Nível da barragem de Sobradinho pode atingir 40% em abril

Com aumento da vazão, nível do rio subiu em vários pontos de Juazeiro e Petrolina (Foto: Reprodução)

Nos três primeiros meses de 2018 a chuva registrada em Juazeiro, Petrolina e região contribuiu para a recuperação do nível da barragem de Sobradinho. Segundo dados apresentados pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o reservatório pode alcançar 40% ainda nesse mês.

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Há um ano esse nível era uma realidade distante, já que Sobradinho alcançou o seu nível mais baixo, de 2%. Até a quarta-feira (25), o volume útil da barragem era de 37, 91%. A afluência (entrada) era de 1150 m³/s e a defluência (saída) ficou em 1198 m³/s. No início da semana a Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou a Chesf a aumentar o volume da vazão.

Segundo dados coletados pelo Laboratório de Meteorologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro a chuva acumulada no ano foi, até o momento, de 185,1 mm e em Petrolina, 194,1mm. Essa precipitação, somada às chuvas na Serra da Canastra (MG), na nascente do rio São Francisco contribuem para a recuperação do reservatório de Sobradinho.

Um terço da região Nordeste enfrenta seca máxima

(Foto: Reprodução)

A Agência Nacional das Águas (ANA) divulgou o balanço feito pelo Monitor das Secas de 2017. O ano passado foi o sétimo seguido com estiagem no Nordeste, para agravar a situação, um terço do território está no seu grau mais elevado de seca.

Os efeitos da seca afetam diretamente o nível das barragens na região. Um dos sistemas de monitoramento utilizado pela ANA apontou que os níveis de açudes e barragens estão com apenas 11,4% do seu potencial, sendo o menor índice já registrado.

Em dezembro passado 33,6% do território nordestino apresentava seca no nível 4 (o mais alto) e em todo 2017, o Nordeste registrou nível 3 na escala de seca extrema. Ainda segundo a ANA, 62% dos reservatórios estão com índice abaixo de 10% e muitas reservas já estão secando, como no Rio Grande do Norte.

Medida da ANA busca preservar o pouco de água que resta no Rio São Francisco

(Foto: Arquivo)

A partir do dia 28 de julho, as novas regras da Agência Nacional de Águas (ANA) entram em vigor para preservar o Rio São Francisco. As indústrias e mineradoras que captam água acima de 13 horas por dia, conforme a outorga de direito de uso, deverão reduzir em 14% o volume mensal captado. Já para as que captam até 13 horas por dia, as captações ficarão suspensas às quartas-feiras.

De acordo com o presidente do Conselho Temático do Meio Ambiente da Federação as Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Anísio Coêlho, o pleito foi atendido, mas de forma parcial.

“O setor tem consciência da importância de preservação. O caminho é racionalizar e não suspender”, analisou, observando que algumas empresas vão ficar sem água em período estratégico para a produção.

Gerente executivo da Associação dos Produtores Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), Tássio Lustoza, a preocupação é com a qualidade da fruta com a chegada do Verão. “Haverá uma necessidade maior de água e não teremos”, lamentou. Porém, acredita, a suspensão pode postergar um estado de seca mais severa aos produtores locais.

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Aprovada indicação de Ricardo de Andrade para diretor da Agência Nacional de Águas

Engenheiro Ricardo Medeiros de Andrade tem nome aprovado para a direção da Agência Nacional de Águas (ANA)

O Plenário aprovou nesta nesta terça-feira (27) a indicação do engenheiro Ricardo Medeiros de Andrade para a direção da Agência Nacional de Águas (ANA). Medeiros vai assumir a vaga decorrente do final do mandato de Paulo Lopes Varella Neto.

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ricardo Medeiros de Andrade é atualmente superintendente de Implementação de Programas e Projetos da Agência, cargo que assumiu em 2009. O engenheiro teve uma passagem anterior pela ANA, de 2003 a 2005, quando, entre outras funções, foi gerente de uma das unidades do Programa de Desenvolvimento de Recursos Hídricos para o Semiárido Brasileiro (Proágua Semiárido).

O senador Garibaldi Alves Filho (RN) assegurou aos colegas que poderiam votar “com tranquilidade” em Ricardo Andrade, que foi secretário de Recursos Hídricos do governo do Rio Grande do Norte, quando Garibaldi era governador.

Fórum Mundial

Desde novembro de 2016, Andrade é diretor executivo do 8º Fórum Mundial da Água, previsto para ocorrer em Brasília em março de 2018. A missão foi lembrada pelos senadores durante a sabatina do engenheiro na Comissão de Meio Ambiente (CMA), no último dia 21.

Na sabatina, ele destacou a relevância do fórum, que reunirá durante uma semana os maiores especialistas, gestores e ativistas do setor em todo o planeta. E disse acreditar que o fórum pode produzir na sociedade brasileira uma inflexão comparável à da Rio-92 no que se refere à conscientização sobre as causas ambientais como um todo.

“O fórum é o ambiente mais propício para engajar os mais diversos segmentos em políticas públicas”, afirmou, lembrando que para esta 8ª edição é prevista a presença de mais de 30 mil participantes.

Para Andrade, o fato de o Brasil sediar o fórum torna-se ainda mais relevante neste momento, em que crises hídricas atingem diversas regiões, incluindo a própria capital que sediará o evento.

Bacia do rio São Francisco pode enfrentar racionamento de água

(Foto: Arquivo)

A Casa Civil está conduzindo a elaboração de um decreto que estabelece as condições para que a Agência Nacional de Águas (ANA) declare racionamento no Rio São Francisco, caso seja necessário. Se este cenário se configurar, o reflexo na tarifa do consumidor será por meio de reajustes nas bandeiras tarifárias.

Apesar de o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informar que a publicação do documento não significa restrição imediata para o uso dessa água, o decreto abre caminho, cria condições e requisitos para a distribuição controlada de recursos.

“O decreto poderá levar a ANA a estabelecer uma vazão máxima para assegurar as condições do fluxo do rio, visto que as condições hídricas na região não têm sido boas”. O valor dessa vazão máxima ainda está em discussão. Podemos falar sobre o impacto para o setor elétrico. Hoje, apesar da vazão estar em 700 m³/s – e não em 1.300 m³/s, que é a condição normal -, o setor elétrico tem a prerrogativa de modular, ou seja, aumentar a vazão, se necessário. Na hora em que for estabelecida uma vazão máxima, perde-se a flexibilidade”, disse o ONS.

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Chesf pede para reduzir vazão da água em Sobradinho

(Imagem: internet)

A Companhia Hidro Elétrica do Rio São Francisco (Chesf), pediu à Agência Nacional de Águas (ANA) uma nova redução, desta vez para 650 m³/s. A medida foi debatida nesta segunda-feira (20), em reunião com a ANA, o Ibama e quatro estados que integram a Bacia do São Francisco.

O diretor de operações da Chesf, João Henrique Franklin, informou que a medida é necessária porque o maior reservatório para geração de energia da região Nordeste está em níveis baixos. Atualmente, ele opera com apenas 15% da capacidade total, devido às implicações causadas pelas secas e outras questões que comprometeram a reserva hídrica do Velho Chico.

A vazão de Sobradinho vem sendo reduzida gradualmente desde 2013. Na época, uma resolução da ANA autorizou a redução da vazão de Sobradinho de 1,3 mil m³/s para 1,1 mil m³/s. Em abril de 2015, foram mantidos os 1,1 mil m³/s, com permissão de redução para 1mil m³/s nos períodos de carga leve, ou seja, nos dias úteis e sábados de 0h às 7h e durante todo o dia aos domingos e feriados. No mesmo ano, outra resolução reduziu o patamar para 900m³/s. No ano passado, uma nova redução estabeleceu o patamar 800m³/s. O patamar atual de 700m³/s, foi estabelecido com a Resolução ANA nº 1.283/2016.

Com informações do FolhaPE

Alunos da rede municipal de ensino de Petrolina se submeteram a prova de Avaliação Nacional de Alfabetização

(Foto: ASCOM)

A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) produz indicadores que contribuam para o processo de alfabetização nas escolas públicas brasileiras. (Foto: ASCOM)

Com a finalidade de avaliar o nível de alfabetização dos educandos do 3º ano do ensino fundamental, estudantes da rede municipal de ensino de Petrolina (PE) foram submetidos à prova de Avaliação Nacional da Alfabetização.

O exame busca ainda produzir indicadores sobre as condições de oferta de ensino e concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e redução das desigualdades, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional.

Avaliação Nacional da Alfabetização

A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) produz indicadores que contribuam para o processo de alfabetização nas escolas públicas brasileiras. A secretaria adjunta de Educação, em Petrolina, Lindamária Amorim explica que além  aplicação do teste de desempenho ao estudante, a Seduc também  desenvolve uma análise das condições de escolaridade que esse estudante teve, ou não, para desenvolver esses saberes.

“A estrutura dessa avaliação envolve o uso de instrumentos variados, cujos objetivos são: aferir o nível de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e alfabetização em Matemática das crianças regularmente matriculadas no 3º ano do ensino fundamental, explica Lindamária.

ANA autoriza nova redução de vazão de barragens no Rio São Francisco

(Imagem: internet)

A vazão mínima padrão dos reservatórios de Sobradinho e Xingó, em situação de normalidade, é de 1,3 mil m³/s, mas esse volume já foi reduzido várias vezes por causa da falta de chuvas (Imagem: internet)

A Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou a redução da vazão mínima das barragens de Sobradinho (BA) e Xingó (AL/SE), no Rio São Francisco, para 700 metros cúbicos por segundo (m³/s). O limite, que valerá até o dia 31 de janeiro de 2017, é o menor já adotado para os dois reservatórios, mas a agência poderá suspender a decisão caso haja recomendações técnicas. A resolução da ANA autorizando a redução foi publicada hoje (1º) no Diário Oficial da União.

A redução do volume de água que sai dos reservatórios para o rio foi solicitada pelo setor elétrico para não prejudicar a geração de energia na região. Atualmente, o reservatório da Hidrelétrica de Sobradinho está com 7,52% de sua capacidade total de armazenamento. No entanto, a limitação da vazão pode prejudicar a captação de água para a população, além de ter outras consequências para a irrigação e a navegabilidade do São Francisco.

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Impasse adia decisão sobre redução da vazão do Rio São Francisco

0-barragemsobradinhoA decisão sobre a redução da vazão mínima da Bacia do Rio São Francisco foi adiada para próxima segunda-feira (24) depois que uma reunião sobre o assunto terminou sem acordo hoje (17), na Agência Nacional de Águas (ANA). A redução da defluência mínima foi solicitada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) por causa da queda na geração de energia. Atualmente, o patamar mínimo autorizado nos reservatórios de Sobradinho, na Bahia, e Xingó, em Alagoas/Sergipe, é de 800 metros cúbicos por segundo (m³/s).

Segundo resolução da ANA, o patamar atual pode ser revisto para até o limite de 700m³/s, a partir da análise de autorização especial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e de Nota Técnica da Agência. O documento do instituto autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) a reduzir a vazão mínima defluente para 750m³/s numa primeira fase de redução e para 700m³/s mediante a análise dos impactos da redução pelo Ibama. A medida, entretanto, prevê condicionantes que foram questionadas pela Chesf.

A empresa de energia relacionou quatro estudos que atestam não ser de sua responsabilidade assumir os custos sobre lagoas marginais; sobre a área socioeconômica; sobre monitoramento da fauna; e sobre monitoramento da água subterrânea. Segundo o Ibama, o item relativo às atividades socioeconômicas já foi retirado da lista de condicionantes e o mapeamento das lagoas marginais foi alterado. A próxima reunião deve solucionar o impasse entre as partes.

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Sobradinho: Agência Nacional de Águas autoriza redução de vazão

A redução do reservatório será de 1.300 m³/s para 800 m³/s até o dia 31 de outubro./ Foto: arquivo

A redução do reservatório será de 1.300 m³/s para 800 m³/s até o dia 31 de outubro./ Foto: arquivo

A Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou a redução mínima instantânea nos reservatórios de Sobradinho, na Bahia, e de Xingó, na divisa entre Alagoas e Sergipe. A informação foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (29).

Segundo a publicação, a decisão foi tomada levando em consideração a importância dos reservatórios localizados no Rio São Francisco para a produção de energia do Sistema Norte e para o atendimento dos usos múltiplos da bacia do rio.

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Diretor do SAAE participa de audiência pública na Câmara de Juazeiro (BA)

O objetivo foi encontrar soluções para a operação e o futuro do sistema de abastecimento de água oferecido aos produtores pela adutora Mineração Caraíba Metais/Foto: Assessoria O objetivo foi encontrar soluções para a operação e o futuro do sistema de abastecimento de água oferecido aos produtores pela adutora Mineração Caraíba Metais/Foto: Assessoria

O diretor-presidente do SAAE, Joaquim Neto, participou de uma audiência pública nesta quarta (18), sobre o aumento da tarifa de água da adutora da Mineração Caraíba Metais. O objetivo foi encontrar soluções para a operação e o futuro do sistema de abastecimento de água oferecido aos produtores pela adutora Mineração Caraíba Metais.

Para o deputado estadual Crisóstomo Lima (Zó), que propôs a audiência, a situação é crítica e este é um problema de toda a sociedade, não apenas dos produtores. “Vamos à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e à Agência Nacional das Águas (ANA) para discutir o valor da tarifa de energia e da água. O valor é muito acima do que os produtores podem pagar”, avaliou o deputado.

 “O que se pretende é garantir agilidade neste processo que pode prejudicar os produtores da nossa região. Vale ressaltar que a referida adutora beneficia, atualmente, os municípios de Juazeiro, Jaguarari, Uauá, Andorinha, Curaçá e Monte Santo, e é preciso discutir e resolver o problema o mais rápido possível porque os produtores já vão passar a pagar no próximo mês”, falou o vereador e membro da comissão de agricultura da Câmara de Juazeiro, Agnaldo Meira.

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Monitor de Secas será lançado nesta terça-feira e vai acompanhar agravamento das Secas no Nordeste

Monitor de Secas 1

O Monitor de Secas é um instrumento de monitoramento que mostra a magnitude da seca no Nordeste e seus impactos, cujo principal produto é um mapa mensal que acompanha a situação da seca, disponibilizando as informações de forma ilustrativa, depois de validadas por técnicos locais que vivenciam a seca em seu cotidiano.

De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) o mapa leva em consideração dados de monitoramento e os impactos concretos no abastecimento, agricultura e pecuária, dentre outras áreas, para apresentar o retrato mais recente e fiel possível da seca de maneira periódica.

Trata-se de uma ferramenta importante, que estará disponível nas páginas das instituições parceiras, para dar apoio aos tomadores de decisão do setor público e privado, contribuindo para a melhor gestão de secas e para o planejamento coordenado e proativo de ações de preparação e de resposta.

E no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Água, nesta terça-feira (22), a Agência Nacional de Águas, Ministério da Integração Nacional, Instituto Nacional de Meteorologia e governos do Nordeste lançam o Monitor de Secas do Nordeste do Brasil.

Nova avaliação dos impactos da vazão do Rio da Integração Nacional será feita pela ANA

Rio Sao Francisco 1

A crise hídrica que atinge duramente a bacia hidrográfica do rio São Francisco será tema de nova reunião na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), no dia 18 de janeiro (segunda-feira), em Brasília (DF). A discussão será em torno dos reservatórios de Sobradinho (BA) e Três Marias (MG). O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, acompanhará a reunião por videoconferência, na secretaria do colegiado, em Maceió.

A pauta principal da reunião será a avaliação dos impactos provenientes das restrições de vazão do Velho Chico. A prática se tornou recorrente desde 2013, quando a vazão do rio foi reduzida de forma paulatina, de 1.300 metros cúbicos por segundo (m³/s) para o nível atual, de 850 m³/s.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, tem externado constantemente a posição crítica do colegiado com relação à medida. Miranda tem apresentado, inclusive, propostas com vistas a evitar as restrições de vazão e defendido firmemente a adoção de novas matrizes energética para o país, a exemplo da eólica e da biomassa.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) é um órgão colegiado, integrado pelo poder público, sociedade civil e empresas usuárias de água, que tem por finalidade realizar a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos da bacia, na perspectiva de proteger os seus mananciais e contribuir para o seu desenvolvimento sustentável. A diversidade de representações e interesses torna o CBHSF uma das mais importantes experiências de gestão colegiada envolvendo Estado e sociedade no Brasil. (Fonte:blog do Nill)

Comissões avaliam 15 anos da Agência Nacional de Águas

presidente da ana

As Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) promovem terça-feira (8), às 09h30, audiência pública conjunta para avaliar os 15 anos da Agência Nacional de Águas (ANA) e a Política de Recursos Hídricos no Brasil.

Os senadores também querem que o presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo, preste contas do trabalho da agência neste ano e faça uma avaliação das políticas públicas ligadas à pasta. A prestação de contas anual das agências reguladores está prevista no Regimento Interno do Senado Federal.

Medidas para enfrentar a crise de abastecimento de água em diversas cidades do país, frente ao aumento de demanda e queda no nível dos reservatórios, estarão entre as ações da agência que serão analisadas no debate. Na última quinta-feira (3) o Plenário do Senado realizou uma sessão temática para tratar do problema da crise hídrica no país.

Além de Vicente Guillo, foram convidados para o debate os diretores da ANA Paulo Varella Neto, de Gestão; Ney Maranhão, de Hidrologia; Gisela Damm Dorattini, de Planejamento; e João Gilberto Lotufo Conejo, de Regulação.

A audiência pública foi proposta pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e será realizada na sala 6 da Ala Nilo Coelho, no Senado. (Agência Senado)

Nordeste vive pior seca dos últimos quatro anos, diz ANA

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O Nordeste brasileiro tem vivido a pior seca dos últimos quatro anos, é o que diz o diagnóstico da Agência Nacional das Águas (ANA). Revelado na última quinta-feira (3) pelo diretor da ANA, Paulo Varella, um dos participantes de sessão temática do Senado sobre a crise e escassez de água no país, essa região do país, passa por uma grave crise hídrica.

“A situação das sedes urbanas tem se complicado. Muitas cidades estão desabastecidas. Caicó [RN] passou quase um mês sem água. É a pior condição de chuvas somada em quatro anos. Estamos em verdadeiro estado de guerra e temos que nos unir para ver a solução que podemos adotar — reconheceu Varella.

A estiagem tem sido mais intensa no Nordeste, mas o assessor especial do Ministério da Integração Nacional, Irani Braga Ramos, observou que o problema se alastra por outras regiões. Parte dessa conta está, segundo comentou, no consumo descontrolado.

“Há um déficit hídrico natural incompatível com o tamanho das populações. A partir dos anos 80, temos tido uma sequência de secas muito graves e os cenários são de agravamento (da estiagem) no futuro” adiantou Braga.

Na presidência da sessão, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) cobrou dos representantes do governo federal respostas urgentes para enfrentar os quatro anos de seca no Nordeste e o risco de colapso dos grandes mananciais, frente à possibilidade de continuidade da estiagem.

“O que vamos fazer se não chover? Vamos continuar insistindo para que o governo federal possa responder a isso” disse.

O senador Elmano Ferrer (PTB-PI) também se disse frustrado por ver a população nordestina mais uma vez enfrentando o sofrimento da seca.

“É inaceitável que nossa região tenha, no século vinte um, cidades abastecidas por carro pipa, cidades que não tenham um sistema permanente de abastecimento de água” lamentou. (Com informações de Agência Senado)

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