Mortes por dengue e chicungunha já chegam a 65 em Pernambuco e ultrapassam óbitos de 2015

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Mais da metade dos óbitos por dengue e chicungunha se concentram entre a população idosa, a partir dos 60 anos (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Em Pernambuco, já foram confirmados 65 óbitos por arboviroses este ano, sendo 34 com resultados laboratoriais positivos para dengue, 24 para chicungunha e 7 com exames que confirmam a presença de ambos os vírus. Até 30 de julho deste ano, o número de mortes confirmadas já é maior do que o total de todo o ano de 2015, quando foram confirmados 63 óbitos por arboviroses: 59 para dengue e 14 para chicungunha, segundo a coordenadora do Programa de Controle de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Claudenice Pontes.

Os dados foram divulgados, na tarde desta terça­-feira (2), em boletim da SES. “Nos casos em que houve resultados positivos para ambas as doenças, precisamos avaliar se, juntas, dengue e chicungunha foram a causa básica dessas mortes a partir de uma investigação sobre os sintomas apresentados por esses pacientes”, esclarece Claudenice.

Mais da metade dos óbitos se concentram entre a população idosa, a partir dos 60 anos. Nessa faixa etária, foram confirmadas 38 mortes por arboviroses (15 para dengue, 19 para chicungunha e 4 para ambas as doenças), o que corresponde a 58,4% do total de óbitos. Outras 100 mortes nessa faixa etária estão em investigação.

Segundo a SES, este ano já estão confirmados 24.064 casos de dengue, 18.737 de chicungunha e 147 de zika. Entre os municípios pernambucanos que apresentam maior risco de adoecimento, estão São João (Agreste), Garanhuns (Agreste) e Jaqueira (Zona da Mata Sul).

Aumenta o número de mortes por dengue e chicungunha em Pernambuco

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De acordo com boletim divulgado, na tarde desta terça-­feira (26), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), já são 21 mortes causadas por dengue até o último dia 23 de julho. Além disso, sobe para 31 o número de óbitos por chicungunha, em números absolutos, cinco a mais, em comparação com o balanço divulgado há sete dias.

Em todo o Estado, já são 52 mortes confirmadas pelas duas arboviroses neste ano, quando já se notificaram 285 óbitos suspeitos por dengue, chicungunha e zika. Em 2015, no mesmo período, foram 54 óbitos suspeitos de dengue e 16 com resultado laboratorial positivo para a doença. Outro destaque do boletim é que até agora, já são 40.802 casos confirmados das três arboviroses: 22.762 de dengue, 17.893 de chicungunha e 147 de zika. Entre os municípios pernambucanos que apresentam maior risco de adoecimento, estão São João, Jaqueira, Escada, Garanhuns e Brejo da Madre de Deus, além de Fernando de Noronha.

Do NE 10

Registrada segunda morte por chikungunya no Recife

Foi registrada, na sexta-feira (18), a segunda morte por chikungunya no Recife. A vítima foi uma mulher de 54 anos que morava no bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife. Ela faleceu no dia 30 de janeiro, mas apenas nesta semana a causa da morte foi confirmada pela Secretaria Executiva de vigilância do município. De acordo com o secretário de saúde da cidade, Jaílson Correia, existe a ciência de que a chicungunha é uma doença pode causar a morte e registro desta semana “reforça toda a mensagem do controle do mosquito do Aedes Aegypti”.

“Nós procuramos fazer uma capacitação com toda a equipe da saúde para saberem manejar melhor os casos. A partir do dia 23 haverá uma agenda específica para isso. Também foi feito um protocolo para aquisição de medicamentos”, disse o secretário, referindo-se às ações desenvolvidas na cidade. O primeiro caso de morte por em decorrência de contágio com chicungunha foi registrado pela Prefeitura do Recife no dia 8 de março. Ele dizia respeito ao falecimento de uma paciente de 88 anos no dia 21 de fevereiro. A senhora estava internada em um hospital particular do Recife. Os nomes das vítimas não são divulgados.

De acordo com a Secretaria de Vigilância à Saúde, até a 9ª Semana Episdemológica de 2016, foram notificados 24 óbitos com suspeita de dengue. Em cinco desses casos foi confirmado que o motivou da morte era outro. “Nessa fase de análise dos casos e nessa fase de surto há uma tendência de alerta maior dos profissionais que podem colocar na notificação. O que tem que haver observação é com os casos confirmados”, completou Correia.

Com informações do Diário de Pernambuco