Coreia do Norte dispara míssil balístico em direção ao Mar do Japão

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico neste domingo (14), anunciou o Exército sul-coreano, poucos dias depois de vários exercícios de artilharia com munição real que sinalizam um endurecimento da posição do regime de Pyongyang.

“A Coreia do Norte lançou um míssil balístico não identificado em direção ao Mar do Leste”, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado, referindo-se a uma área também conhecida como Mar do Japão. Segundo o Estado-Maior Conjunto, o míssil voou mil quilômetros. A Guarda Costeira japonesa anunciou ter detectado “um objeto, potencialmente um míssil balístico, lançado pela Coreia do Norte”, citando informações do Ministério da Defesa do país, e pediu que os navios na área fossem cautelosos.

O último míssil lançado pela Coreia do Norte, em 18 de dezembro, foi um míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-18 de combustível sólido, o mais avançado que possuem, e foi disparado em direção ao Mar do Japão. Em janeiro, a Coreia do Norte realizou exercícios de artilharia com munição real em sua costa ocidental, perto de ilhas sul-coreanas cuja população civil foi chamada para se abrigar.

Mudança de tom
Na quarta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, descreveu a Coreia do Sul como o “principal inimigo” do país. “Finalmente chegou o momento histórico em que devemos defini-lo como o Estado mais hostil em relação à Coreia do Norte”, afirmou Kim, qualificando seu vizinho como o “principal inimigo” de Pyongyang.Essas declarações marcam uma mudança de tom na política norte-coreana, e analistas acreditam que Pyongyang adotará uma posição mais dura no futuro.

As relações entre as duas Coreias estão em seu ponto mais baixo em décadas. Em dezembro, Kim ordenou acelerar os preparativos militares para uma “guerra” que poderia “ser desencadeada a qualquer momento”. Ele também denunciou uma “situação de crise persistente e incontrolável”, supostamente causada por Seul e Washington com seus exercícios militares conjuntos na região.

Pyongyang conseguiu lançar um satélite espião no ano passado, após, segundo a Coreia do Sul, receber assistência tecnológica russa em troca de entregas de armas para a guerra que Moscou trava na Ucrânia. Nesse sentido, autoridades norte-coreanas anunciaram neste domingo que o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte visitará a Rússia na próxima semana.

No ano passado, a Coreia do Norte também consolidou sua posição como potência nuclear em sua Constituição e lançou vários mísseis balísticos intercontinentais, violando resoluções da ONU. Em novembro, Seul suspendeu parcialmente um acordo concluído com Pyongyang em 2018, que visava a prevenir incidentes militares na fronteira, mais uma indicação do agravamento das tensões entre os dois vizinhos. Desde que Pyongyang realizou seu primeiro teste nuclear, em 2006, o Conselho de Segurança da ONU adotou inúmeras resoluções pedindo que a Coreia do Norte encerre seus programas nucleares e de mísseis balísticos.

AFP

EUA declararam guerra e podemos atacar, diz Coreia do Norte

(Foto: Reprodução)

O ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho, acusou nesta segunda-feira (25) o presidente americano, Donald Trump, de “declarar guerra” à Coreia do Norte, e ameaçou derrubar os bombardeiros dos Estados Unidos que se aproximarem do país. Casa Branca nega ter declarado guerra.

“Todos os Estados-membros (da ONU) e o mundo inteiro devem claramente recordar que foram os Estados Unidos que declararam primeiro a guerra ao nosso país”, afirmou o ministro a repórteres em Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU.

A Casa Branca negou ter declarado guerra contra a Coreia do Norte, dizendo que é um “absurdo” que o regime asiático tenha interpretado um tuíte do presidente americano, Donald Trump, como um chamado para confronto. Na rede social, Trump disse que a liderança norte-coreana “não permaneceria por muito tempo” caso o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, ecoasse os pensamentos do líder supremo, Kim Jong-un, na Assembleia Geral da ONU. Em resposta, Ri também disse que Pyongyang terá o direito de tomar medidas, incluindo derrubar bombardeiros americanos, mesmo se os aviões não estiverem no espaço aéreo norte-coreano, já que Trump “declarou guerra”.

Com informações de O Globo

Coreia do Norte diz que está pronta para guerra com armas nucleares

(Foto: Agência EFE)

O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores de Coreia do Norte, Choe Ryong-hae, disse neste sábado (15) durante um desfile militar em Pyongyang que o povo norte-coreano está “preparado para a guerra” contra os Estados Unidos com suas armas nucleares.

“Estamos completamente preparados para enfrentar qualquer tipo de guerra com nossas armas nucleares se os EUA atacarem a península da Coreia”, disse Ryong-hae, considerado O número dois do regime, em seu discurso durante a exibição militar em comemoração ao 105º aniversário do fundador do país, Kim Il-sung.

Durante o desfile do “Dia do Sol”, presidido pelo líder Kim Jong-un, o Exército norte-coreano mostrou seu arsenal, incluindo vários mísseis balísticos, entre os quais encontrava-se um possível novo projétil de alcance intercontinental.

“Se os EUA fizerem provocações imprudentes contra nós, nossa força revolucionária contra-atacará num instante, com um ataque aniquilador e responderemos a uma guerra total com guerra total e a ataques nucleares com nosso próprio arsenal atômico”, disse Choe.

Ele também acusou os EUA de posicionar armas nucleares no Sul da península coreana, “o que está criando uma situação muito tensa que ameaça a paz e a segurança não só da região, como também do mundo inteiro”.

Washington decidiu enviar recentemente um porta-aviões nuclear à península da Coreia em resposta aos lançamentos de mísseis de Pyongyang e Washington, e chegou a insinuar que estuda a possibilidade de um ataque preventivo para frear os avanços armamentísticos do regime norte-coreano.

Fonte EBC

Brasil repudia teste nuclear feito por Coreia do Norte

A informação sobre a realização dos testes foi confirmada em Pyongyang, a capital norte-coreana, após terem sido registrados tremores de magnitude 4,8 a 5,3 na península da Coreia./ Imagem da internet

A informação sobre a realização dos testes foi confirmada em Pyongyang, a capital norte-coreana, após terem sido registrados tremores de magnitude 4,8 a 5,3 na península da Coreia./ Imagem da internet

O Itamaraty condenou o novo teste nuclear feito nesta sexta-feira pela Coreia do Norte, considerado o maior de sua história por alguns países. Por meio de nota, o governo brasileiro disse que “repudia veementemente” o teste e considerou “inaceitável” o fato de arsenais atômicos continuarem desempenhando papel importante em doutrinas militares.

A informação sobre a realização dos testes foi confirmada em Pyongyang, a capital norte-coreana, após terem sido registrados tremores de magnitude 4,8 a 5,3 na península da Coreia. Em edição especial, a televisão Central da Coreia do Norte informou que o país vai continuar a desenvolver o programa nuclear.

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