Dom Beto celebra 25 anos de ordenação presbiteral neste sábado em Juazeiro 

(Foto: Internet)

Caravanas de Ipojuca, Ceará, Recife Sirinhaém e Pesqueira já estão em Juazeiro (BA) e reunidos aos fiéis da Diocese e a Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, participarão neste sábado (24), às 18h, na Catedral- Santuário Nossa Senhora das Grotas, da missa solene em ação de graças pelo jubileu de prata sacerdotal de Dom Frei Carlos Alberto Breis Pereira, bispo diocesano de Juazeiro.

Dom Beto foi ordenado padre no dia 20 de agosto de 1994, na cidade de Fortaleza (CE), pelo então Arcebispo-cardeal Dom Aluísio Lorscheider.

De Minas Gerais, Bispo de Juazeiro escreve mensagem sobre rompimentos de barragens em Mariana e Brumadinho

(Foto: Pascom Diocesana)

O Bispo da Diocese de Juazeiro (BA), Dom Beto Breis, se encontra na Arquidiocese de Mariana (MG) onde assessora um encontro para padres de Minas Gerais e do Espírito Santo. Próximo às vitimas do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), Dom Beto redigiu uma mensagem manifestando indignação pelo ocorrido e convidando o povo a exigir das “autoridades competentes que sejam tomadas medidas cabíveis e urgentes” em amparo às vítimas e em defesa do Rio São Francisco. Confira a mensagem na íntegra:

“Nestes dias estamos na Arquidiocese de Mariana, Minas Gerais, assessorando um Encontro de Formação Permanente para presbíteros do Regional Leste II da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo). Bem perto, geograficamente e no afeto, das vítimas dos crimes provocados pela Companhia Vale do Rio Doce, para a qual o lucro e os sucessos nas cotações importam incomparavelmente mais que vidas humanas e de tantos outros elementos da Criação, nossa Casa Comum.

Compaixão e indignação são sentimentos que perpassam nosso coração de pessoa humana e de Pastor do Povo de Deus. Até que ponto chegamos! A ganância e a avidez pelo lucro enceguecem e desumanizam os responsáveis por esses crimes hediondos e ferem o princípio fundamental do valor incondicional da Vida (princípio ético de qualquer civilização). Vítimas de Mariana ainda esperam, entre dor e cansaço, seus direitos serem respeitados e assegurados.

Temos, ainda, acompanhado com grande apreensão os risco reais de que o veneno que escorre com a enorme quantidade de lama, substâncias e sedimentos diversos em densidade e em grau de contaminação, chegue às águas do Rio São Francisco, nosso Velho Chico. Ele é nosso irmão e o pai das populações por onde suas generosas águas fluem até desaguarem na imensidade do Atlântico (após percorrerem 2.700 km de sua extensão). Estudos realizados comprovam que tal veneno nem sempre terá a visibilidade da lama que destrói e provoca mortes imediatas, comporta grau nocivo e letal. Podemos imaginar, apreensivos, o que pode ocorrer se medidas efetivas e imediatas não forem tomadas no sentido de que esse material contaminante não chegue à bacia hidrográfica do Rio da Integração Nacional.

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Campanha da Fraternidade 2018 que discute a superação da violência é lançada em Juazeiro

Dom Beto Breis (de camisa clara), Bispo de Juazeiro e equipe. (Foto: Blog Waldiney Passos)

Nesta Quarta-Feira de Cinzas (14), quando inicia a Quaresma para os católicos, também é lançada a Campanha da Fraternidade 2018, com um tema bem atual: Fraternidade e Superação da Violência. O lema, apoiado na bíblia, complementa o motivo da escolha. Retirado do Evangelho de Mateus, capítulo 23, ressalta: “Vós sois todos irmãos”.

Em Juazeiro (BA), o Bispo da Diocese Dom Beto Breis, reuniu a imprensa e com a presença do vigário geral Padre Josemar Mota, a coordenadora da Pastoral da Mulher, Fernanda Lins, e da coordenadora da Pastoral da Terra (CPT), Marina Rocha, fez o lançamento oficial da campanha.

Dom Beto destacou que o tema é oportuno porque a violência tem crescido de uma maneira impressionante, que assusta toda a sociedade. Segundo o Bispo, até poucas décadas atrás, a violência era um problema das grandes cidades, mas hoje não é mais. Os índices de violência nas pequenas e médias cidades já são altíssimos também.

“A campanha da fraternidade quer nos trazer, justamente, o desafio de superarmos a violência. E o lema da campanha, diz qual é a chave, dar o caminho para a superação da violência, que é a fraternidade. Somos todos irmãos”, frisou o Bispo.

Para Dom Beto, a violência é o mal do nosso tempo e o que tá na raiz de tanta violência é a indiferença diante do outro.

“Nós vivemos em uma sociedade, onde o mercado, o dinheiro, o lucro estão sempre em primeiro lugar e nunca a pessoa humana” disse o Bispo.

Dom Beto, Bispo de Juazeiro.

O religioso lembrou que na Bahia, em 2017 foram assassinadas 4.200 pessoas. A maior parte das mortes foi no interior do estado.

Para ele uma das soluções para a superação da violência, é a fomentação de uma cultura de paz e trabalhar com a prevenção para que ela, a violência, não aconteça.

“O grande desafio é chegar antes. Chegar antes que a droga, chegar antes que a morte e assim por diante. E onde há investimento em esporte, educação, lazer, nas artes… o jovem não entra nesse mundo. Há pouquíssimos investimentos em políticas públicas que fomentem ações no sentido de prevenir, ou seja, no chegar antes”, destacou o Bispo.

Ele informou ainda que a Igreja Católica em Juazeiro, vai reformar uma casa que a Diocese tem no bairro Piranga, para colocar um projeto onde serão atendidas crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. Serão desenvolvidas ações de educação, esportes, artes e formação cultural para essas pessoas não ingressem no mundo da violência.

Bispo envia mensagem de natal aos fiéis católicos da Diocese de Juazeiro

Dom Beto Breis, Bispo da Diocese de Juazeiro. (Foto: Internet)

Bispo da Diocese de Juazeiro, Dom Beto Breis, envia mensagem de natal aos católicos da Diocese de Juazeiro. Leia a mensagem na íntegra:

NATAL: FESTA DA HUMILDADE DE DEUS, FESTA DA HUMANIDADE

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

 Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

 O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato. 

O bicho, meu Deus, era um homem.

Natal é a festa da Humanidade. É Celebração carregada de otimismo antropológico: se o próprio Deus assume nossa condição, quanto valor não haverá cada pessoa humana, imagem de Deus formada na Criação e re-formada na Encarnação do Verbo? Todavia, é sempre o pecado, com suas múltiplas expressões pessoais e sociais, que de-forma essa imagem, que lhe nega e avilta. Daí tantos rostos de-formados pela abissal, persistente e escandalosa desigualdade num país de “tradição cristã”. No âmbito mundial, guerras estúpidas (existe guerra sensata?) reforçam ódios, pré-conceitos, barreiras e geram dor e morte num jogo de retaliações e vingança nada próprias de uma “Civilização” que se diz cristã.

O poema que abre este artigo, do grande poeta pernambucano Manuel Bandeira (+1968), convida a olhar corpos de-formados, dignidades feridas de quem vive de sobras, de restos das mesas dos epulões. De fato não aprendemos a lição do Natal. Ousamos romantizar o nascimento do Deus-humanado em uma estrebaria (foi o que sobrou, pois “não havia lugar para eles na hospedaria”, como afirma o Evangelista) e a substituí-lo por um velhinho lendário e bem adequado aos gostos consumistas e neoliberais. Não é também pequena a tentação de substituirmos o cerne da mensagem natalina, evangélico, por mensagens piegas, nada in-cômodas e desafiadoras, carregadas de sentimentalismo estéril, efêmero e intimista. Estamos distantes de Francisco de Assis, que ao se encantar com o mistério da humildade de Deus des-velada no Natal, “cria” o presépio para vislumbrar a concretude da sua pobreza: “Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro” (1 Celano 84).

O Natal anuncia que o Filho dileto do Pai despoja-se de sua divindade para re-vestir de dignidade nossa humana condição. O Verbo se faz corpo re-velando a sacralidade inviolável de cada corpo humano. Celebrar dignamente o Natal implica, portanto, em reconhecer que o humano é caminho inexorável para se chegar ao divino. Não se pode acolher o Cristo que vem ao nosso encontro sem deixar-se encontrar e interpelar pelo outro, particularmente os feridos e negados em sua dignidade, tratados como bichos. Apoiar (concretamente) movimentos, grupos, entidades e associações que estão a serviço da afirmação e do resgate da dignidade humana é possível gesto concreto de quem aprende que celebrar o nascimento daquele que se faz nosso irmão é irmanar-se, romper velhas crostas de egoísmo e indiferença. Na festa do Deus in-visível que se faz visível em nossa carne, abramos os olhos para re-conhecer os in-visíveis de nossa sociedade!

 Neste período privilegiado, sonhemos com um tempo novo, no qual a nenhum ser humano seja imposta condição des-humana. Esse é o sonho de Deus! Empenhemo-nos, com nossa responsabilidade e compromisso, ensaiando um tempo novo daquela Paz anunciada pelos anjos aos humildes pastores. Paz que é fruto da Justiça!

Que o Natal nos in-comode e des-instale como homens e mulheres encantados pelo Deus que na sua ternura amorosa dá-se por inteiro a nós (quem ama não dá sobras, nem restos). Caso contrário “haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, (…) mas é tudo falso“, como bem lamentou o Papa Francisco recentemente.

Dom Beto Breis, OFM

Diocese de Juazeiro – Bahia

Bispo de Juazeiro recebe título de cidadão Juazeirense

Vereador Alex Tanuri e Dom Beto. (Foto: ASCOM)

Nascido no município de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, Dom Carlos Alberto Breis Pereira, ou simplesmente Dom Beto, como é carinhosamente chamado, recebeu esta semana, em solenidade no auditório da Casa Aprígio Duarte, o Título de Cidadão Juazeirense. A indicação foi do Vereador Alex Tanuri.

Dom Beto, é Bispo da Diocese de Juazeiro, desde o dia 07 de setembro de 2016.

A homenagem a Dom Beto lotou o auditório da Câmara com religiosos de toda a Diocese, autoridades militares, civis, conjunto musical e a Banda da PM.

Durante seu discurso, Dom Beto destacou a atuação de Dom José Rodrigues, “pastor por 28 anos desta Diocese, conhecido como Bispo dos excluídos” e do “meu antecessor, Dom José Geraldo Cruz”, sempre ressaltando que a homenagem ele era uma homenagem à Igreja “viva e atuante”.

Ao final citou o Papa Francisco: “A política, tão manchada, é uma sublime vocação. É uma das formas mais preciosas de caridade, porque busca o bem comum”, disse Dom Beto.

Encerrou seu discurso dizendo: “Posso, com convicção e sinceridade, dizer que desde a nomeação para Bispo de Juazeiro, em fevereiro de 2016, meu coração sentiu-se vinculado a esta cidade, antes de conhece-la, já a amava”.