Entidades criticam financiamento do BNDES para concessão de presídios

Uma nota técnica assinada por 86 entidades da sociedade civil e órgão públicos pede o fim da política do governo federal que oferece incentivos para a construção, reforma e privatização da gestão de presídios no país, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O documento é assinado por entidades como o Núcleo Especializado de Situação Carcerária (Nesc) da Defensoria Pública de São Paulo, o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), a Associação Juízas e Juízes pela Democracia (AJD), a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT).  O texto argumenta que os projetos que permitem  empresas privadas assumirem a gestão prisional acabam transformando o setor em um “mercado lucrativo”.

“Os contratos firmados com a iniciativa privada parecem querer favorecer o encarceramento em massa, com a aposição de cláusulas contratuais que exigem taxas mínimas de lotação das unidades prisionais, aliadas à remuneração da empresa por cada pessoa encarcerada, com a submissão dos corpos negros a trabalhos forçados e aumento das margens de lucro com a precarização ainda maior do sistema prisional”, explica o texto.

População carcerária
Na nota, as entidades destacam que o Brasil já possui, desde 2017, a terceira maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, países que, em sentido oposto, “vêm progressivamente reduzindo suas taxas de aprisionamento” nos últimos anos.

“Além disso, a população carcerária brasileira se compõe de 46,4% de pessoas entre 18 e 29 anos e 67,5% de pessoas negras, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, havendo, portanto, sobrerrepresentação em relação à população total brasileira, que é composta por 56% de pessoas negras”, diz a nota. Acrescenta que “é inadmissível que violações de direitos humanos se agravem, de forma crônica, sob o manto de um discurso ressocializador que conta com incentivos fiscais e investimentos milionários do atual governo federal”.

Entre os projetos em andamento, há um procedimento licitatório para a privatização do presídio de Erechim, no Rio Grande do Sul, cujo leilão está previsto para o próximo dia 6 de outubro. Neste caso, o BNDES prevê financiamento de R$ 150 milhões para subvencionar a construção da unidade prisional pela iniciativa privada. A Parceria Público-Privada (PPP) estabelece que a empresa vencedora será remunerada pela gestão de uma concessão pública com 30 anos de duração, incluindo os serviços de manutenção das instalações, limpeza e apoio logístico na movimentação das pessoas presas.

Outro projeto do BNDES em andamento é uma parceria para a construção e operação de um complexo prisional em Blumenau, em Santa Catarina, para abrigar cerca de 2,9 mil detentos, que prevê investimentos de R$ 250 milhões. Procurado pela reportagem, o BNDES informou que os dois contratos de estruturação de projetos de PPPs no setor prisional foram iniciados na gestão anterior e mantidos pelos atuais governadores estaduais.

Concessão administrativa
Segundo o BNDES, as ações foram qualificadas no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, acompanhadas regularmente pela Casa Civil, e são de concessão administrativa, modelo em que o poder de polícia e a gestão permanecem sob a responsabilidade exclusiva do poder público.

“Nesse tipo de projeto, são delegadas ao parceiro privado apenas as atividades de construção e manutenção de infraestruturas e serviços não finalísticos. A remuneração do concessionário é baseada na disponibilidade dos serviços, não havendo qualquer incentivo para aumentar a ocupação das vagas. Não se trata, portanto, de privatizar o sistema prisional, mas contar com um ente privado para construir a infraestrutura e prestar serviços gerais (limpeza, alimentação, lavanderia), de educação profissionalizante, disponibilização de vagas de trabalho, suporte social e acompanhamento dos familiares”, diz o banco público.

“Importante destacar que o financiamento aos investimentos futuros a serem realizados pelos vencedores dos leilões não consta do mandato atual conferido ao BNDES pelos Estados do RS [Rio Grande do Sul] e de SC [Santa Catarina]. Uma hipotética decisão de financiar investimentos futuros dependeria de análise posterior pelo banco, caso demandado”, complementa. A Agência Brasil também procurou os ministérios da Fazenda, da Justiça e Segurança Pública e a Casa Civil, que não comentaram.

Agência Brasil

Apenas Dormentes não realizou festa com atrações musicais este ano. Prefeitura esclarece…

Enquanto municípios como Petrolina e Afrânio em Pernambuco e Juazeiro e Casa Nova na Bahia, após dois anos de pandemia voltaram a realizar suas principais festas populares com eventos marcados por grandes atrações, moradores e até mesmo políticos de oposição da cidade de Dormentes-PE, reclamam a ausência das atrações musicais que sempre estiveram presentes na Caprishow.

Neste ano, a festa do município não contemplou o evento de rua com as atrações musicais, isso tem resultado em críticas inclusive de políticos da cidade.

“Eles acabaram com o evento, a população estava esperando pela festa mas a prefeitura preferiu realizar o evento virtual que esse negócio do leilão. Tudo bem, a comercialização é importante, mas deixar de realizar a festa você tira a oportunidade de movimentar nossa economia, porque com a festa todo mundo saia ganhando: as cabelereiras, manicures, as lojas de roupas, os restaurantes da cidade, supermercados, os ambulantes e todos que de uma certa forma aproveita o evento para ganhar algo mais”, pontua um político da região que preferiu não se identificar.

Procurada por nossa reportagem, a prefeitura esclareceu que quando o governo do Estado liberou eventos abertos ao público, em março deste ano, o município não estava preparado e por conta disso reuniu-se com entidades que fazem parte do evento, parceiros e decidiram em conjunto realizar apenas a feira para fortalecer a cadeia produtiva do município.

“No momento a prefeitura não estava preparada, não tinha visto estrutura, atrações, nós fizemos o que estava dentro das nossas possiblidades. Quem banca tudo aqui é o município, desde as bandas e a estrutura. A gente não tem patrocinador, os fornecedores de bebidas não querem patrocinar porque é um evento de rua aberto ao público… A gente entende que a parte festiva é importante, o movimento do comércio, mas o formato dessa parte festiva aqui no município tem um custo muito alto, diferente de Petrolina onde todos os espaços são vendidos , eles têm patrocinadores de cerveja, de whisky, refrigerante, porque é um evento fechado, você não pode entrar com um cooler, não pode entrar com bebida de casa, tem que comprar tudo lá dentro, diferente aqui de Dormentes  que é uma festa de rua, quem banca tudo é o município”, informou um representante da prefeitura.

“Sendo assim, nós fizemos o que estava dentro das nossas possibilidades no momento, que foi realizar a feira (leilão e a exposição), nós não podíamos deixar de fazer porque o ovino e o caprino em Dormentes estão inseridos dentro da geração de emprego e renda  no município”, acrescentou.

PSOL e Rede pedem a cassação de Eduardo Bolsonaro por ofensa a Miriam Leitão

O PSOL e a Rede Sustentabilidade apresentaram um pedido de cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após declarações de deboche sobre as torturas sofridas pela jornalista Miriam Leitão, do Grupo Globo, durante a ditadura militar.

No Twitter, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou uma postagem de Miriam Leitão e disse ter “pena da cobra”, em referência ao ato de agentes da ditadura de trancar a jornalista em uma sala com uma jiboia, quando estava grávida de um mês.

LEIA MAIS

Dilma chama Ciro de “misógino” e diz que lamenta ter sido sua amiga

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) rebateu o comentário do pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, sobre ela ter sido “uma das pessoas mais incompetentes na Presidência”. É mais um capítulo da troca de farpas entre ambos iniciada nesta 4ª feira (13.out.2021) depois da entrevista de Ciro ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em sua última postagem, Dilma chamou o ex-ministro de “presunçoso” e “misógino”. Também citou a fala do pedetista, que disse que errou ao lutar contra o impeachment da petista. Segundo ela, “Ciro se diz arrependido de ter defendido a democracia”, e agora utiliza argumentos golpistas.

Dilma ainda comparou Ciro ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Ambos adoram quando os alvos de suas agressões reagem. Precisam disso para obter likes e espaço na mídia. É disso que se alimentam”, declarou.

Para concluir a thread de tweets, a ex-presidente disse que lamenta ter sido amiga de Ciro Gomes. “Encerro esta polêmica estéril por aqui.”

Fernando Filho rebate críticas por não apoiar PEC do voto impresso

O deputado federal Fernando Filho (DEM) decidiu rebater as críticas que tem recebido devido seu posicionamento contra o voto impresso. Por fazer parte do grupo político de Bolsonaro, o deputado foi criticado por não votar a favor da pauta, defendida pelo presidente da República.

O parlamentar disse que as urnas já são auditáveis e que a proposta do voto impresso atrasaria a apuração das eleições. Além disso, Fernando Filho disse não ser subserviente ao governo, apesar de ser um apoiador de Bolsonaro.

O fato ganhou mais repercussão devido ao fato de o pai do parlamentar, o senador Fernando Bezerra Coelho, ser o líder do governo no Senado Federal.

Jair Bolsonaro volta a criticar medidas de restrição contra Covid-19

(Foto: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta sexta-feira (26), a imposição de medidas por governadores e prefeitos para restringir a circulação de pessoas para conter a propagação do coronavírus, apesar de o Brasil estar atravessando o pior momento da pandemia.

“Esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão do que o povo quer”, disse Bolsonaro em discurso durante cerimônia em Tianguá (CE) para a realização de obras rodoviárias. “O povo não consegue mais ficar dentro de casa, o povo quer trabalhar.”

LEIA MAIS

Secretário chama ministra Damares Alves de palhaça na Rádio Jornal Petrolina

O Secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, não poupou críticas contundentes à ministra da Mulher, da Família, dos Direitos Humanos, Damares Alves, que afirmou durante a reunião ministerial do dia 22 de abril do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que vai “pegar pesado” contra prefeitos e governadores que tomaram medidas mais rígidas de isolamento contra o coronavírus.

“A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos. E nós tamo subindo o tom e discursos tão chegando. Nosso ministério vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos”, disse.

Para Pedro Eurico, a ministra não tem a menor condição emocional de se expor em público, por que no final ela diz muita bobagem.

“Eu até atribuo esse palavrório, simplório inclusive, sem nenhum respeito as autoridades, do mesmo nível dela, pois governadores também foram democraticamente eleitos, prefeito também foram democraticamente eleitos, quem autorizou prefeitos e governadores a praticarem isolamento social foi o Supremo Tribunal Federal, em uma democracia a palavra final é do Poder Judiciário, a palavra final é do Supremo Tribunal Federal”, afirmou o secretário em entrevista ao radialista Waldiney Passos, no programa Super Manhã da Rádio Jornal Petrolina.

“A ministra Damares Alves, ela diz muita bobagem, na realidade ela devia ter mais cuidado com a palavra dela, às vezes ela parece uma figura circense, parece que ela está no meio de um palco de circo e quem muitas vezes está no palco de circo, muitas vezes é o adestrador de animal ou é o palhaço”, complementou.

Por fim, Eurico lamentou a postura de Danares afirmando que ela dirige uma pasta essencial ao país, a pasta que cuida das minorias, das crianças, da juventude, das mulheres e dos direitos humanos.

“Quem tem o universo de responsabilidade desse não pode está dizendo bobagem a torto e a direito”, concluiu.

Ouça o áudio da entrevista:

Alex Tanuri responde críticas do presidente do PSL e Juazeiro

Presidente da Casa Legislativa Alex Tanuri.

O presidente da Câmara Municipal de Juazeiro, Alex Tanuri, rebateu às declarações do presidente do PSL no município, que defendeu a expulsão do parlamentar após críticas feitas a Jair Bolsonaro.

Na oportunidade, o presidente do PSL afirmou que Tanuri seria ““resto da política do atraso que ficou no PSL da Bahia que antes era base do PT”. “Estamos limpando a casa e muito em breve ele será expulso do partido por ferir o Art. 12 do nosso Estatuto, já que o valentão não tem coragem de assinar a carta de desfiliação”, disse.

LEIA TAMBÉM

Presidente do PSL de Juazeiro critica discurso de Alex Tanuri sobre Bolsonaro

Alex Tanuri se posicionou sobre as críticas e, em resposta, voltou a criticar Bolsonaro e reafirmou sua admiração aos ex-presidentes Lula e Dilma, ao prefeito de Juazeiro Paulo Bomfim e a Isaac Carvalho.

LEIA MAIS

Ciro Gomes afirma que Lula é “encantador de serpentes”

Ciro disse não ter apoiado Haddad por já ter engolido “m* em nome deles demais”.

O ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), em entrevista ao programa provocações, da TV Cultura, fez duras críticas ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, preso desde abril do ano passado por corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-governador do Ceará afirmou que Lula sempre foi desleal com seus companheiros. “Eu conheço o Lula. Ele é um encantador de  serpentes, um enganador profissional. Não tem um companheiro com quem ele não tenha sido desleal ao longo da vida inteira, ele cultiva isso”, disse.

Ainda segundo Ciro, Lula é “carta fora do baralho” e “todo mundo do PT sabe”. “Como manejar este defunto eleitoral é muito delicado para todos eles. Ele fez uma lei que determina que num País com quatro graus de jurisdição, no 2º grau de condenação, você perde os direitos políticos. Ele está inelegível até fazer 90 anos.”

Rodrigo Araújo critica Gabriel Menezes por dar publicidade a ações no interior

O vereador Rodrigo Araújo não apoiou a ação de Gabriel Menezes, que resolveu tomar partido pela falta d’água em algumas comunidades rurais, enviou carros pipa e depois deu publicidade ao feito.

Segundo Rodrigo, essa ação não é exclusiva do parlamentar, já que ele também tem levado carros pipa para a Zona Rural da cidade, contudo, não precisa ir às rádios fazer política com as ações.

“Sou do interior, filho de homem do campo. Meu pai foi quem mais colocou carrada de água aqui no município de Petrolina. Sempre ajudo matando a sede de quem mais precisa, colocando carradas de água, mas não preciso estar na rádio dizendo que coloquei um carro de pipa para lá ou para cá. Eu não uso a sede do povo para fazer política”, disparou.

Descrédito da Câmara perante a população

Sobre a fala de Gabriel a respeito do povo ter nojo da Casa Legislativa, Rodrigo concordou em partes com o amigo parlamentar e criticou vereadores que não acompanham toda a sessão, inclusive quando projetos são apresentados.

“Eu vejo também que a nossa Câmara de Vereadores está muito desacreditada. Mas ele falou sobre nojo e eu quero dizer que eu nem sou seboso e nem sujo. Eu trabalho, tenho 16 projetos sancionados, aprovados, acho que sou o vereador que tem mais projetos na Casa. Semana passada na participação do pastor, na hora da votação, quase faltou quórum para apreciação do projeto. A gente tem responsabilidade sim”, afirmou.

Lucas Ramos critica “pacote de arrochos” do Governo Federal

Deputado Lucas Ramos (PSB)

Em discurso na Reunião Plenária desta quinta (17), o deputado Lucas Ramos (PSB) avaliou que o “pacote de arrochos” e o aumento no déficit fiscal para R$ 159 bilhões em 2017 e 2018, anunciados pelo Governo Federal na última terça (15), “confirmam o desequilíbrio nas contas públicas do País e o fracasso das promessas feitas”.

Além da revisão da meta fiscal – antes estipulada em déficit (gasto superior à arrecadação) de R$ 139 bilhões em 2017 e R$ 129 bilhões em 2018 – o Governo Federal planeja cortar R$ 10 do salário mínimo (para R$ 969) e adiar, por um ano, o reajuste prometido a servidores federais. Também pretende cortar 60 mil cargos públicos que estão vagos, à espera de concurso para serem preenchidos.

“A nação brasileira acordou na quarta-feira muito mais pobre, e vai pagar mais uma vez a conta de uma péssima gestão. Temos um Governo que gasta muito, gasta mal e ainda impõe a sua ineficiência ao servidor e à parte da população mais vulnerável, que mais precisa de serviços públicos de qualidade”, expressou Ramos. O deputado do PSB também criticou o presidente Michel Temer pelo aumento nos tributos sobre combustíveis.

Cristina Costa afirma que fala de Ronaldo Silva chamando Lula de ‘ladrão’ pode render um processo por parte da assessoria do ex-presidente

Vereadora de Petrolina, Cristina Costa (PT)/Foto Waldiney Passos

Assegurando estranhar o comportamento do vereador Ronaldo Silva (PSDB), na sessão da Câmara Municipal de Petrolina da última quinta-feira (10), a vereadora Cristina Costa (PT), ratificou  questionar o modo como o edil interferiu em sua fala, sem pedir aparte, quando ela enaltecia a postura do ex-presidente Lula no depoimento ao juiz Sérgio Moro em Curitiba-PR.

Cristina disse respeitar o processo democrático da Casa Plínio Amorim, por entender que no espaço legislativo existem diversos opiniões e projetos partidários. “Eu tenho que respeitar todos os projetos, gostando ou não, que a pessoa defenda este projeto”, relatou.

No entanto, ela informou que a fala de Ronaldo Silva chamando Lula de ‘ladrão’, entre outros adjetivos, pode lhe render um processo por parte da assessoria do ex-presidente. “O que me estranhou não foram as palavras dirigidas ao presidente Lula, por que essa palavra já se encontra de posse da assessoria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não sou eu que vou botar processo contra A, B ou C, é a assessoria que vai analisar”, disse.

Veja vídeo com a íntegra da fala de Cristina Costa:

Ronaldo Silva repudia atitude de Cristina Costa e diz que ela vai ter que responder na justiça por calúnia e difamação

Vereador de Petrolina, Ronaldo Silva (PSDB)/Foto Waldiney Passos

Em um discurso sereno, mas cheio de rancor, o vereador Ronaldo Silva (PSDB), rechaçou a postura da vereadora Cristina Costa (PT), em ter, após o episódio do último dia 10, quando os dois vereadores divergiram sobre a idoneidade moral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentado denegrir a imagem dele nos meios de comunicação da cidade. “A vereadora passou a semana inteira tentando denegrir minha imagem dizendo que eu sou uma pessoa que parte para agredir fisicamente”, assegurou.

Ronaldo reputou as afirmações feitas nos veículos de comunicação como caluniosas, negando inclusive que sejam verdadeiras as acusações que o mesmo seria proprietário de um posto de gasolina em Petrolina.  “A vereadora vai ter que provar perante a justiça se eu sou ladrão, se eu tenho posto de gasolina, é a justiça que vai dizer isso”.

Falso testemunho

O vereador fez uma dura acusação ao afirmar que a vereadora Cristina Costa responde a um processo na Polícia Federal por falso testemunho. “Não é Ronaldo Silva que está dizendo que a vereadora mentiu, quem está dizendo aqui é a justiça federal. Cumpriu o mandato de cesta básica, cumpriu a ordem da justiça para trabalhar dando horas de serviço na comunidade do Gercino Coelho, isso sim que a sociedade tem que saber”, relatou.

Retratação do Sinjope

Silva também criticou a atitude da jornalista Maria Lima, que, segundo o mesmo, distorceu os fatos e induziu o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (SINJOPE) a divulgar uma nota de repúdio contra ele e o companheiro Ronaldo Cancão, quando exercia a função de Assistente de Gabinete da vereadora Cristiana Costa e não a profissão de jornalista. “Ela é funcionária desta Casa, então ela não poderia está aqui exercendo a função de jornalista”, disse.

Veja o vídeo com a íntegra da fala do vereador:

Miguel Coelho afirma que Julio Lossio não está preocupado com o interesse da população

Prefeito de Petrolina Miguel Coelho (PSB)/Foto: Blog Waldiney Passos

Sem papas na língua, o prefeito de Petrolina Miguel Coelho (PSB), foi incisivo ao responder sobre  as provocações do ex-prefeito Julio Lossio que o teria mandado ‘trabalhar ao invés de ficar choramingando’.

Ao ser questionado sobre o assunto, Miguel rebateu. “Primeiro que quem vive de passado é museu, então eu não vou aqui querer polemizar com a pessoa que não tem mais nada para poder colaborar tanto com essa administração, quanto com a cidade. Se eu estivesse choramingando eu estava aqui pedindo desculpas porque iríamos atrasar, eu tô dizendo que a gente vai resolver, então ele precisa definir melhor quais são as palavras e os conceitos que ele usa e acho que ele precisa manter um nível no debato, porque uma pessoa que solta a nota do jeito que soltou, ele não tá preocupado no interesse da população, está querendo polemizar e tá querendo aparecer. Se ele tiver me esperando para isso, ele vá curtir a viagem dele na Inglaterra, porque não vou entrar nisso”, disparou.

Equipe de transição de Lossio se manifesta sobre declarações de comissão de prefeito eleito

Julio Lossio

Comunicado diz que recebeu com surpresa críticas da comissão do prefeito eleito (Foto: arquivo)

A equipe de transição do governo municipal de Petrolina, designada pelo prefeito de Petrolina, Julio Lossio, recebeu com surpresa declarações feitas pela comissão que representa o prefeito eleito no processo transitório. Valendo-se do direito de defesa e resposta, a equipe de Lossio vem a público esclarecer alguns pontos colocados de forma não republicana por membros do governo que se estabelecerá na cidade a partir de 2017.

Prazo de entrega de documentos 

É importante esclarecer que recebeu-se requerimentos, por exemplo, questionando o motivo do pagamento antecipado da folha de novembro; ou a apresentação de processos de contratação de bandas para o São João do Vale dos anos de 2013 a 2016; processos e contratos de fornecimento de materiais e serviços extintos; informação e destinação atual dos saldos de contas bancárias; entre outros; desconexos com o objetivo da transição. A tais requerimentos, elegantemente, a resposta restringiu-se a demonstrar que eles não guardam qualquer pertinência com o processo de transição.

Acompanhamento de processos na Procuradoria Geral do Município

Não há (aliás, nunca houve, em Petrolina) um sistema especifico para essa finalidade em função do elevado custo, mas nunca se deixou subtender que não haveria efetivo controle e acompanhamento dos processos por outros meios e ferramentas de informática disponíveis, além dos sistemas de recorte de publicações. Em resumo, os gestores que se sucederam à frente da Gestão Municipal optaram por não investir em sistema de acompanhamento de processos. No ponto, caberá ao prefeito eleito definir se contratará ou não um sistema informatizado.

 Nova Semente     

O Programa já apresenta resultados positivos nos índices educacionais do Município, aliás, foi abraçado por todos os candidatos a prefeito em 2016. Todas as prestações de conta foram tempestivamente apresentadas para análise dos órgãos competentes, sendo, inclusive, em algumas ocasiões, procedidos ajustes para atendimento aos termos do convênio celebrado com o PETRAPE.

Portal da Transparência     

A atualização requer permanente acompanhamento, porém, não é demais mencionar que, no Ranking da Transparência publicado pelo Ministério Público Federal, Petrolina está entre os 32 (trinta e dois) municípios mais transparentes de Pernambuco.

 Acompanhamento de obras          

Membros da Comissão do prefeito eleito e seus engenheiros não cumpriram integralmente os compromissos agendados para visitação aos canteiros. Apenas uma das obras agendadas para ser visitadas, de reforma da Escola da Cohab VI, encontrava-se fechada por questões afetas à atual gestão, que serão dirimidas até o fim do exercício.

Dinheiro em caixa/ Precatórios

A determinação do atual Prefeito é pelo absoluto cumprimento da legislação pertinente ao encerramento do exercício e do seu mandato, com a peculiar responsabilidade da atual gestão, que teve todas as suas contas, de 2009 a 2014, aprovadas pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (2015 ainda não foi apreciada). Situação contrária da que recebeu de seus antecessores as finanças municipais em 2009, com dívidas da ordem de R$ 96,3 milhões (R$ 31 milhões de Previdência; R$ 26 milhões do BNDES; R$ 14,4 milhões da COMPESA; R$ 14 milhões de precatórios; etc.), às quais se somaram importantes valores de precatórios – também decorrentes da gestão 2005/2008 –, em cuja relação, apenas duas empresas (uma empreiteira e um curtume) representam 58%, aproximadamente R$ 30 milhões, da dívida de precatórios consolidada (TJPE, Instrução de Serviço nº 01/2016).

Relevante complementar que, como a totalidade dos municípios brasileiros, Petrolina também passa por dificuldades financeiras, não somente em decorrência da crise econômica do País, mas de dívidas de gestões passadas que impactaram de forma importante as finanças municipais, próximas de R$ 106 milhões, conforme acima demonstrado, a exemplo da dívida com precatórios, que culminaram com recente bloqueio de R$ 2,2 milhões das contas do Município. Mesmo assim, em que pesem todas as dificuldades, serão cumpridas as normas de regência das finanças públicas (LRF e Lei nº 4.320/1964).

Por fim, a Comissão de Transição instituída pelo Prefeito Julio Lossio, mais uma vez, coloca-se à disposição para prestar as informações solicitadas pela Equipe de Transição do Prefeito eleito Miguel Coelho, apenas requerendo que elas sejam condizentes com o processo de transição, fazendo-o de forma civilizada e objetiva, sempre buscando o benefício da população.

12