Polícia Civil de Pernambuco dá detalhes sobre Operação Ripstop

Draco coordena investigação (Foto: Marina Meireles/G1)

A Polícia Civil de Pernambuco apresentou os detalhes sobre a Operação Ripstop na manhã dessa quarta-feira (17), durante coletiva de imprensa. Pelo menos 131 licitações foram investigadas desde março de 2019. Ontem as equipes da PC estiveram em pelo menos cinco prefeituras e órgãos públicos, como a Assembleia Legislativa de Pernambuco e a Câmara Municipal do Recife.

LEIA TAMBÉM

Prefeitura de Petrolina divulga nota sobre operação “Ripstop”

Polícia Civil deflagra Operação Ripstop em cinco cidades de Pernambuco

“Constatamos que uma das empresas de fachada havia sido contratada por diversas prefeituras de Pernambuco com verbas federais para o combate à Covid-19. Entramos em contato com a PF e, para uma investigação não atrapalhar a outra, deflagramos as operações no mesmo dia“, disse o delegado Diego Pinheiro que está a frente da investigação.

LEIA MAIS

Polícia Civil deflagra Operação Ripstop em cinco cidades de Pernambuco

Draco coordena investigação (Foto: Marina Meireles/G1)

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na manhã dessa terça-feira (16) uma operação para investigar crimes de fraudes em licitações. “Ripstop” está acontecendo na capital Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe e também em Petrolina.

De acordo com a Polícia Civil, os mandados foram expedidos em conjunto com a Polícia Federal. A Operação Ripstop investiga ainda o uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa. O esquema teria resultado na fraude de R$ 132 milhões.

A investigação

O trabalho da polícia é feito conta com apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). As investigação tiveram início ainda em 2019 onde foram apontados indícios de fraudes em Petrolina. A partir disso as equipes identificaram cinco empresas de fachadas em nomes de laranjas, mas pertencentes ao mesmo grupo empresarial.

LEIA MAIS

Ministério Público analisará mais de 1,3 mil inquéritos de delegacias extintas pelo Governo de Pernambuco

(Foto: Jarbas Araújo/Alepe)

A extinção da Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) fez o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ter sob sua tutela mais de 1,3 mil inquéritos que serão analisados e encaminhados à promotoria criminal.

O MPPE tomou a decisão para que nenhuma das investigações ainda em curso seja afetada. A previsão é que os inquéritos chegam ao órgão nessas semana, afirma a promotora de Justiça Helena Martins. “Os promotores vão analisar e dar o encaminhamento devido. Vamos verificar se os inquéritos estão em fase de conclusão e podem virar denúncias ou se ainda será preciso fazer alguma diligência policial”, disse.

A Decasp foi extinta na semana passada após aprovação da lei estadual que criou o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Sob fortes críticas, o Governo do Estado. Ontem a Justiça deu um prazo de 72 horas para o Estado se pronuncia a respeito do fim da delegacia.

Alepe aprova fim da delegacia de combate à corrupção

(Foto: Jarbas Araújo/Alepe)

A medida anunciada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), de extinguir as delegacias de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) foi aprovada em uma sessão de muito bate boca na Assembleia Legislativa de Pernambuco na noite de terça-feira (30).

O Projeto de Lei foi apresentado pelo Governo do Estado, sendo aprovado por 36 votos e quatro contra. A matéria volta à discussão nessa quarta-feira (31). Além da Decasp, a delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim) também foi extinta e será criado um novo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

LEIA TAMBÉM:

Projeto propõe extinguir delegacia de combate à corrupção, delegados de Pernambuco criticam iniciativa

O Draco ficará subordinado a outra diretoria e chefiado por delegado que será nomeado em comissão pelo governador. Opositores viram a manobra como uma forma de afastar a delegada Patrícia Domingos, responsável por investigar nomes ligados ao Palácio dos Campos da Princesa do seu cargo. Sem as delegacias, ela deixará o órgão.

LEIA MAIS