Comissão de Direitos Humanos propõe audiência pública para discutir situação de moradores de rua em Petrolina

Vereadores encabeçam Comissão de Direitos Humanos de Petrolina (Foto: Divulgação)

Começou a pouco a sessão ordinária dessa quinta-feira (17) na Casa Plínio Amorim, em Petrolina. Na ordem do dia não há projetos de lei, já que às 10h30 será realizada uma sessão solene. Nesse momento os edis debatem suas demandas através de Indicações e Requerimentos.

O principal item da pauta é o Requerimento n° 328/2019, apresentado por Gilmar Santos (PT) e Paulo Valgueiro (MDB). A dupla solicita a realização de uma audiência pública para discutir a realidade da população em situação de rua na cidade.

Entre os convidados para a audiência estão membros do Poder Executivo, como secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania e forças de segurança, como 5º BPM e 2º BIEsp.

Para a audiência acontecer, é preciso aprovação do Requerimento e resta saber como a Situação votará acerca do pedido. Às 10h30 acontece a entrega do Título de Cidadão Petrolinense ao cantor Joypson Tavares.

Vereadores de Petrolina rebatem nota de Lucinha Mota

Tema foi destaque na Câmara de ontem (Foto: Blog Waldiney Passos)

A nota dos pais da garota Beatriz Angélica Mota causou um mal-estar entre os vereadores de Petrolina, os quais comentaram o texto e demonstraram apoio aos colegas Cristina Costa (PT) e Ronaldo Cancão (PTB) citados por Lucinha Mota e Sandro Romilton.

Para Ruy Wanderley (PSC), a nota deixa os vereadores tristes tendo em vista que a “Casa em dois momentos atendeu Sandro e Lucinha”. O edil lembrou que, apesar da dor compreensiva do casal, eles não têm direito de criticar a Casa Plínio Amorim por ceder espaço a Wank Medrado, advogado de Allinson Henrique de Carvalho. “Nós nunca nos furtamos de estar com Lucinha nos momentos mais difíceis, essa Casa foi solidária a ela. Os pares, todos foram solidários a ela no passado, no presente e vai ser no futuro“, afirmou.

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José Batista da Gama (PSB) lembrou que os membros da Casa compõem o Poder Legislativo e cabe à Justiça julgar e apontar erros em investigações. “Nós não podemos ser acusados aqui de nada. A Comissão de Direitos Humanos foi criticada ontem, ela não pode medir os vereadores com a régua dela. Nós temos que ter respeito“, destacou.

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Comissão de Direitos Humanos de Petrolina pede mais ações da Prefeitura na assistência social

Gilmar pediu mais ações na saúde de Petrolina (Foto: Blog Waldiney Passos)

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa Plínio Amorim, Gilmar Santos (PT) reivindicou mais ações na saúde de Petrolina. O edil faz um apelo em especial à saúde mental e assistência social na sessão da última quinta-feira (12).

“O CREAS [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] é importante para a população que sofreu algum tipo de violência e violação dos direitos. Lá se acolhe principalmente crianças, idosos e adolescentes. Identificamos que há uma necessidade de ampliação da equipe: educador, psicólogo e assistente social”, afirmou.

O pedido feito pelo teve autoria dividida com Paulo Valgueiro (MDB), que também é membro da Comissão. “Estamos solicitando que seja criada uma unidade na zona rural e que sejam ampliadas a quantidade de brinquedos, a cozinha seja melhor equipada e que a gestão municipal dê atenção a esse serviço. Temos boa parte da nossa população sofrendo negligenciamento e há muita demanda”, continuou Gilmar.

Em nota, Prefeitura de Petrolina lamenta agressão sofrida por jovem durante São João

Rafael (dir.) com os vereadores de Petrolina (Foto: Ascom/Oposição de Petrolina)

O São João de Petrolina chegou ao fim depois de nove dias de festa, mas um incidente repercutiu até chegar na Câmara de Vereadores. Rafael Luna, de 21 anos afirma ter sido agredido por seguranças dentro do Pátio Ana das Carrancas durante o final de semana.

Procurada pelo Blog a Prefeitura de Petrolina afirmou desconhecer “a situação relatada pelo jovem, mas que lamenta o ocorrido”. Ainda segundo a nota encaminhada à nossa produção, “a gestão municipal repudia toda forma de violência e este não é o padrão de comportamento recomendado aos profissionais que compõem o esquema de segurança do evento, que são da Guarda Civil municipal, polícias Militar e Civil, além de empresa de segurança privada”.

Vereadores prestam apoio 

Gilmar Santos (PT), Paulo Valgueiro (MDB) e Osinaldo Souza (PDT), membros da Comissão de Direitos Humanos da Casa Plínio Amorim se reuniram com Rafael na quarta-feira (26) e prestaram solidariedade ao jovem, que é homossexual.

Eles também acompanharam a vítima à Delegacia de Polícia Civil para registro da ocorrência. “A CDHC lamenta o ocorrido, repudia qualquer manifestação de violência, de preconceito racial à homofobia. E lembra: Homofobia é Crime”, se posicionou em nota a Comissão.

Vereadores cobram mais atuação da Comissão de Direitos Humanos da Casa Plínio Amorim

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Nos discursos feitos pelos vereadores de Petrolina durante a sessão de quinta-feira (25) um assunto chamou atenção dos poucos edis presentes durante o uso da Tribuna Livre. As políticas públicas voltadas para pessoas em vulnerabilidade social foram questionadas pelos vereadores.

O papel da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores também foi questionada por Ronaldo Souza (PTB) e Maria Elena (PRTB). Cancão foi o primeiro a falar e disse ser necessário tomar providências para evitar o que ele chamou de “flagelamento”.

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“Nós temos que fazer a nossa parte, a rua está invadida de pessoas flageladas e esse flagelamento está fazendo riscos à sociedade. Não adianta botar a polícia só para bater, é preciso um trabalho social e eu queria fazer um apelo à essa Casa, para que a Comissão de Direitos Humanos para a gente fazer uma visita aos pontos de flagelamento de Petrolina, fazer um relatório e enviar ao Poder Executivo. Já não se sustenta essa situação”, clamou Cancão.

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Representantes do PSOL pedem retratação de Osinaldo em relação a fala sobre vereadora Marielle Franco

Diretoria municipal do PSOL. (Foto: Blog Waldiney Passos)

A polêmica em torno da fala do vereador Osinaldo Souza (PTB) sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) ainda repercute em Petrolina. Na quarta-feira (28), membros do Partido Socialista em Petrolina pediram uma retratação do edil.

De acordo com o presidente do Diretório do partido em Petrolina, Ivan Morais, a fala dita por Osinaldo propaga ódio. “Essa foi a conotação que deu a fala, logo um vereador que é presidente de uma Comissão tão importante. Nós esperávamos uma nota de apoio do vereador com a vereadora [Marielle] e não sei por que o vereador sai com declarações tão odiosas”, disse Ivan no programa Revista da Tarde, na Rádio Jornal.

Ivan Morais também afirma que “é inadmissível que esse vereador permaneça como presidente da Comissão de Direitos Humanos”. O presidente local do partido também destacou que há tempo para o vereador se retratar da fala.

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Cristina Costa: “Infelizmente estamos chegando nesse cenário negativo de violência, da homofobia”

"Vemos agora essa questão da homofobia, de gente que agride quem tem uma postura diferente, uma ideologia sexual diferente. Temos que respeitar as escolhas das pessoas", enfatiza Cristina Costa/Foto: arquivo

“Vemos agora essa questão da homofobia, de gente que agride quem tem uma postura diferente, uma ideologia sexual diferente. Temos que respeitar as escolhas das pessoas”, enfatiza Cristina Costa/Foto: arquivo

A vereadora Cristina Costa (PT) se manifestou com relação à violência sofrida pelo aluno de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Anderson Veloso, no último sábado (30). De acordo com relato no Facebook, a vítima – após ter sido capturada por três pessoas em um carro preto – foi espancada e violentada sexualmente. A vereadora alertou para os índices cada vez mais preocupantes da violência em Petrolina e disse já ter acionado a Comissão de Direitos Humanos para promover uma ampla discussão sobre o assunto. “A sociedade tem que tomar conhecimento disso. Estamos mantendo contato, também, com a Assembléia Legislativa, através de nossos deputados, para que a Comissão de Direitos Humanos venha se juntar a nós e discutir a violência em Petrolina e, principalmente, a atuação das polícias Militar e Civil, dentro de suas fragilidades e condições de trabalho, que não estão tendo condições de atender às demandas que estão chegando”, disse.

Cristina chamou a atenção ainda para a falta de estrutura das delegacias. “Petrolina é uma cidade internacionalmente conhecida, mas infelizmente está chegando nesse cenário negativo de violência. Vemos agora essa questão da homofobia, de gente que agride quem tem uma postura diferente, uma ideologia sexual diferente. Temos que respeitar as escolhas das pessoas. Como pode um grupo – pode-se dizer de filhinhos de papai – que se acha justiceiro, determinar quem vive e quem mora em Petrolina? O que aconteceu com este estudante é absurdo. Quando ele foi à delegacia no sábado soube que teria que voltar na segunda (ontem). Ou seja, além de enfrentar o preconceito e a violência, a vítima ainda sofre porque não encontra uma delegacia estruturada para receber isso”, pontuou.