Morre aos 94 anos a artista plástica Lygia Sampaio, única mulher a integrar movimento de renovação das artes na Bahia

A artista plástica baiana Lygia Sampaio morreu aos 94 anos, em Salvador, mesma cidade em que nasceu, na manhã de sábado (15). Contemporânea e elogiada por outros grandes nomes da arte baiana, como Carybé, Mário Cravo e Rubem Valentim, ela faleceu em casa, de causas naturais. Entre as décadas de 1940 e 1950, Lygia Sampaio revolucionou as artes visuais, ao se tornar a única mulher a participar do movimento que deu o experimentalismo estético do modernismo na Bahia, ao lado dos companheiros de tela.

Suas obras são marcadas pela presença forte de mulheres, como em “Menina de Plataforma” e “Pequena Bordadeira”, e pela inclusão da vida urbana de Salvador, como em “Palma”. As telas foram expostas nos Salões Baianos de Belas Artes, além do Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.A artista também foi a responsável pela implementação do Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e trabalhou por 30 anos no Arquivo da Prefeitura de Salvador, depois de forma-se em Museologia pela Universidade Federal da Bahia em 1975.

Em 2006, Lygia publicou o livro “De Sam Payo a Sampaio”, fruto de pesquisa genealógica e ilustrado com desenhos em bico de pena de sua autoria, que ganharam exposição no Museu de Arte da Bahia. A última exposição da artista foi realizada em 2014, no Museu de Arte Sacra de Salvador.

G1 Bahia

Targino Gondim faz homenagem ao parceiro Jorge Portugal, falecido nesta segunda-feira (03)

O ex-secretário de Cultura da Bahia faleceu nesta segunda-feira (03) por volta das 20h15 (horário de Brasília), de falência cardíaca aguda, no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador.

Jorge Portugal, completaria 64 anos nesta quarta-feira (05). Natural de Santo Amaro, no Recôncavo da Bahia, Jorge Portugal foi letrista, poeta, professor universitário e compositor. As músicas dele são tocadas em todo o mundo e interpretadas por grandes nomes da música brasileira.

Sucessos como “Só Se Vê Na Bahia”, em parceria com Roberto Mendes, “A Massa”, com Raimundo Sodré e “Filosofia Pura”, gravada por Maria Betânia com a participação de Gal Costa.

Portugal chegou a compor uma música com o também compositor e sanfoneiro Targino Gondim. “Xote do apagão” foi gravada por Targino em 2002 por ocasião da crise energética pela qual o Brasil passa na época.

Polêmica: Vereador Gilmar Santos faz crítica a Osinaldo Souza por afirmar que artista nu deveria ser surrado; Veja entrevistas

Gilmar e Osinaldo discutem durante sessão. (Foto: Blog Waldiney Passos)

A sessão ordinária desta terça-feira (24) na Câmara Municipal de Petrolina caminhava para um final sem polêmicas, até o vereador Osinaldo Souza (PTB) dizer que o artista que urinou em uma mulher pintada de preto na Universidade de São Paulo (USP), durante uma demonstração de arte, segundo os criadores da cena, precisava receber “pelo menos uma paulada no seu órgão sexual”.

A afirmação veio durante a discussão do projeto do vereador Gaturiano Cigano (PRP), que instituía uma biblioteca e um teatro itinerante na cidade. O vereador Gilmar Santos (PT) tentou rebater o discurso de Osinaldo. Contudo, por tentar fazê-lo após o fim da discussão do projeto, foi impedido pelo Presidente da Casa Legislativa, Osório Siqueira (PSB).

Ao final da sessão, Gilmar falou com a imprensa sobre o fato e afirmou que vai procurar o Ministério Público para retirar Osinaldo Souza da presidência da Comissão de Direitos Humanos por incitar a violência.

“Imagine o presidente da comissão de Direitos Humanos ser o primeiro a contribuir para a violação desses direitos. Vamos continuar denunciando, seja a hipocrisia de Osinaldo, que se diz cristão, o cristianismo que promove o amor ao próximo, o acolhimento, que cristão é esse que contribui para o estado de violência? Vou procurar o Ministério Público, vou exigir que essa Casa retire dele essa função, essa representação. É a mesma coisa que você dizer que um ditador vai defender a democracia”, disparou.

Osinaldo Souza

Osinaldo não mudou seu posicionamento e afirmou que a população presente “deveria surrar o órgão sexual dele, mandar ele se vestir para deixar de imoralidade no meio da rua”.

Além disso, o parlamentar disse que não fez apologia à violência e atacou Gilmar. “Não fiz apologia à violência nenhuma. Agora se o vereador quer se despir igual aquele cidadão e achar bonito, é problema dele”, disse.