Caminhada de Juazeiro a Petrolina marca os dois anos do assassinato da menina Beatriz Mota

(Foto: Jean Brito)

Mesmo com o dia chuvoso centenas de pessoas, entre os pais, parentes, amigos e pessoas anônimas da sociedade participaram na manhã de hoje (10), de uma caminhada para lembrar os dois anos do assassinato da menina Beatriz Mota, assassinada em Dezembro de 2015.

Beatriz foi morta no dia 10 de Dezembro de 2015, em uma sala de material esportivo, dentro do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora em Petrolina, com 42 facadas, durante uma festa de formatura da escola. Até hoje, 10 de Dezembro, ninguém foi preso.

(Foto: Jean Brito)

A pé ou de bicicleta, as pessoas seguiram os pais de Beatriz Mota, Lúcia Mota e Sandro Romilton Ferreira, em uma caminhada que saiu do centro de Juazeiro, passou pela ponte Presidente Dutra, Avenida Guararapes, já em Petrolina, e parou em frente ao Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, onde Beatriz estudava e foi morta.

Lá, os manifestantes fizeram discursos pedindo justiça e fazendo apelo para que o Colégio ajude mais a polícia nas investigações. De joelhos, as pessoas que estavam no movimento também fizeram orações.

Caso Beatriz: A delegada Gleide Ângelo retorna a Petrolina

(Foto: Internet)

A delegada Gleide Ângelo, chega a Petrolina, hoje (03) para dar continuidade as investigações do caso Beatriz, esta é a segunda vez que a delegada visita à região.

Designada em dezembro de 2016 para assumir o comando das investigações do caso, da menina Beatriz Angelica, que foi assassinada com 42 facadas durante a festa de formatura de segundo grau da irmã, no Colégio Maria Auxiliadora, na noite do dia 10 de dezembro de 2015, e até hoje ninguém foi preso ou indiciado pelo o crime.

Em 13 de dezembro. A delegada esteve em reunião no Ministério Público de Pernambuco da região, quando informou que a partir dali iria analisar os 13 volumes do inquérito sobre o caso.

com informações do JC Online

Caso Beatriz: mãe da menina cobra mais empenho do Colégio Maria Auxiliadora na elucidação do crime

Lúcia Mota 01

Foto: Waldiney Passos

“Queremos paz, as famílias querem paz e elas só terão paz com esse crime desvendado”, assim iniciou sua fala, a mãe da pequena Beatriz Angélica Mota, Lúcia Mota (Lucinha), ao discorrer pela primeira vez sobre o caso, após a trágica noite de 10 de dezembro de 2015, quando a sua linda e inocente filha foi covardemente assassinada nas dependência do tradicional Colégio Maria Auxiliadora.

Foi um momento de muita comoção e dor compartilhado por todos que ali estavam. Falou naquele momento o coração de uma mãe e somente ela sabe a tristeza, a solidão, a saudade que sente da sua filha amada. O coração de mãe disse tudo, desde o sentimento de parda a convocação para que as autoridades envidem mais e mais esforços no sentido de revelar para a sociedade quem foi o autor ou autora dessa tragédia que vitimou sua família.

Firme em suas palavras, Lúcia questionou o silêncio da diretoria do Colégio Maria Auxiliadora. “Fico a imaginar como nós podemos deixar nossos filhos nas escolas. Não podemos viver com medo, aterrorizados e para isso a escola Nossa Senhora Auxiliadora tem que contribuir com a elucidação dos fatos”, cobrou acrescentando que “a polícia tem obrigação de dizer o que aconteceu, quais as motivações e quem são estes monstros”.

Com a voz tremula Lúcia lamentou o fato do crime ter ocorrido dentro de uma escola católica com tradição na região. “A escola é sempre o local em que confiamos os nossos filhos, um local que sempre esperamos ser seguro para eles. Não foi um crime cometido em uma mata, em uma rua, foi dentro de uma escola no centro da cidade com câmeras e ninguém viu nada, ninguém sabe de nada”.

A mãe de Beatriz alertou o risco que toda sociedade está passando com uma pessoa ou grupo de criminosos, perigosos, soltos por ai podendo fazer outras vítimas a qualquer momento.