

Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), desde o ano passado, 23 países e territórios americanos notificaram circulação autóctone do vírus — o Aedes aegypti só não está presente no Chile e no Canadá.

“O vírus irá para todos os lugares onde o mosquito está”, afirmou Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas. De acordo com a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, o perfil de risco do vírus passou de uma ameaça leve para uma de proporções alarmantes. Preocupam também a falta de imunidade da população ao zika, a falta de vacinas, de tratamentos específicos e de testes rápidos.

Com informações de Correio Braziliense

OMS convoca comitê de emergência para tratar do vírus Zika

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A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, anunciou hoje (28) a criação de um comitê de emergência para tratar do vírus Zika. O grupo deve se reunir na próxima segunda-feira (1º) em Genebra para tratar, entre outros assuntos, do aumento de casos de malformações em bebês e de doenças neurológicas possivelmente associado à infecção.

De acordo com a OMS, o comitê também deve definir se a epidemia do vírus Zika constitui emergência em saúde pública de importância internacional, como aconteceu na recente epidemia de ebola detectada na África Ocidental.

Durante sessão realizada em Genebra, Margaret Chan avaliou que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente e que o Zika, após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha agora de forma explosiva. Até o momento, segundo a diretora-geral, 23 países já reportaram casos da doença.

“O nível de alarme é extremamente alto”, disse, em discurso. “A chegada do vírus a algumas localidades foi associada a um grande aumento no nascimento de bebês com cabeças anormalmente pequenas e casos de Síndrome de Guillain-Barré [doença neurológica que provoca fraqueza muscular e paralisia em membros do corpo]”, completou.

Ainda de acordo com a diretora-geral da OMS, uma relação causal entre o vírus Zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas ainda precisa ser estabelecida, mas há uma suspeita muito forte.

Com informações da EBC / Agência Brasil.

Ministros se reúnem com fabricantes de repelentes contra Aedes aegypti

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Os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Casa Civil, Jaques Wagner, se reuniram nesta quarta-feira (27) com representantes de fabricantes de repelentes que ajudam a evitar picadas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Em novembro, o Ministério da Saúde relacionou o recente aumento dos casos de microcefalia no país ao vírus Zika.

Na segunda-feira (25), Castro informou que o governo federal vai distribuir gratuitamente repelentes a gestantes que participam do programa Bolsa Família e adiantou que iria se reunir nesta quarta-feira (27) com fabricantes de repelentes para estudar a viabilidade de fornecer o produto. Na ocasião, o ministro disse que o governo trabalha com o número médio de 400 mil gestantes em todo o país.

“Às demais pessoas, recomendamos que usem os repelentes. São produtos seguros, registrados e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as pessoas podem comprar em farmácias para usar”, afirmou Castro.

A microcefalia não é uma malformação nova e é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê. A condição pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

Ontem (26), em Quito, no Equador, a presidenta Dilma Rousseff disse que todos os líderes da América Latina estão preocupados com o vírus Zika. “Agora, no Brasil, eu queria dizer para vocês que nós vamos iniciar um verdadeiro combate ao vírus Zika. Então, vai ser um combate casa a casa, em que o governo vai colocar extremo empenho”, afirmou após reunião com o presidente do Equador, Rafael Correa.

A presidenta embarcou ontem para Quito, capital do Equador, onde participa hoje da quarta cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). (Agência Brasil)

OMS adverte que Zika deve se espalhar por todo o continente americano

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Segundo a OMS, a falta de imunidade natural nas Américas seria um dos fatores determinantes para a velocidade com que o vírus está se espalhando.

Em um comunicado oficial, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço continental da OMS, afirmou que a doença só não atingirá os países em que não há presença do Aedes aegypti – o Chile e o Canadá.

“A Opas prevê que o vírus zika continuará a avançar e provavelmente alcançará todos os países e territórios na região onde mosquitos Aedes são encontrados”, diz a organização.

Isso, porém, apenas se epidemiologistas não confirmarem a possibilidade de transmissão sexual do vírus: a Opas confirmou que o zika foi detectado em amostras de sêmen e diz haver o que chamou de pelo menos um possível caso de transmissão sexual – mas a entidade diz que ainda são necessárias mais evidências dessa forma de transmissão.

Os sintomas mais comuns da zika são febre e erupção cutânea ou urticária, muitas vezes acompanhados por conjuntivite, dores musculares ou nas articulações. O mal-estar começa entre dois e sete dias após a picada de um mosquito infectado.

Mas cerca de 80% das infecções pelo zika são assintomáticas, o que também dificulta o diagnóstico.

No Brasil, estão sendo investigados ao redor de 3,3 mil casos suspeitos de bebês que podem ter microcefalia associada à zika, segundo o mais recente boletim do Ministério da Saúde. Um total de 282 casos foram descartados e 230 foram confirmados até a segunda semana de janeiro. (BBC Brasil)

Rajada e Terras do Sul receberão mutirão de combate ao Aedes aegypti

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Os agentes de combate as endemias da Secretaria de Saúde de Petrolina estarão no distrito de Rajada, nesta sexta-feira (22) e sábado (23) no bairro Terras do Sul, a partir das 8h. A ação tem o objetivo de intensificar o combate ao mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da Zika, o Aedes aegypti, nos bairros onde há maior incidência.

“Além das ações de rotina desenvolvidas pelos agentes, estamos dispensando uma atenção especial nas áreas mais preocupantes, monitorando as residências que ficam fechadas durante a semana, fiscalizando esses imóveis, orientando a população e tratando os focos e criadouros encontrados”, pontuou a secretária de Saúde, Lucia Giesta.

Os agentes de combate as endemias irão visitar todos os bairros, especialmente, aqueles com maior presença de focos do Aedes, como os bairros Dom Avelar, São Jorge, Terras do Sul, João de Deus, Loteamento Bela Vista e Loteamento Nova Vida.

 

Estudo confirma que vírus Zika consegue ultrapassar placenta durante gestação

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Cientistas do Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz Paraná, confirmaram que o vírus Zika consegue ultrapassar a placenta durante a gestação. A infecção em mulheres grávidas é suspeita de provocar um aumento nos casos de microcefalia registrados no país.

A análise foi feita a partir de amostras de uma paciente na Região Nordeste que sofreu um aborto retido (quando o feto para de se desenvolver dentro do útero) na oitava semana de gravidez, após apresentar sintomas de infecção pelo vírus Zika.

De acordo com o instituto, amostras da placenta passaram por exames capazes de verificar uma infecção por vírus do mesmo gênero do Zika, como dengue, chikungunya e febre amarela. Os resultados foram positivos e confirmaram a presença de proteínas virais nas células placentárias.

Em seguida, amostras do tecido que apresentavam alterações morfológicas foram retiradas e utilizadas para análise por técnicas moleculares. O exame confirmou a infecção de células da placenta pelo Zika e também a transmissão placentária.

Uma das possibilidades levantadas por cientistas da Fiocruz é que o vírus pode estar usando a capacidade migratória dessas células para alcançar vasos fetais.

“Embora não possamos relacionar esses achados com os casos de microcefalia e outras alterações congênitas, esse resultado confirma de modo inequívoco a transmissão intrauterina do Zika vírus, além de contribuir na aquisição de conhecimento sobre sua biologia e interação com células do hospedeiro e auxiliar no delineamento de estratégias antivirais que visem a bloquear o processo de infecção e/ou transmissão”, explicou a virologista-chefe do Laboratório de Virologia Molecular do instituto, Cláudia Nunes Duarte dos Santos. (EBC)

Ministro da Saúde descarta distribuição de repelentes a todas as grávidas

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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, descartou nesta sexta-feira a distribuição de repelentes para todas as grávidas do país. A entrega foi anunciada em dezembro pelo governo, em uma tentativa de conter os casos de microcefalia associados ao vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

O ministério voltou atrás na estratégia, segundo o ministro, porque os laboratórios brasileiros não têm capacidade de suprir a demanda de repelentes para distribuição a todas as grávidas do país. Castro disse que agora serão definidos novos critérios para a distribuição, mas reconheceu que ministério ainda não sabe a quantidade exata de repelente que pode ser adquirida.

“O Exército Brasileiro nos passou a informação de que tinha um laboratório que produzia repelentes para os soldados e deu entender que teria capacidade de produzir isso para o Brasil. E qual foi a conclusão que nós chegamos? O Exército e todos os laboratórios do país que consultamos, de um a um, todos juntos, não estão preparados para produzir essa quantidade de repelente que nós precisamos de imediato”, explicou.

Antes da mudança de plano, a ideia do ministério era começar a distribuição de repelente até fevereiro, auge do verão, quando o Aedes aegypti atinge seu pico de proliferação. Além do vírus Zika, o mosquito também transmite dengue e febre chikungunya. (Agência Brasil)

Testes rápidos de Zika, dengue e chicungunha serão distribuídos em fevereiro

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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nesta sexta (15) que kits para testes rápidos de detecção do vírus Zika, da febre chicungunha e da dengue serão distribuídos para laboratórios de todo o país em fevereiro.

“Nós vamos, provavelmente, distribuir agora em fevereiro. Com esse kit, a pessoa vai tirar o sangue e vai saber imediatamente se está com dengue, chikungunya ou com Zika”, disse o ministro após visita ao Instituto Butantan, em São Paulo. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

O kit foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), uma das unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde. Castro não deu detalhes sobre quais laboratórios receberão o material.

“Vamos distribuir os testes que forem necessários para que esse diagnóstico seja feito. Não faltarão recursos no Ministério da Saúde para o combate à microcefalia”, ressaltou, em referência à malformação, que está relacionada à ocorrência do vírus Zika em grávidas. (JC Online)

Comunidades receberão visitas de agentes de saúde para combate ao mosquito da dengue no sábado

Caça dengue

Terá início neste sábado (16), a partir das 8h, no bairro Dom Avelar, o Mutirão de Combate ao Mosquito Aedes aegypti. A ação tem o objetivo de intensificar as ações controle do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da Zika, nos bairros onde sua circulação é maior.

A iniciativa visa também monitorar as residências que ficam fechadas durante a semana,  “A proposta é realizar a fiscalização dos imóveis que durante a semana estão fechados. Além de orientar a população sobre os riscos da circulação do mosquito Aedes em sua residência e tratar os focos e criadouros encontrados, vamos continuar com ações durante a semana e aos sábados para intensificar o trabalho nas áreas mais preocupantes”, destacou a secretária da saúde, Lucia Giesta.

Ainda segundo a gestora os agentes de combate a endemias irão visitar os bairros, São Jorge, Terras do Sul, João de Deus, Loteamento Bela Vista e Loteamento Nova Vida.

Dom Avelar receberá mutirão contra o Aedes neste sábado

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Neste sábado (16), a partir das 8h, acontecerá no bairro Dom Avelar, o Mutirão Combate ao Mosquito Aedes aegypti. A ação tem o objetivo de intensificar as ações controle do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da Zika, nos bairros há maior incidência .

De acordo com a secretária de saúde, Lúcia Giesta, a iniciativa visa também monitorar as residências que ficam fechadas durante a semana. “A proposta é realizar a fiscalização dos imóveis que durante a semana estão fechados. Além de orientar a população sobre os riscos da circulação do mosquito Aedes em sua residência e tratar os focos e criadouros encontrados, vamos continuar com ações durante a semana e aos sábados para intensificar o trabalho nas áreas mais preocupantes”, pontuou.

Os agentes de combate a endemias irão visitar todos os todos os bairros, especialmente, aqueles com maior presença de focos do Aedes, como os bairros Dom Avelar, São Jorge, Terras do Sul, João de Deus, Loteamento Bela Vista e Loteamento Nova Vida.

Estudo aponta possível relação entre Zika e outra má-formação

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Microcefalia talvez não seja a única consequência da infecção pelo zika vírus nos bebês durante a gestação. Um estudo publicado na revista Ultrasound in Obstetrics & Gynecology da diretora do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto Adriana Melo e de Ana Bispo, do Instituto Oswaldo Cruz, relata a ocorrência de dois casos em que, além de microcefalia, pacientes apresentavam outra má-formação rara, a artrogripose, uma doença que se caracteriza por graves deficiências nas articulações. “Em toda minha vida havia visto dois casos. Desde setembro, foram outros quatro. Vi que havia algo errado”, conta Adriana.
Dois dos casos se tratavam de bebês que morreram pouco depois de nascer. Outros dois são fetos. Todos tiveram diagnóstico de microcefalia. “Em dois casos já tivemos a confirmação da infecção por zika”, completou. A pesquisadora diz que ainda não é possível afirmar se a artrogripose é consequência da infecção por zika. “É cedo para atribuirmos causa e consequência. Mas o importante é que todos os profissionais fiquem alertas”, completou.
Adriana observou que, além de problemas nas articulações, há um caso, que está ainda em investigação, de problemas cardíacos. O professor da Universidade Federal de Pernambuco Carlos Brito afirma que no Estado também há relatos de casos de crianças com problemas na articulação, cujas mães tiveram, durante a gestação queixas de sintomas semelhantes aos de zika.
Tanto Adriana quanto Brito defendem uma mudança no tratamento da doença para “zika congênita”, em vez de microcefalia provocada por zika. “É o mesmo que ocorre com outras síndromes, como sífilis congênita”, disse o professor. “Talvez microcefalia seja o sintoma mais importante, mas não o único. A mudança da denominação ajudaria profissionais a ter isso em mente”, completou Brito. Adriana relata que a microcefalia em bebês cujas mães apresentaram zika durante a gestação tem características bem diferentes da microcefalia clássica. “Os casos são mais graves.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

MPE recomenda ações de combate ao Aedes a 15 municípios pernambucanos

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O Ministério Público de Pernambuco recomendou ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti a prefeitos e secretários de Saúde de 15 municípios de Pernambuco.

Dentre as recomendações, há a abstenção de reduzir a oferta de serviços de saúde de qualquer natureza, em especial das ações de controle ao vetor e manejo clínicio de dengue, zika e chikungunya.

As cidades são: Águas Belas, Caruaru, Itacuruba, Lagoa do Ouro, Olinda, Ribeirão, Vicência, Lajedo, Cabo de Santo Agostinho, Carpina, Lagoa do Carro, Camocim de São Félix, Camaragibe, Palmares e Tupanatinga.

Promotores de Justiça instauraram, também, inquéritos civis a fim de apurar ações implementadas pelos municípios.

Outra recomendação é executar, de maneira integral, o Plano Municipal de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes Aegypti. Os responsáveis pela saúde dos municípios devem atuar de acordo com as orientações constantes do Plano de Contingência Nacional para Epidemias da Dengue vigente, elaborado pelo Ministério da Saúde.

De acordo com publicação do site do MPPE, o município que não possuir Plano Municipal de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti deve adotar de imediato medidas emergenciais determinadas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde. (Diário de Pernambuco)

Primeira grande epidemia de Zika no mundo acontece no Brasil, diz infectologista

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Um dos mais respeitados infectologistas do país, o professor e ex-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenador de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos, acredita que o país vive atualmente a maior epidemia já registrada no mundo por vírus Zika.

Em entrevista ao programa Espaço Público, na TV Brasil, o especialista defendeu o combate sistemático ao mosquito Aedes aegypti, transmissor não apenas do vírus Zika, mas também da dengue e da febre chikungunya. Para ele, as prefeituras brasileiras erraram ao não manterem um grupo técnico permanente de controle do vetor.

Boulos lembrou que a infecção por Zika, até então, era considerada uma doença mais branda que a própria dengue, já que causa febre baixa, manchas pelo corpo que desaparecem em dois ou três dias e quadros clínicos menos graves, que dificilmente levam à morte. Foi a correlação da doença com casos de microcefalia em bebês que levantou a bandeira vermelha.

O infectologista destacou que, em todos os locais onde foi registrado surto do vírus Zika, como na Polinésia Francesa e em algumas pequenas cidades da África, o cenário não se repetiu posteriormente. “Se isso acontecer, até que não vai ser tão ruim assim. Vamos passar por um momento epidêmico importante e, depois, é provável que exista uma calmaria.”

“Precisamos conhecer melhor o Zika para saber no que ele pode se transformar. Estamos assustados com os para-efeitos, as coisas que estão acontecendo por causa do Zika”, disse. “É preocupante as pessoas quererem engravidar sabendo que, se houver Zika, podem, eventualmente, ter uma criança com problemas e isso vai atrapalhar a vida e o desenvolvimento dessa família.”

Um novo balanço divulgado ontem (12) pelo Ministério da Saúde revela que 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos foram notificados no país entre 22 de outubro de 2015 e 9 de janeiro. O boletim também traz a confirmação de que a morte de dois recém-nascidos e dois abortos de bebês com a malformação no Rio Grande do Norte foram em decorrência da doença.

As notificações da malformação estão distribuídas em 724 municípios de 21 unidades da federação. O estado de Pernambuco, primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

O Ministério da Saúde só tem divulgado o número de casos em que há suspeita de que o recém-nascido tem microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os bebês têm o quadro confirmado ou descartado depois que passam por exames neurológicos e de imagem, como a ultrassonografia transfontanela e a tomografia.

O governo investiga ainda se a morte de outros 46 bebês com microcefalia na região Nordeste também tem relação com o Zika. O vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo ministério em maio do ano passado. (Por: EBC)

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