Bolsonaro volta a dizer que médicos cubanos são escravos da ditadura

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a afirmar hoje (18) que Cuba submete seus profissionais, vinculados ao programa Mais Médicos, a uma situação de “trabalho análogo a escravidão”. Ele também afirmou que alguns prefeitos, que reclamam da saída dos cubanos, querem se eximir de responsabilidades.

“A prefeitura mandou embora seu médico para pegar um cubano. Quer ficar livre da responsabilidade. A Saúde [municipal] também tem sua responsabilidade”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro acrescentou que ainda não é o presidente, mas que “dia 1º vamos apresentar [uma solução para a saída dos médicos cubanos]. Não podemos admitir escravos cubanos no Brasil nem continuar alimentando a ditadura cubana também”.

O presidente eleito reiterou o que disse há dois dias, lembrando que muitos cubanos deixam para trás as famílias, pois não podem trazê-las para o Brasil e são obrigados a repassar 70% dos salários para o governo de Cuba.

Secretária de Saúde de Casa Nova de preocupado com saída de médicos cubanos

(Foto: Internet)

Após o anúncio do Ministério da Saúde Pública de Cuba sobre a retirada dos médicos cubanos do Brasil, a secretária de Saúde de Casa Nova (BA), Maria de Lourdes Silva Santos, falou sobre o assunto e expôs sua preocupação com a decisão, já que o município baiano conta com seis médicos cubanos.

A secretária citou a própria cidade como exemplo, já que dois médicos brasileiros saíram do programa desde junho e ainda não foram substituídos. “O SUS agoniza no nosso país e saída desses profissionais terá como maiores prejudicados a nossa população carente, pois a reposição prometida não tem nem como ser realizada”.

“Imaginem substituir 8 mil médicos, como os de Casa Nova, trabalhando em localidades do interior com grande distância da sede. Eles moram na localidade dando assistência ao nosso povo sertanejo. Como ficará essa demanda de pacientes sem esses anjos da saúde, que além de atender na unidade básica fazem visitas domiciliares a pacientes acamados, atendem na localidade da sua unidade e na área de abrangência?”, questiona Maria de Lourdes.