STF pede informações a Bolsonaro sobre decreto de armas

(Foto: Blog Waldiney Passos)

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber pediu informações ao governo federal sobre o Decreto Presidencial nº 9.785/2019, que altera a regulamentação do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2016). A medida foi um dos assuntos mais comentados da semana e muda regras sobre aquisição, cadastro, registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo.

No despacho Weber deu o prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro deem explicações sobre o decreto que flexibiliza a posse e facilita o porte de armas. A Câmara dos Deputados também analisa a matéria, já que viu indícios de inconstitucionalidade.

A ministra é relatora da ação proposta pelo partido Rede contra o decreto. Ela deverá aguardar a resposta para decidir se suspende, ou não, o decreto de forma liminar. Weber também abriu a possibilidade para que a Advocacia-Geral da União, a Procuradoria-Geral da República, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados se manifestem sobre o texto. (Com informações de Band).

Revogação do Estatuto do Desarmamento deve ser votado após eleições

(Foto: Arquivo)

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que colocará em discussão após as eleições de domingo (28) o projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento, uma das bandeiras do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

A matéria torna flexível a posse de armas, retirando a exigência de comprovação da procedência. Assim, Maia tenta se aproximar de Bolsonaro, líder nas pesquisas para a Presidência. Com isso, Maia busca se aproximar do líder nas intenções de voto à Câmara, para se manter no poder e deve esperar apenas o resultado das eleições majoritárias para encaminhar o projeto.

A proposta de Maia foi aprovada em comissão há três anos e apesar da mudança, manteve exigências de os portadores não terem antecedentes criminais, comprovarem o curso de tiro e passarem por exame psicotécnico. Mas o trâmite pode sofrer alterações durante a votação no plenário. Nos bastidores da Câmara Federal os apoiadores da matéria se articulam para aprovar o texto.

Com informações do Correio Braziliense

Câmara dos Deputados prepara projeto para rever Estatuto do Desarmamento

(Foto: Otmar de Oliveira/Câmara em Foco)

Após aprovar a intervenção militar no estado do Rio do Janeiro, a Câmara dos Deputados já discute a criação de uma agenda prioritária para a segurança pública. Uma das matérias a ser debatida na Câmara é a revisão do Estatuto do Desarmamento.

As informações dos bastidores indicam que os deputados da situação pretendem facilitar a posse de arma e flexibilizar pontos como a diminuição da idade mínima para a aquisição de uma arma.

O esqueleto da proposta, cujo apoio da “Bancada da Bala” pode ser crucial na aprovação, é o projeto de lei (PL 3722/2012) de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC).

O Estatuto do Desarmamento está em vigência há 10 anos e proíbe a venda de armas. Somente pode ter porte quem possuir uma declaração emitida pela Polícia Federal. Com a aprovação da matéria de Mendonça, essas obrigações seriam derrubadas. A matéria ainda será analisada na Câmara. A previsão da votação é o segundo semestre desse ano.

Comissão do Senado aprova projeto que autoriza moradores do campo a comprar armas

(Foto: Ilustração/Internet)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou esta semana (29) projeto de lei que altera o Estatuto de Desarmamento e autoriza a aquisição de arma de fogo por moradores de áreas rurais. A medida ainda precisa passar pela Câmara antes de ser enviada para sanção presidencial.

A proposta, do senador Wilder Morais (PP-GO), tem como justificativa a segurança de moradores de áreas afastadas dos grandes centros urbanos.

“É nessa esteira que propomos este Projeto de Lei, visando a assegurar aos residentes em áreas rurais o direito de adquirir uma arma de fogo de uso permitido para utilização em suas propriedades, as quais, não raro, encontram-se a centenas de quilômetros de um posto policial, o que coloca inúmeras famílias à mercê do ataque de criminosos ou, até mesmo, de animais silvestres, não assistindo a elas quaisquer meios de defesa de sua vida e de sua propriedade”, afirma o senador ao justificar a proposta.

De acordo com informações do Jornal Estadão e do site G1, o projeto, porém, prevê apenas a posse da arma de fogo, não liberando o porte. Ou seja, o morador de área rural que comprar uma arma de fogo poderá mantê-la em sua casa, mas não poderá carregá-la quando se deslocar para outros locais. A condição para que a arma seja adquirida é de que a pessoa tenha mais de 21 anos.

Esta não é a primeira vez que um projeto que cria exceções ao Estatuto do Desarmamento é aprovado no Senado. No mês passado, proposta que autorizava o uso de armas por agentes de trânsito foi vetada pelo presidente Michel Temer. Na ocasião, Temer argumentou “contrariedade ao interesse público”.

Arma branca: Na mesma reunião, a CCJ também aprovou projeto que tipifica o crime de porte de arma branca (faca, canivete e estilete). A proposta prevê pena de até três anos de detenção.

“Constitui crime, punível com detenção, de um a três anos, e multa, o porte de artefato perfurante, cortante ou contundente com a finalidade de praticar crime”, diz o texto do projeto, que abre exceção para casos em que o artefato seja destinado para emprego em “ofício, arte ou atividade para o qual foi fabricado” O projeto ainda precisa ser analisado na Câmara dos Deputados.