Forças de segurança encontram três túneis em Alcaçuz

(Foto: Internet)

Os três túneis encontrados ontem (22) e hoje (23) de manhã em Alcaçuz, Rio Grande do Norte, já foram fechados pela equipe do presídio. De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), não há registro oficial de fugas, mas, como os presos estão livres no interior da unidade, só é possível ter a certeza com a recontagem da população carcerária.

Os túneis foram encontrados por agentes penitenciários e pela Força Nacional e Polícia Militar (PM) em uma ronda externa. De acordo com a assessoria de comunicação da Sejuc, todos estavam tampados com terra pelo lado de fora. Com a chuva de ontem na região, o solo cedeu e exibiu os buracos.

Dois deles partiam da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, controlado pelo Sindicato do Crime do RN, e foram fechados ontem mesmo. O terceiro túnel saía da área administrativa do Presídio Rogério Coutinho Madruga, chamado de Pavilhão 5, já que também fica em Alcaçuz. É o lado em que o Primeiro Comando da Capital (PCC) exerce o controle.

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Tamanho e quantidade de fossas dificultam busca por corpos em Alcaçuz

Na primeira operação depois do massacre, 15 corpos foram resgatados sem cabeça e duas cabeças sem corpo. (Foto: Internet)

A busca por mais corpos na penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísea Floresta, Rio Grande do Norte, esbarra em um obstáculo invisível às câmeras da imprensa que, desde o massacre de 26 presos na semana passada, vigiam diariamente a unidade.

São as 40 fossas de 18 metros cúbicos espalhadas pela área do presídio. Até mesmo procurar pelas cabeças de 13 corpos decapitados já retirados do local é uma tarefa difícil e, segundo o diretor-geral do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), Marcos Brandão, é provável que algumas nunca sejam encontradas.

Na primeira operação depois do massacre, 15 corpos foram resgatados sem cabeça e duas cabeças sem corpo. Identificadas as combinações entre as partes, restaram 13 mortos a serem completados. No sábado (21), o ITEP recolheu mais duas – uma delas incompleta – e um fragmento de crânio já em estado avançado de decomposição.

O material será analisado para saber se correspondem a algum dos cadáveres já recolhidos ou se seriam de mortos ainda não contabilizados. Com o resultado positivo restariam ainda 11 cabeças a serem encontradas. Facções rivais disputam o controle do presídio.

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Presídio do RN ainda está sob controle de detentos e muro deve ser construído hoje

(Foto: Andressa Anholete/AFP)

O sétimo dia de confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, continuou com o interior do prédio sob o controle dos detentos, apesar de não ter havido novos confrontos como os que foram vistos quinta-feira (19) e transmitidos ao vivo pela televisão em todo o país. Três feridos foram retirados por cima dos muros da prisão e 11 detentos foram transferidos por ter direito à progressão da pena para o semiaberto.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do estado, pelo menos 20 presos já foram retirados de Alcaçuz desde ontem. A maioria foi resgatada na madrugada de hoje, segundo a pasta. Foi solicitado que o hospital para onde todos foram transferidos seja mantido em sigilo para evitar tentativas de resgate. O estado de saúde do internos também não foi divulgado.

Outros três homens foram retirados nesta tarde por meio de macas içadas pelo Corpo de Bombeiros. O trabalho foi feito com a ajuda de cordas para ultrapassar os altos muros da unidade, já que as forças policiais estaduais têm acesso livre somente à parte de fora.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Caio César Marques Bezerra, declarou à imprensa nesta noite que a guarda do presídio “está no perímetro externo e nas guaritas”. “O choque e o Bope entraram ontem para definir uma área de não confrontação e estamos mantendo esses limites”, informou. “Temos as guaritas para fazer a proteção e o patrulhamento externo”.

Com informações do EBC

Presos voltam a se rebelar no Rio Grande do Norte

(Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte)

Nesta terça-feira (17) presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, voltaram a se rebelar. A informação foi confirmada pelo Comando da Guarda da unidade prisional.

Os presos dos pavilhões 1, 2, 3 e 4 montaram uma barricada no final da manhã de frente ao pavilhão 5. Pelo outro lado, os detentos do pavilhão 5 também fizeram a mesma coisa. As barricadas são feitas com portas e outros objetos que foram arrancados de dentro dos pavilhões. Às 14h o “caveirão” e viaturas da Tropa de Choque chegaram ao presídio.

A PM tenta conter a situação com bombas de efeito moral e tiros de arma não letal. “A situação é muito tensa”, disse o major Wellington Camilo, do Comando da Guarda Penitenciária.

Há gritaria e os presos do Sindicato do Crime e do PCC montaram barricadas. Viaturas da Força Nacional e da Polícia Militar fazem o patrulhamento dos arredores do presídio para tentar impedir fugas.

Por volta das 11h55 foram ouvidos muito tiros dentro da unidade. Ainda não se sabe se foram tiros com munição não letal. Às 12h40 os presos levaram outros quatro detentos, provavelmente feridos, com carrinhos de mão para a área administrativa do presídio.

Às 14h25 uma ambulância levou presos para serem atendidos no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. De acordo com o assessor de comunicação do Walfredo, apenas um detento deu entrada no hospital, com um tiro na mão.

Com informações do G1