Nas alegações finais, Lula nega ser dono do sítio de Atibaia

Em depoimento, Lula negou ter conhecimento sobre as reformas realizadas no sítio.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nessa segunda-feira (07), por meio de sua defesa, que jamais foi proprietário do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, em São Paulo.

A manifestação dele consta nas 1.643 páginas das alegações finais entregues à Justiça Federal em Curitiba e fazem parte da última fase da ação penal na qual Lula e mais 12 réus respondem às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

A partir de agora, caberá a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal, proferir a sentença. Não há prazo para decisão da juíza. 

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Sentença de Lula sobre sítio em Atibaia deve ser proferida só em 2019

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A sentença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Atibaia (SP) deverá ser proferida somente em 2019. Lula é réu na ação penal que trata das reformas feitas na propriedade, que era frequentada por sua família.

No processo, Lula e mais 12 réus respondem às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, entre eles os empresários Marcelo e Emílio Odebrecht e Léo Pinheiro, da OAS, e o pecuarista José Carlos Bumlai.

No despacho proferido ontem (22), a juíza Gabriela Hardt encerrou a instrução do processo e fixou o dia 7 de janeiro de 2019 como último dia para os advogados do ex-presidente entregarem as alegações finais, última fase antes da sentença. A partir da manifestação dos advogados, a sentença pela condenação ou absolvição poderá ser proferida.

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Lula presta depoimento em Curitiba no processo do sítio de Atibaia

Lula nega as acusações e diz não ser dono do sítio.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será interrogado nesta quarta-feira (14), a partir das 14h, em Curitiba. Ele será transportado de carro da carceragem da Superintendência da Polícia Federal onde está preso, desde abril, para a sede da Justiça Federal, ambas na capital paranaense. Será a primeira vez que ele deixará a superintendência em sete meses.

Lula vai depor em um dos processos da Operação Lava Jato relativo ao sítio Santa Bárbara de Atibaia (SP). A juíza federal substituta Gabriela Hardt vai conduzir a oitiva. Gabriela substitui o juiz federal Sergio Moro, que aceitou ser ministro da Justiça do governo eleito Jair Bolsonaro. De férias e informando que irá pedir exoneração do cargo, Moro é substituído por Hardt.

O ex-presidente foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em outro processo, o caso do triplex em Guarujá (SP).

Caso

O ex-presidente foi denunciado por recebimento de propina das construtoras OAS e Odebrecht. Outras 12 pessoas também estão denunciadas no processo. Lula nega as acusações e diz não ser dono do sítio. De acordo com as investigações, foram feitas reformas e melhorias no patrimônio.

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Fica para fevereiro a audiência do processo da Lava Jato que acusa Lula de receber propina

Conforme a denúncia, as melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão. (Foto: Internet)

Em despacho publicado hoje (7), o juiz Sérgio Moro marcou para fevereiro de 2018 o início das audiências do processo da Lava Jato que acusa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de receber reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, como propina.

Lula nega as acusações. Ele diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente. O ex-presidente afirma que todos os bens que pertencem a ele estão declarados à Receita.

Moro aceita nova denúncia contra ex-presidente Lula

O juiz federal Sérgio Moro aceitou ontem (1°) mais uma denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato, desta vez no caso do sítio de Atibaia (SP). Além de Lula, também viraram réus na ação penal o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, o pecuaristas José Carlos Bumlai e mais dez pessoas.

Com isso, o ex-presidente passa a ser réu em cinco ações penais: três na Lava Jato, uma na Zelotes e outra na Operação Janus. Além disso, há duas semanas, o petista foi condenado a nove anos e seis meses de prisão no caso do triplex em Guarujá (SP). Lula nega que tenha participado de qualquer esquema criminoso.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), a Odebrecht e a OAS pagaram reformas feitas no sítio de Atibaia, utilizado por Lula e pela família dele, com recursos desviados de contratos superfaturados da Petrobras.

“Parte dos valores de vantagem indevida acertados nos referidos contratos teria sido destinada a agentes da Petrobras e parte a “caixas gerais de propinas” mantidas entre os grupos empresariais e agentes do Partido dos Trabalhadores. Parte dos valores foram utilizados em reformas do aludido Sítio de Atibaia”, diz trecho da denúncia.

Na denúncia, o MPF calcula que percentual de 1% a 3% de propinas pagas em vários contratos assinados entre a Petrobras e as construtoras seriam destinados a Lula e ao PT. Em seu despacho, Moro afirma que a denúncia apresenta “indícios suficientes” de autoria e materialidade e, por isso, é “inevitável” “algum aprofundamento na valoração e descrição das provas”.

O juiz determinou prazo de 10 dias para que os réus apresentem respostas às acusações.

Caseiro de sítio em Atibaia mandava e-mails para o Instituto Lula

(Foto: Internet)

Documentos anexados a uma denúncia sobre Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) apontam que o caseiro Elcio Pereira Vieira, o Maradona, enviava e-mails a uma conta do Instituto Lula sobre o cotidiano de um sítio em Atibaia, em São Paulo, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Vieira mantinha o ex-presidente informado sobre o que ocorria nas redondezas do local, encaminhava listas de materiais de construção, recibos de compras de itens da propriedade e relato sobre os animais de estimação.

As mensagens foram obtidas com a quebra de sigilo telemático do caseiro e, para a Lava Jato, revelam ‘ser o sítio de propriedade e posse de Lula’. Na nova denúncia contra o petista a qual os e-mails foram anexados, o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por reforma milionária do sítio de Atibaia. Outras 12 pessoas também são acusadas nesta denúncia.

Em uma das mensagens, Maradona relatou sobre uma visita da força-tarefa da Lava jato. Na ocasião, o caseiro enviou uma fotografia de um pedação de papel com a anotação ‘Força-tarefa – Dr Julio, Dr Roberson, Dr Athayde e Dr Januário”. Ao lado, segundo o jornal, a indicação ‘Ministério Público Federal’.

Em nota divulgada na segunda, o Instituto Lula disse que a denúncia só comprova o que a defesa vem dizendo há 18 meses, que “o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é, e nunca foi, dono de um sítio em Atibaia, ao contrário do que os procuradores, a esposa do juiz Sérgio Moro e boa parte da imprensa sempre alardearam”. Além disso, afirma que a força-tarefa apresentou denúncia “leviana, que apenas demonstra sua obsessão de perseguir o ex-presidente”.

Fonte Blog Folha

Laudo da PF destaca divergência de valores no registro de compra de sítio

(Foto: Internet)

Para os investigadores da Lava Jato, o sítio foi registrado em nome de terceiros, mas pertenceria ao ex-presidente Lula. (Foto: Internet)

Um novo laudo da Polícia Federal aponta que os valores de registros dos dois terrenos que compõem o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) – que a Operação Lava Jato suspeita ser do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – são distintos dos valores pagos. Enquanto o de maior valor de mercado foi registrado R$ 655 mil abaixo do preço pago, o de menor valor foi declarado como R$ 655 mil acima.

Com 180 mil metros quadrados de área e composto por duas propriedades com matrículas distintas (19.729 e 55.422), o Sítio Santa Bárbara foi comprado no fim de 2010, no mesmo dia, pelo valor total de R$ 1,5 milhão. O laudo diz que o valor informado pelo antigo dono e pelo compradores é compatível com o preço de mercado.

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