Decisão do diretório nacional prevalece e Marília é vetada pelo PT

A convenção nacional do PT foi realizada nesse sábado (4) e terminou com a aclamação de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência da República. Mas um fato chamou a atenção de todos: a decisão do partido de excluir de vez Marília Arraes da disputa ao Governo de Pernambuco.

Segundo a secretária de comunicação do PT, Sheila Oliveira, fica valendo a determinação da nacional, de se aliar ao PSB em Pernambuco e mais nove estados. No estado, petistas se aliarão a Paulo Câmara (PSB), atual governador. Dessa forma, Humberto Costa (PT) disputará sua reeleição ao Senado Federal, ao lado de Jarbas Vasconcelos (MDB).

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Segundo Sheila, o encontro nacional é a última instância partidária que poderia ter dado suporte à postulação de Marília. No entanto, a convenção estadual da sigla ainda acontecerá, neste domingo (5).

Na sexta-feira (3) o PT estadual optou por apoiar Marília, que liderava as intenções de voto no estado, superando Câmara e Armando Monteiro Neto (PTB). A vereadora ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Em convenção PMDB decide não abandonar cargos no governo Dilma e fixa prazo de 30 dias para ‘meditação’

BRASÍLIA DF BSB 12/03/2016 POLITICA / CONVENÇÃO NACIONAL / PMDB / MICHEL TEMER - PMDB realiza convenção nacional em Brasília e deve reconduzir o vice-presidente da República, Michel Temer, à presidência nacional do partido. FOTO ANDRE DUSEK/ESTADÃO

PMDB realiza convenção nacional em Brasília e deve reconduzir o vice-presidente da República, Michel Temer, à presidência nacional do partido. FOTO ANDRE DUSEK/ESTADÃO

Apesar dos gritos de “Michel Temer para presidente” e “fora Dilma”, na convenção do PMDB, por ora nenhum integrante do governo Dilma Rousseff vai precisar abandonar o cargo e as vantagens de um posto na máquina pública.

O prazo de 30 dias para o PMDB decidir se vai deixar o governo, aprovado hoje pelo partido, será de “meditação” e “amadurecimento” para os peemedebistas que têm cargos no governo, segundo o ex-ministro da Aviação Civil do governo Dilma e secretário-executivo do partido, Eliseu Padilha.

Durante esse período, disse Padilha, os representantes da legenda no governo vão poder encontrar uma forma de se prepararem para a decisão que o partido tomar, o ex-ministro ressaltou que a maioria absoluta da base do partido, que está perto das ruas, quer o rompimento com o governo.

“Estamos dando a resposta a nossa base. Dizendo que em 30 dias vamos analisar as circunstâncias de cada um dos companheiros que estão no governo. Temos que construir uma forma para que eles possam atender na plenitude o que seja a decisão do nosso partido”, afirmou Padilha.

Desse forma, avaliou ele, quando houver uma decisão, eles estarão preparados para deixar o governo. “Trinta dias não é muito tempo. É menos do que um mandato de quatro anos”, ironizou. A convenção também aprovou que nenhum integrante do partido vai poder assumir um cargo no governo nesses 30 dias.

Sobre a possibilidade de o impeachment da presidente ser alimentado por um eventual rompimento do PMDB, o secretário-executivo avaliou que esse processo não é uma questão partidária.

“O impeachment não é questão do partido. Não adianta o partido A querer e o B não. Não se faz a partir de um partido político só. Partido político pode às vezes até induzir. Mas a vontade política que se vê é a do cidadão”, afirmou. “Esse é um processo em que o nosso partido o melhor que faz é não fazer absolutamente nada. Deixa o cidadão e as ruas dizerem o que querem”, completou.

Com informações do Estadão