Desenrola Brasil: governo lança plataforma para renegociar dívidas nesta segunda

O governo federal lançou nesta segunda-feira (9) a plataforma do programa Desenrola Brasil. O lançamento dá início à segunda etapa do programa, na qual serão renegociadas dívidas bancárias e não bancárias — como contas de luz, água, varejo, educação, entre outros — de pessoas com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).

Nesse momento, dívidas com valor atualizado de até R$ 5 mil poderão ser renegociadas à vista ou parceladas em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Os débitos até essa quantia terão prioridade da garantia cedida pelo governo por meio do Fundo de Garantia de Operações (FGO), que soma R$ 8 bilhões.

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Dia do Nordestino é tempo de pensar o futuro econômico da região, que inclui a liderança na transição energética do País

Neste domingo (08/10) se comemora o Dia do Nordestino. Criada há 14 anos, a data foi uma decisão do Legislativo de São Paulo, que em 2009 decidiu homenagear o poeta cearense Patativa do Assaré (1909-2002), no centenário de seu nascimento. A data serve para refletir sobre o posicionamento do nordestino e da região no cenário nacional.

Apesar de ainda ser tratado com preconceito e da desigualdade social persistente, o Nordeste mudou. Quando se olha para o Brasil, a região desponta como protagonista na transição energética do País e como âncora para a economia verde, considerada a tendência do futuro no mundo.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que o Nordeste é responsável por 82,3% de toda a energia solar e eólica produzida no Brasil. Juntos, os estados da região têm capacidade instalada de quase 30 gigawatts (GW) de renováveis. Esse número representa mais de 15% da capacidade de produção de energia elétrica instalada no Brasil. Além dessa capacidade instalada, 78% dos projetos em fase de construção no País ficam na região, representando mais 10 GW de potencial de capacidade de produção de energia limpa.

Hidrogênio Verde

Depois da transição energética protagonizada no Brasil com as energias renováveis, a nova aposta da região é o hidrogênio verde (H2V). O combustível que não gera emissões de carbono e tem potencial de geração a partir de eólicas tanto em terra (onshore) quanto no mar (offshore) e de plantas solares.

O hidrogênio verde é considerada a alternativa em um futuro próximo para ser usado em processos industriais e atividades dependentes de combustíveis fósseis, grandes emissoras de gases do efeito estufa. Atualmente, Pernambuco e Ceará mantém esforços para erguer plantas de hidrogênio verde em seus territórios. Em Pernambuco, o projeto do TecHUB foi lançado em 2022, numa parceria entre o Porto de Suape e o Senai.

A proposta é agregar plantas de geração de energia renovável, complexos de laboratórios e usinas de hidrogênio verde. A ideia é que o espaço seja utilizado para o desenvolvimento, a validação e a testagem de soluções inovadoras com foco na produção, transporte, armazenamento e gestão do hidrogênio sustentável.

De acordo com a diretora-geral do Senai, Camila Barreto, a iniciativa foi muito bem recebida pela gestão federal, sobretudo devido à sua importância no contexto do desenvolvimento sustentável. “As discussões sobre o hidrogênio de baixo carbono são essenciais para que o Brasil seja um dos protagonistas da transição energética. Na reunião, apresentamos diversas possibilidades de parcerias que podem ser firmadas com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e que estão alinhadas com as estratégias do governo”, pontua.

Outro Hub do Hidrogênio Verde será implantado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. As estimativas de capacidade de produção do complexo cearense são de cerca de um milhão de toneladas de hidrogênio por ano. Parte do gás será direcionado para o polo industrial que ocupa a área do porto e o restante será escoado para a Europa.

Outro diferencial do Nordeste na produção de hidrogênio verde é a capacidade de oferecer preço competitivo no mercado mundial. Esse valor é determinante para viabilizar o H2V. A região tem condição de produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo, por conta de um conjunto de fatores: possui eletricidade abundante a baixo custo, radiação elevada, ventos constantes e está geograficamente bem posicionado.  Todas essas essas oportunidades no setor de energia apontam para a possibilidade de desenvolvimento econômico e social no Nordeste. Essas mudanças contribuem para reduzir as desigualdades sociais e ajudar a apagar a imagem do nordestino e da região como uma região pobre, de chão rachado e terra ocre. O futuro do Nordeste é verde e vai alçar o Brasil a uma nação mais sustentável, exemplo para o mundo.

JC Online

Mercado eleva para 2,92% projeção de crescimento da economia em 2023

Pela quinta semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 2,89% para 2,92%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (25), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

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Líderes da Câmara se reúnem à noite para definir pauta econômica

O colégio de líderes da Câmara dos Deputados se reúne na noite deste domingo (2) para definir a pauta de votação da primeira semana de julho, após a reunião, que costuma acontecer às terças, ter sido antecipada pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL).

Lira anunciou a antecipação pelas redes sociais na sexta (30), depois de reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Desde meados de junho que o presidente da Câmara anuncia para a semana um esforço concentrado de votação de pautas econômicas amplas, como a reforma tributária, o arcabouço fiscal e mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Outro tema que pode ser votado pelos deputados é a recriação do Programa de Aquisição de Alimentos (PPA). “Tem uma agenda pesada na semana que vem. Muita coisa para decidir, mas a intenção é votar tudo”, disse Haddad após o encontro com Lira. Uma sessão extraordinária de deliberação já foi convocada para as 16h de segunda-feira (3).

O primeiro tema a ser votado deverá ser a proposta pelo retorno do voto de qualidade no Carf, tema para o qual foi dada urgência pelo governo e que no momento trava a pauta do plenário. A medida é tida como prioridade pela equipe econômica, por abrir caminho para desempates favoráveis aos cofres públicos em disputas fiscais.

Na sexta (30), Haddad disse acreditar que a Câmara vai respeitar um acordo feito entre o governo e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o assunto. Pelo entendimento, as empresas derrotadas pelo voto de desempate do governo ficariam isentas da multa, pagando apenas a dívida principal e os juros. Caso a empresa pague o débito em até 90 dias, os juros também serão cancelados.

Arcabouço fiscal
Uma vez liberada a pauta, a previsão feita por Lira e pelo governo é que seja novamente votado o texto-base do arcabouço fiscal. A proposta já havia sido aprovada em maio pelos deputados, mas precisará ser votada de novo porque o governo conseguiu fazer alterações no Senado, incluindo novas isenções ao limite de gastos.

Entre as mudanças, está a exclusão de gastos com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e as despesas com ciência, tecnologia e inovação.

Uma tramitação rápida do arcabouço é considerada crucial pelo governo, por dar previsibilidade e maior confiança ao mercado sobre a evolução dos gastos públicos. A expectativa da equipe econômica é que a medida ajude a acelerar uma eventual redução de juros pelo Banco Central e colocar o país numa rota de aquecimento econômico.

Reforma tributária
Há a expectativa de que o plenário da Câmara possa começar a votar uma primeira etapa da reforma tributária, cujo parecer foi apresentado no final de junho pelo relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), após mais de quatro meses de discussão.

A principal mudança prevista no relatório será a extinção de cinco tributos: três federais; o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados; e o Imposto sobre Serviços (ISS), arrecadado pelos municípios. Em troca, será criado um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, dividido em duas partes. O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) unificará o ICMS e o ISS. A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) será arrecadada pela União.

Contudo, há resistência de secretários de Fazenda estaduais, alguns dos quais se reuniram com Ribeiro na última quinta-feira (29). Uma das reivindicações é o aumento de R$ 40 bilhões para R$ 75 bilhões o Fundo de Desenvolvimento Regional, que deve ser criado para compensar o fim da guerra fiscal entre as unidades da Federação.

Agência Brasil

Festas juninas valorizam a cultura e movimentam a economia

Em Caruaru já começou, em grande estilo, e a expectativa de quase um mês de forró para toda gente. No Recife, serão vinte dias com mais de 800 atrações pela cidade. Do outro lado do estado, no Sertão, a festança está marcada para ter início no dia 16, em Petrolina, com atrações de peso e uma movimentação de R$ 275 milhões na economia municipal. Em todo o território pernambucano, assim como em outras partes do Nordeste, a estação junina é aguardada com alegria. Tanto pelo fortalecimento da identidade cultural, com a preservação e transmissão dos valores locais e regionais, quanto pela dinamização econômica que gera trabalho e renda para milhares de pessoas.

O São João chega, em 2023, com a esperança renovada pela superação dos últimos anos, marcados pelas restrições e preocupações da pandemia de Covid. Em cada cidade, prefeitos e população querem celebrar ainda mais que no ano passado, buscando atrair mais negócios e turistas, juntando aos rituais típicos um clima de prosperidade que seja capaz de semear novos frutos coletivos. O Nordeste pobre, endividado e cheio de problemas estruturais dá lugar a uma região em que o potencial econômico desponta, com clareza, no vislumbre da diversidade cultural.

A música e a dança puxam a tradição que se completa com a vestimenta e a comida típicas da época. A religiosidade do povo e o gosto pela festa rendem homenagens aos santos do mês – Antônio, João e Pedro. Polos de animação de variados portes recebem grandes artistas de nome nacional, bem como novos talentos regionais. Letras e ritmos de canções antigas fazem par com sucessos recentes de grupos e artistas populares. Com maior romantismo que o Carnaval, o apelo junino chama as multidões, ao mesmo tempo em que lança a fagulha para os apaixonados pelo forró.

A celebração também tem o cheiro da fertilidade da terra. O festejo se agrega à fartura do milho e da água que provê o alimento para todos. Bandeirinhas coloridas demarcam o alcance da alegria. As quadrilhas juninas formam espetáculos à parte, envolvendo crianças e adultos de diversas idade na dança que se dança junto, contando uma história. O conjunto de tradições e manifestações impulsiona o turismo nordestino, com gente de todo o país, e muitos deslocamentos dos centros urbanos para o interior, em cada estado. O Nordeste se aquece no período junino.

Ano passado, somente em Caruaru, a movimentação econômica foi estimada em R$ 550 milhões, com 3,2 milhões de pessoas na capital do forró. Os números são expressivos para um estado empobrecido e com grandes dificuldades, como Pernambuco, a exemplo de outros estados vizinhos. O São João surge no calendário feito oportunidade que não se pode perder. E a extensão prolongada da estação junina, não por acaso, mobiliza os gestores públicos, a iniciativa privada e as populações municipais, para que o potencial da festa seja plenamente aproveitado, e até multiplicado, enquanto o mês não terminar.

JC Online

Dívida Pública sobe 2,38% em abril e fica em R$ 6,03 trilhões

(Foto: Ilustração)

O montante de emissões de títulos da Dívida Pública Federal (DPF), aliado a um volume baixo de resgates no mês passado, elevou o estoque total da dívida em 2,38%, passando de R$ 5,89 trilhões, em março, para R$ 6,03 trilhões, em abril. Trata-se de um aumento nominal de R$ 140,12 bilhões. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (29) pela Secretaria do Tesouro Nacional, vinculada ao Ministério da Fazenda.

“Esta variação deveu-se à emissão líquida [emissões menos resgates], no valor de R$ 92,30 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 48,15 bilhões, descontada a transferência de R$ 0,34 bilhão para a carteira do Banco Central”, informou o ministério.

O Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) 2023, apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar o ano entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.

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Mercado do Produtor de Juazeiro é o segundo do país em comercialização

Juazeiro alcança mais uma posição de destaque no cenário nacional na gestão Suzana Ramos. Pela primeira vez na história, o Mercado do Produtor, sob a responsabilidade da Autarquia Municipal de Abastecimento (AMA), passou a ocupar a 2ª posição em volume e valores no Ranking Nacional na comercialização de hortifrutigranjeiros, conforme dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) no último dia 20 de abril.

O levantamento tem como base a quantidade anual de 2022, comercializando o volume de 1.719.456.610 (um bilhão, setecentos e dezenove milhões, quatrocentos e cinquenta e seis mil e seiscentos e dez) quilogramas de frutas e hortaliças. Um aumento de 20,45% em relação a 2021.

Para a prefeita Suzana Ramos, a conquista é fruto de uma gestão comprometida com o desenvolvimento de Juazeiro. “Estamos vivendo momento muito importante na história de Juazeiro, onde o crescimento da cidade e o volume de ações que estamos realizando vem mudando o cenário local e projetando, ainda mais, a nossa cidade para todo o Brasil. Esse é só o começo de muitas realizações que estamos viabilizando e que contribuirão para alavancar Juazeiro e colocá-la no topo de diversos segmentos”, declarou a gestora.

Ranking

O entreposto de Juazeiro está na frente de Ceasas de grandes capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Campinas, Recife, Porto Alegre e Salvador, ficando atrás apenas do CEAGESP, de São Paulo. As informações estão disponíveis no site da Conab (https://www.conab.gov.br/).

Em 2022, este setor da economia movimentou 17,5 milhões de toneladas de produtos hortifrutigranjeiros, representando R$ 61,8 bilhões. Somente o Mercado do Produtor de Juazeiro movimentou 1.719.456 toneladas representando R$ 5,7 bilhões.

O diretor da Autarquia Municipal de Abastecimento (AMA), responsável pelo Mercado do Produtor, Britoaldo Bessa, ressalta que este é um novo tempo de trabalho. “Recebemos com muita alegria esse resultado. É a gestão Suzana Ramos confirmando a força do novo tempo de trabalho. Quero dividir essa vitória com os nossos colaboradores e todas aquelas pessoas que compram e vendem no nosso entreposto. Vamos continuar trabalhando, através de uma gestão qualificada e transparente, para que o Mercado do Produtor de Juazeiro se destaque cada vez mais no cenário nacional”, destacou.

Texto: Welington Alves – Ascom/AMA/PMJ

Supremo pode julgar na quinta-feira revisão do FGTS pela inflação

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima quinta-feira (20) o julgamento que deve definir a taxa de correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com potencial de ganhos significativos para os trabalhadores com carteira assinada.

Na ação, aberta pelo partido Solidariedade, os ministros podem determinar que os valores nas contas do FGTS deveriam ter sido corrigidos sempre pela inflação, e não pela Taxa Referencial (TR), como ocorre desde o início dos anos 1990. A ação tramita desde 2014 no Supremo.

O julgamento tem grande relevância tanto para os trabalhadores quanto para o próprio Judiciário, que, ao menos nos últimos 10 anos, viu-se inundado com centenas de milhares de ações individuais e coletivas reivindicando a correção do saldo do FGTS por algum índice inflacionário.

Desde 2019, o andamento de todos os processos está suspenso por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, relator do assunto no Supremo. Ele tomou a decisão depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ)  decidiu, em 2018, depois de receber milhares de recursos, unificar o entendimento e manter a TR como índice de correção do FGTS, em decisão desfavorável aos trabalhadores.

Isso criou o risco de que as ações sobre o assunto fossem indeferidas em massa antes de o Supremo se debruçar sobre o tema, razão pela qual o relator determinou a suspensão nacional de todos os processos, em qualquer instância, até a decisão definitiva do plenário do STF.

Esta é a quarta vez que a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) sobre o assunto entra na pauta de julgamentos do plenário do Supremo. As outras foram em 2019, 2020 e 2021. Em todas as ocasiões, houve uma corrida para a abertura de ações individuais e coletivas, na expectativa de se beneficiar de uma possível decisão favorável aos trabalhadores.

Segundo estimativas do Instituto Fundo de Garantia, grupo que se dedica a evitar perdas no FGTS por seus associados, chegam a R$ 720 bilhões, no período de 1999 a março de 2023, as perdas dos trabalhadores com a correção pela TR no lugar do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — um dos índices oficiais de inflação.

O instituto disponibiliza uma calculadora em que é possível saber qual seria a diferença no saldo do FGTS em caso de correção pela inflação.

Jurisprudência favorece trabalhadores
A expectativa da comunidade jurídica é que o Supremo decida que a aplicação da TR para a correção do saldo do FGTS é inconstitucional, estabelecendo algum outro índice inflacionário como taxa de correção — o INPC ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“O Supremo já decidiu pela inconstitucionalidade da TR como taxa de correção monetária de depósitos trabalhistas e também de dívidas judiciais. Portanto, há esses precedentes que levam a crer em uma decisão similar sobre o FGTS”, disse o advogado Franco Brugioni à Agência Brasil.

Em 2020, o Supremo considerou inconstitucional aplicar a TR para correção monetária de débitos trabalhistas. O entendimento foi de que a forma de cálculo da TR, que é definida pelo Banco Central, leva em consideração uma lógica de juros remuneratórios, não tendo como foco a preservação do poder de compra, que é objetivo central da correção monetária..

A maior reclamação dos trabalhadores com carteira assinada é que a TR costuma ficar sempre abaixo da inflação, o que, na prática, corrói o poder de compra do saldo do FGTS. Pela sua forma de cálculo, a TR ficou zerada por longos períodos, em especial entre os anos de 1999 e 2013. A taxa voltou a ficar zerada em 2017 e 2019. A taxa voltou a ficar zerada por longos períodos em 2017 e 2019, por exemplo.

“A TR não é um índice capaz de espelhar a inflação. Logo, permitir a sua utilização para fins de atualização monetária equipara-se a violar o direito de propriedade dos titulares das contas vinculadas do FGTS”, argumenta o Solidariedade, partido autor da ação sobre o assunto no Supremo.

Quem tem direito?
Em tese, se o Supremo decidir pela aplicação de algum índice inflacionário, todos os cidadãos que tiveram carteira assinada de 1999 para cá teriam direito à revisão do saldo do FGTS, explica Brugioni. Contudo, o mais provável é que haja alguma modulação para amenizar o imenso impacto sobre os cofres da União, avaliou o advogado.

“É possível que o Supremo vá modular a questão de forma a não permitir novas ações, daqui para a frente. Talvez nem abarque quem entrou agora, talvez coloque uma linha temporal. O contrário também é possível”, disse Brugioni.

A Defensoria Pública da União (DPU) entrou como interessada na ação, devido ao grande volume de trabalhadores de baixa renda que procuram atendimento em busca da revisão do FGTS. A DPU chegou a soltar nota pública orientando os interessados a aguardar a análise pelo Supremo antes de acionar o Judiciário.

A DPU informou que, desde 2014, move uma ação civil pública sobre o assunto na Justiça Federal do Rio Grande do Sul, e que esse processo já teve o âmbito nacional reconhecido. Em caso de desfecho favorável no Supremo e na JF, “deve ser publicado um edital a fim de comunicar os interessados para que proponham ações individuais com o objetivo de executar a decisão favorável”, disse a Defensoria Pública na nota.

Sobre o FGTS
O FGTS foi criado em 1966 como uma espécie de poupança do trabalhador com carteira assinada. Antes facultativa, a adesão ao fundo se tornou obrigatória a partir da Consituição de 1988. Pela regras atuais, todos os empregadores são obrigados a depositar 8% do salário de seus funcionários no fundo. Isso se aplica aos empregados urbanos, rurais e, desde 2015, também aos domésticos. O dinheiro permanente sendo do trabalhado e fica vinculado a uma conta, gerida pela Caixa Econômica Federal, e somente pode ser sacado em condições previstas em lei, sendo uma das principais delas a demissão sem justa causa. Hoje o fundo serve para financiar diferentes políticas públicas, em especial o Sistema Financeiro Habitacional.

Agência Brasil

Divergências com Banco Central marcam 100 primeiros dias de governo

Ao longo dos 100 primeiros dias de governo, nenhum conflito teve temperatura mais alta que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Banco Central (BC). Na última quinta-feira (6), em café da manhã com jornalistas, Lula voltou a declarar que os juros estão muito altos e disse que talvez seja necessário mudar a meta de inflação.

Desde agosto do ano passado, o BC mantém a taxa Selic (juros básicos da economia), em 13,25% ao ano. A reação dos membros do governo varia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem criticado o tom dos comunicados do Comitê de Política Monetária (Copom), que não descarta novos aumentos nos juros se a inflação continuar persistente. A ata do Copom, que sai seis dias depois de cada reunião, tem saído com tom mais ameno, o que faz o governo reduzir as críticas ao BC.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem dito que a redução da Selic não é fácil porque houve um “deslocamento de demanda” em relação a bens. “A gente tenta suavizar o ciclo. A gente olha para frente. A gente entende que os juros altos causam esses impactos na parte produtiva. A gente tenta suavizar isso, porque o nosso trabalho é fazer isso na forma que cause o mínimo de dano possível a economia”, destacou o presidente do BC em apresentação nesta semana a um banco de investimentos.

Postura
A postura do governo em relação ao Banco Central divide os especialistas. Para o professor do Departamento de Economia e de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF), André Nassif, as críticas são acertadas porque a atuação do BC impede a retomada econômica. “Eu me sinto um pouco desapontado em relação aos 100 primeiros dias. Não em relação ao governo Lula em si, mas porque existem travas institucionais, principalmente por parte do Banco Central, que reduzem a autonomia do governo para fazer uma política que gere empregos”, diz.

Professora emérita de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco contesta e diz que a postura da autoridade monetária é acertada. “Qualquer outra política para combater a inflação fora da política monetária [aumento de juros] é paliativo. Quando o presidente Lula fica batendo no Banco Central, ele só piora a situação. Que a presidenta do PT fale é uma coisa, mas o presidente da República falar é outra coisa”, critica.

Segundo ela, cada declaração de Lula contra a política monetária provoca turbulências no mercado financeiro. “É como se o presidente estivesse pagando [por meio de oscilações no dólar e nos juros futuros] para criticar o Banco Central”, compara.

A divulgação do novo arcabouço fiscal parece ter distendido as relações. Na última quarta-feira (5), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse ter uma avaliação “superpositiva” das novas regras e declarou que o futuro marco fiscal evitará o descontrole da dívida.

Paralelamente, o governo tem o poder de indicar dois novos diretores do BC cujos mandatos acabaram em 28 de março pela lei de autonomia do BC. Titular da diretoria mais importante, a de Política Monetária, Bruno Serra já foi exonerado. O diretor de Fiscalização, Paulo Sérgio Neves de Souza, pode ser reconduzido.

Emprego e renda
Para os próximos meses, o governo tem vários desafios. O principal é a aprovação do novo marco fiscal pelo Congresso sem grandes mudanças. A equipe econômica também terá de contar com a aprovação das medidas que revisam ou revertem incentivos fiscais concedidos há décadas para garantir as receitas necessárias para cumprir o novo arcabouço.

Enquanto o governo está em compasso de espera, a economia sente os efeitos da desaceleração. A criação de empregos com carteira assinada nos dois primeiros meses do ano atingiu o nível mais baixo para o período desde 2020. A taxa de desemprego, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, caiu para 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, mas o recuo deve-se à criação de vagas com baixos salários.

No curto prazo, dizem os especialistas, a única alternativa para destravar o mercado de trabalho depende da retomada dos investimentos públicos. “As obras públicas são um importante motor para contratar trabalhadores no curto prazo. Uma saída é a retomada de obras paradas, principalmente de creches. Além de amenizar o problema de emprego, as creches têm uma função social e ajudam mães que querem trabalhar fora e não conseguem”, diz Matesco.

Nassif é mais pessimista e diz que os investimentos para gerar empregos dependem, neste momento, da queda de juros. “Não há outra solução que não passe pela redução dos juros o mais rápido possível. A inflação no Brasil não é de demanda, mas de choques nos preços de combustíveis e de alimentos provocados pela retomada da economia global no pós-pandemia e a guerra na Ucrânia”, declara.

Para esta semana, está previsto o relançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do novo marco das parcerias público-privadas (PPP). Em relação às obras paradas, o governo lançou a plataforma Mãos à Obra, por meio da qual governos locais informam projetos interrompidos num banco de dados.

Fonte – Diário de Pernambuco

Agrovale implanta metodologia Lean de melhoria contínua

Adotada com sucesso em empresas de todo mundo a exemplo da Coca-Cola, Nike e John Deere, a metodologia Lean está sendo implantada na Agrovale desde o início desse mês.

Criada nos anos de 1940 na Toyota (Japão), visando a otimização de processos, redução de gastos e aumento de resultados, a Lean chega ao Vale do São Francisco, de forma pioneira, para colocar em prática uma filosofia de melhoria contínua que promete aperfeiçoar significativamente o desempenho global da Agrovale nos próximos cinco anos.

De acordo com o consultor sênior e especialista internacional na metodologia, Milton Sakahara, nesta primeira etapa estão sendo observados aspectos gerais do planejamento estratégico da empresa.

“Como o processo atual pode ser melhorado? Quais as mudanças que serão necessárias? E, a partir de indicadores de desempenho iremos mensurar os resultados e fazer os ajustes necessários”, ressaltou. Sakahara, acrescentou ainda que os processos serão aprimorados um de cada vez, obedecendo a filosofia Kaizen (mudança para melhor).

Para o superintendente Administrativo e Financeiro da Agrovale, Franklin Asanza, a Lean também vai gerar uma nova cultura entre os colaboradores de todos os departamentos, eliminando desperdício de tempo, materiais, mão de obra e outros recursos. “Alinhados com o propósito da melhoria contínua de seus processos, teremos muito mais condições de entregar aos nossos clientes produtos de maior qualidade”.

Também conhecida como método enxuto, essa metodologia chega ainda para melhorar o sistema de qualidade da empresa na busca das certificações exigidas pelo mercado nacional e internacional. Segundo o gerente de SGI (Sistema de Gestão Integrada), Ednei Robiatti, a Agrovale já começou o processo para a conquista das certificações. “Começaremos com a obtenção da ISO 9001(norma técnica de procedimentos e padronização), e o passo seguinte será a conquista da FSSC 22.000, que trata da segurança de alimentos. Visando a comercialização futura para mercados a exemplo da Europa e Estados Unidos, vamos em busca da certificação socioambiental Bonsucro”, concluiu.

Class Comunicação e Marketing

Inadimplência de empresas bate recorde com 6,5 milhões de CNPJs negativados

(Foto: Internet)

 

Em fevereiro, 6,5 milhões de empresas brasileiras estavam negativadas, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas, divulgado pela pela Serasa Experian nesta terça-feira (4/4). Este é o recorde da série histórica do índice, iniciada em janeiro de 2016. O volume representa R$ 112,9 bilhões em dívidas atrasadas, o total de empresas negativadas no período supera os números de fevereiro de 2022, quando haviam 6,0 milhões de empresas inadimplentes.
De acordo com o levantamento, cada empresa tem sete dívidas vencidas por CNPJ. O setor de serviços lidera o ranking, com 53,8% do total das empresas negativadas, seguido pelo Comércio (37,3%) e Indústria (7,7%). Completam a lista os setores Primário (0,8%) e Outros (0,4%), que abrange o setor financeiro e o terceiro setor.
O recorte que mostra o segmento em que as dívidas foram contraídas revelou destaque para a categoria “outros – Empresas financeiras e de Terceiro Setor”. Os setores de bancos e cartões e serviços também concentram a maioria dos débitos a serem ressarcidos.
Na análise por Unidades Federativas, a inadimplência mostrou maior concentração em São Paulo, com mais de 2 milhões de empresas negativadas. Em sequência está o estado de Minas Gerais, seguido pelo Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. O Distrito Federal aparece em 14º lugar no ranking, com 119,4 mil empresas negativadas.
O economista e CEO da Ativa Investimentos, Diego Hernandez, destacou como o aperto monetário implica no índice de inadimplência das empresas. “O aumento dos juros pelo Banco Central para conter a disparada da inflação comprometeu bastante a capacidade desses empreendedores de pagarem suas dívidas. Eles acabam não encontrando acesso no mercado de capitais no caso das empresas de maior porte”, afirmou.
Consumidores
O economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, pontuou que o endividamento das empresas tem correlação com a inadimplência dos consumidores, que também voltou a crescer. Apenas em fevereiro 433 mil pessoas entraram para o registro de negativados no país, chegando a um total de 70,5 milhões de inadimplentes.
“Mesmo que existam oscilações positivas e alguns empreendedores consigam quitar suas dívidas, como aconteceu em janeiro, a melhoria contínua da inadimplência dos empreendimentos depende muito do cenário de negativação entre os consumidores”, avaliou o economista. “Enquanto esse não diminuir de fato, as empresas seguirão encontrando desafios para manter um quadro de melhora significativo”, acrescentou.
O cartão de crédito continua sendo o segmento com o maior número de brasileiros inadimplentes, com 31,6% das dívidas, seguido pelas contas básicas (21,7%) e pelo setor de varejo (11,2%). Na comparação com fevereiro de 2022, as contas em aberto com bancos e cartões tiveram aumento de 3,0%, enquanto os débitos relacionados com gastos básicos e com o varejo caíram 1,5% e 1,3%, respectivamente.
“A inflação e os juros altos são os principais fatores que explicam o atual cenário, além da sazonalidade desfavorável de fevereiro, que vem acompanhada de despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU e reajuste das mensalidades”, apontou o economista.
Fonte – Diário de Pernambuco

Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Ministério da Pesca e Aquicultura buscam alinhamento de ações para fortalecimento do setor em PE

O secretário de Agricultura Familiar e Pesca, Bruno França, recebeu o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, nesta terça-feira (04/04), na sede Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca.

“A visita do ministro abre diálogo para a construção de parcerias com o Governo Federal, aliando ações com o Ministério da Pesca”, destacou o secretário Bruno França, na ocasião representando o secretário Aloísio Ferraz.

Por sua vez, André de Paula, reforçou a intenção de trabalhar em conjunto com a Secretaria em prol do desenvolvimento do setor pernambucano. “O objetivo é trabalhar de forma cooperada, a fim de alavancar a economia e elevar a qualidade de vida de quem vive da pesca e da aquicultura”, reforçou o ministro.

O encontro contou com a presença do gerente de Agronegócio e Pesca da Secretaria, Sileno Alcântara, do presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Joaquim Neto, do superintendente Federal do Mapa em Pernambuco, Carlos Ramalho, do secretário Nacional de Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho, e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Jaboatão dos Guararapes, Francisco Papaléo.

Ascom

Petrobras contradiz Haddad e nega discussão sobre política de preços

Brasília (DF) 28/02/2023 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva sobre reonaração de combustíveis

A Petrobras emitiu um comunicado negando que haja qualquer discussão quanto a política de preços definida pela petroleira. No documento, a empresa afirma que “não há qualquer discussão para que a Companhia altere sua Política de Preços e reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado”.

O comunicado vai na contramão do que disse horas antes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na manhã desta quinta-feira (02), o ministro afirmou que a alteração está na agenda do Ministério de Minas e Energia.

“Vamos colocar os nossos melhores quadros à disposição do MME para encontrar alternativas para que não pesem no bolso do consumidor as eventuais variações do preço internacional (do petróleo), que penalizaram muito a população no último governo. Chegou-se a pagar R$ 10 no litro da gasolina“, declarou o ministro.

Petrobras sobre notícias veiculadas na mídia

Rio de Janeiro, 2 de março de 2023 – A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, em esclarecimentos às notícias divulgadas da mídia, informa que, no âmbito da Diretoria e do Grupo Executivo de Mercado e Preços, não há qualquer discussão para que a Companhia altere sua Política de Preços e reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais. Qualquer alteração deverá ser debatida pelos órgãos internos de governança da Petrobras, especialmente a Diretoria e o Conselho de Administração, e será divulgada ao mercado.

Economia iniciará ano com discussão sobre impostos e novo marco fiscal

(Foto: Internet)

Mesmo com a possibilidade de gastar até R$ 168 bilhões fora do teto federal de gastos neste ano, a equipe econômica vai iniciar o novo governo com duas prioridades urgentes. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, começará o ano analisando as contas públicas e elaborando um novo marco fiscal que substituirá as regras atuais.

Logo após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da Emenda Constitucional da Transição, há dez dias, o ministro explicou que a nova equipe econômica fará uma reestimativa de receitas nas primeiras semanas de janeiro e que as projeções de déficit nas contas públicas que têm sido apresentadas “não vão prevalecer”.

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