Gonzaga Patriota quer inclusão da carne de carneiro e bode no PAA

(Foto: Ascom)

Incluir a carne de carneiro e bode no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Essa é a intenção do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB), que se reuniu com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni na sexta-feira (15). Para Gonzaga, a aquisição das carnes também fortalecerá a agricultura familiar no Sertão do São Francisco.

O deputado federal informou que o Governo Federal deve comprar a carne produzida em Dormentes, a capital da Caprinovinocultura. “Dormentes é a capital da Caprinovinocultura, fruto de muito trabalho e esforço da agricultura dessa localidade, mas é importante que esse produto seja adquirido e chegue ao consumidor e o PAA faz exatamente essa ponte. Através desse programa, as carnes de bode e carneiro serão adquiridas com a parceria da prefeitura e, depois, distribuída em várias cidades. Essa ação vai movimentar a economia local, garantindo o escoamento da produção através da compra a preço justo de fornecedores“, disse Gonzaga.

Além de Dormentes, Araripina também pode ser beneficiada. Isso porque o parlamentar solicitou a compra da farinha produzida no município. “A farinha produzida em Araripina deste ano já foi comprada, fiz uma intermediação para levar esse produto para alguns municípios, como Itapetim, Solidão e Sertânia. Essas cidades vão receber farinha do Araripe e carne de Dormentes”, conclui Patriota.

Caprinocultura em Betânia do Piauí é referência

A Criação de ovelhas e cabras no município de Betânia do Piauí (521 km de Teresina) e sua lucrativa comercialização da carne e pele na capital piauiense, com faturamento de R$ 3 milhões nos últimos dois anos, transformou-se em uma referência mundial para a caprinocultura.

A pesquisa “Sertão do Piauí: um estudo centrado no Território da Chapada do Vale do Itaim (região de Paulistana)”, de Pablo Sidersky, aponta que o êxito da experiência da caprinocultura em Betânia do Piauí está relacionado com a iniciativa comercial da Ascobetânia (Associação dos Caprinocultores de Betânia do Piauí), que resolveu eliminar o intermediário e comercializar seus produtos em Teresina com preços mais justos.

Segundo o pesquisador, em função do crescimento da produção e da organização, o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) passou a buscar uma forma de conectar a Ascobetânia com o mercado de Teresina.

O início de 2015, o Sebrae levou para Betânia um representante do único estabelecimento frigorífico com o SIE (Selo de Inspeção Sanitária estadual) do Piauí. De acordo com a pesquisa de Pablo Sidersky, o acerto foi que a Ascobetânia agenciaria o transporte e entrega de animais (ovinos), para abate nas instalações do frigorífico em Teresina.

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