Exclusiva: “os projetos da direita estão tornando o Brasil cada vez mais fraco”, afirma Humberto Costa

(Foto: Arquivo)

O senador Humberto Costa (PT) esteve em Petrolina no final de semana, onde falou com exclusividade ao Blog Waldiney Passos. Cumprindo agenda no Sertão, o líder do PT no Senado falou sobre o crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) nas intenções de voto e também opinou sobre a polarização entre direita e esquerda.

Na visão do senador, a polarização não é ruim. “Nós vamos ter as pessoas se colocando do ponto de vista ideológico. O que eu acho ruim é que a direita utiliza métodos que são fascistas, usa a violência, a mentira, o preconceito, a agressão e isso é ruim, pode comprometer a eleição no sentido de provocar um processo violento”, afirmou Costa.

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Apesar dos métodos utilizadas pela direita, Humberto acredita que a esquerda pode se fortalecer no pleito de outubro. “Espero que esse processo aconteça de forma civilizada e se isso acontecer, não tenho dúvidas de que a esquerda vai ganhar porque os projetos da direita estão tornando o Brasil cada vez mais fraco”, disse.

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Moro é alvo de protestos na Universidade de Coimbra em Portugal

(Foto: Ilustração)

A palestra do juiz federal Sérgio Moro em Portugal foi marcada por protestos. Os muros da Universidade de Coimbra, uma das mais tradicionais do país, foram pichados por estudantes brasileiros e portugueses com frases contra Moro.

A palestra estava marcada para a tarde desta segunda-feira (5). A participação dos interessados custa dez parcelas de R$ 850 e confere o direito a uma série de jantares que correm paralelamente ao evento. O evento é chamado Accountability, Compliance, Boa Governança e Princípio Anticorrupção”.

Por meio de cartas abertas, a Esquerda Brasileira em Coimbra (EBRAC) e a Associação dos Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (Apeb/Coimbra) afirmaram que “não é condizente com os princípios da Universidade receber um juiz que contribuiu de forma decisiva para o golpe de estado no Brasil”.

Com informações do Jornal do Brasil

“É preciso o impeachment do atual modelo político”, diz Cristovam Buarque  

A solução, segundo o senador, é o surgimento de uma nova esquerda/Foto: Waldemir Barreto Agência Estado

A solução, segundo o senador, é o surgimento de uma nova esquerda/Foto: Waldemir Barreto Agência Estado

Pernambucano, nascido no Recife em 1944, mas com mandato pelo Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque (PPS) é um dos mais respeitados homens públicos do País. Ele foi ministro da Educação do primeiro governo Lula (PT), entre 2003 e 2004, e hoje é um dos maiores críticos do modelo político encabeçado pelo ex-presidente da República e executado pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Cristovam é uma das vozes que defendem o impeachment da presidente, mas enfatiza que a iniciativa pouco ajudará o País. “Com o impeachment ou com Dilma no governo, o Brasil vai ficar no mesmo rumo de uma crise profunda. Não tenho otimismo do que vai acontecer na história, política, econômica e social do Brasil nos próximos anos”, opinou.

Ninguém escapa às críticas de Cristovam. “A democracia entrou em crise porque os partidos não significam nada, o Congresso não funciona bem e o Executivo aparelhou o Estado. Há uma crise de modelo. Precisamos de um impeachment do modelo”, falou.

Para o senador, que já foi filiado ao PT, a esquerda brasileira sairá manchada após os últimos acontecimentos, que envolvem desde a Operação Lava Jato até o processo de impeachment de Dilma.

“A esquerda brasileira sai mais do que arranhada desses episódios. Ela está embaixo dos escombros criados pelo governo do PT”, diz.

A solução, segundo o senador, é o surgimento de uma nova esquerda. “Uma esquerda que entenda a estabilidade monetária como algo possível, que o fundamental não seja o estatal, mas o público, que ponha a educação como motor do progresso. Tenho a impressão que isso vai demorar, que vai ter que passar pela oposição para acontecer. O lugar de definir sonhos é a oposição e o de realizar é o governo”, declarou.

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